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Justiça Segunda-feira, 24 de Julho de 2017, 13:45 - A | A

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Segunda-feira, 24 de Julho de 2017, 13h:45 - A | A

SODOMA 1

Cursi propôs que João Rosa pagasse propina em troca de incentivos fiscais

CAMILLA ZENI/JESSICA BACHEGA

O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), retorna ao Fórum de Cuiabá nesta segunda-feira (24) para prestar novo depoimento sobre o desvio de dinheiro dos cofres públicos durante sua gestão. Desta vez ele, e seu ex-chefe de Gabinete, Silvio Cesar, serão ouvidos pela juíza Selma Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, referente a Operação Sodoma 1.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

silval barbosa

 

Conforme as investigações da operação, desencadeada pela Delegacia Fazendária (Defaz) em 15 de setembro de 2015, um grupo criminoso, formado pelos ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel de Cursi, Francisco de Andrade Lima (o Chico Lima), que tinha o objetivo de obter vantagem indevida na concessão de benefícios fiscais do Programa de Desenvolvimento e Comercial de Mato Grosso (Prodeic). O montante desviado seria, ainda segundo o processo, cerca de R$ 2,6 milhões.  

 

Os fatos vieram à tona com a Operação Sodoma realizada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública.  A denúncia criminal inicial, no entanto, refere-se a fatos envolvendo a concessão de benefícios fiscais às empresas Tractor Parts Distribuidora de autopeças Ltda, DCP Máquinas e Veículos Ltda e Casa da Engrenagem Distribuidora de Peças Ltda. 

 

Acompanhe o depoimento de Silval Barbosa e Silvio Cesar Correa, minuto a minuto, no HiperNotícias.

 

13:55 - A juíza libera a entrada de jornalistas e a audiência irá começar.

 

14:00 - Silval começa relatando que Pedro Nadaf era de sua confiança e sabia de todas as suas contas de campanha. Diz que era a ele para quem recorria para sanar as "pendências". Ele afirma que não sabe o valor total da dívida que tinha. 

 

14:02 - Ele conta que Nadaf levou o empresário João Rosa, dono da Tractor Parts para falar com ele sobre um crédito que o empresário tinha junto ao governo. João relatou que nunca tinha recebido tais créditos, mas que Marcel de Cursi afirmava que não tinha como pagar. O réu diz que Nadaf e Cursi chegaram ao acordo de que João Rosa abriria mão dos créditos e pagaria ao grupo R$2 milhões em troca de incerir suas empresas no Prodeic. "Eu soube disso depois da Operação". Segundo ele, se essa negociação foi efetivada, ele não recebeu dinheiro. 

 

14:03 - Silval afirma que não tinha conhecimento que a empresa de Nadaf, NBC, tinha contrato com João Rosa. Ele afirma que não conhece Filinto Muller e não sabe do pagamento de dívidas. "Nunca extorquir o senhor João.  A única vez que falei com ele foi quando foi ao meu gabinete e o encaminhei para Cursi".

 

14:05 - O ex-governador destaca que "empresário não faz nada a toa, sem benefício". Ele diz: "tanto que, isso é uma impressão minha, João Rosa teve R$8 milhões em benefício do Prodeic. Eu não pedi nada a ele". 

 

14:06 - Silval diz que as acusações contra ele são falsas. Ele narra que, já preso, Nadaf escreveu uma carta para ele pedindo desculpas por tê-lo envolvido na fraude. Na carta, Nadaf se diz envergonhado e pede dinheiro emprestado para pagar advogado.

 

14:07 - Nadaf diz que pediu dinheiro para "Bob Pai", codinome de Valdir Piran, mas não conseguiu.      

 

14:09 - A carta foi entregue por Silva à juíza que meu seu conteúdo na audiência.

 

14:11 - Na época, Silval emprestou R$ 25 mil para o ex-assessor Silvio César fazer uma cirurgia em São Paulo. E nessa investigação, essa foi a única vez que Silvio recebeu algum dinheiro. Nadaf tinha o papel de pagar contas do grupo e de buscar fontes para o pagamento.

 

14:16 -  A promotora de Justiça Ana Bardusco passa a questionar Silval sobre o empréstimo para Silvio e é o réu responde que "deu" o dinheiro para assessor. Silval informa à promotora que, das ações que assumiu autoria, todas ele liderava e autorizava. Quem participava do esquema ficava com parte do dinheiro.

 

14:21 - O réu explica que Francisco Lima era procurador do Estado, mas agia emitindo pareceres em processos de interesse do grupo criminoso.  

 

Alan Cosme/HiperNotícias

silval barbosa

Silval entrega carta de Nadaf à Selma Arruda

14:24 - Silval nega que Lima seja uma pessoa ardilosa e afirma que não se lembra de um alerta de Nadaf para que "Silval ficasse esperto com Chico Lima, senão ele venderia até o Estado".

 

14:28 - O réu conta que, às vezes, Nadaf tirava da propina dele para pagar contas urgentes. Foi assim que também pagou o empresário Alan Malouf.

 

14:31 - Silval relata que a dívida inicial a que a propina de João Batista foi direcionada era para o empresário Persio Briante.

 

14:37 - O réu afirma que, no fim de 2011, assinou alguns decretos e entre eles o documento que determinava os incentivos fiscais à Tractor Parts com data retroativa.

 

14:39 - A primeira vez que foi cobrado propina do João Rosa era para pagar uma dívida de R$ 500 mil com o empresário Persio Briante.

 

14:47 - Silval afirma que Nadaf também era responsável pela divisão da propina para cada envolvido no esquema.

 

14:53 - O réu destaca que o dinheiro angariado pela organização criminosa era para pagamento de dívidas e para despesas internas. Diz que não houve contas novas no decorrer da sua gestão, porém a dívida, quando assumiu, era muito alta e havia juros.

 

14:56 - O advogado Omar Kahlil, defensor de Pedro Nadaf, questiona Silval se seu cliente o ajudou a quitar dívidas junto a Persio Briante e o réu confirma.

 

14:58 - A defesa de Marcel de Cursi pede esclarecimentos ao réu sobre o contato de João Rosa com seu cliente. Silval confirma que Cursi propôs que Rosa pagasse R$2,5 milhões em troca de receber incentivos do Prodeic.

 

15:02 - O advogado questiona o réu sobre a lei n. 10.256. Pergunta se ela passou pela Assembleia e foi aprovada. O ex-governador confirma.  

 

15:04 - As demais defesas não fazem perguntas e a audiência é encerrada.

 

Veja carta

Reprodução

 

Reprodução

carta nadaf p silval

 

Reprodução

carta nadaf p silval

 

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