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Justiça Quinta-feira, 24 de Outubro de 2013, 19:34 - A | A

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Quinta-feira, 24 de Outubro de 2013, 19h:34 - A | A

11 ANOS DEPOIS

Arcanjo é condenado a 19 anos por morte de Sávio Brandão

Quatro jurados votaram a favor da condenação e três contra. Pena em regime fechado já desconta 07 anos de prisão

NAYARA ARAÚJO E JONAS DA SILVA






João Arcanjo Ribeiro, que já foi acusado de comandar o crime organizado em Mato Grosso, foi condenado à pena de 19 anos em regime fechado como mandante do assassinato do empresário Sávio Brandão, fundador do jornal Folha do Estado, ocorrido em 30 de setembro de 2002.

A pena passa a ser contada a partir de agora e com o abatimento do que já foi cumprido de 07 anos no Brasil
pelo condenado. A condenação dos jurados foi por 4 votos a 3 após júri popular realizado nessa quinta-feira no Fórum de Cuiabá.

O promotor e o juiz não falaram com a Imprensa após conclusão do júri. Arcanjo prestou depoimento por cerca de 40 minutos e negou autoria do crime, ao dizer que "não tem mãos suja de sangue". O julgamento durou cerca de 11 horas, com quatro testemunhas de acusação e duas de defesa.

"A pena paga por tudo que ele fez. Agora ele está sendo julgado pela justiça dos homens. Só que a justiça divida já está sendo feita", afirmou a viúva Izabella Brandão, bastante emocionada.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Arcanjo prestou depoimento por cerca de 40 minutos e negou autoria do crime, ao dizer que "não tem mãos suja de sangue"

O julgamento foi acompanhado por parentes de Arcanjo (irmão Berlamin Arcanjo Ribeiro e genro Geovane Zen). A mãe de Sávio, Josefina Paes de Barros Lima, o filho Sávio Brandão Júnior, além de funcionários e amigos do empresário.

O juiz
Marcos Faleiros presidiu o tribunal do júri. Os sete jurados concordaram pelos crimes de motivo torpe e sem dar chance de defesa à vítima.

CRIMES E INVESTIGAÇÕES

Arcanjo comandava na década de 1990 e início do ano 2000 o jogo do bicho, operações com máquina caça-níquel em Mato Grosso. É atribuído ao seu grupo de pistolagem crimes a empresários e policiais ocorridos entre 1997 e 2000.

Uma investigação sobre o crime organizado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de 2001 reforçou a preocupação de autoridades nacionais da área de segurança. O teor virou matéria no jornal O Globo em 2002, reproduzida pela Folha do Estado.

O jornal também produziu séries de reportagens sobre o crime organizado e o jogo do bicho, notadamente entre 1999 e 2002.

A postura da direção do jornal é atribuído como uma das motivações de mando de assassinato do empresário por Arcanjo. No julgamento dessa quinta-feira ele negou o crime, ao afirmar que "não tem as mãos sujas de sangue".

Diante de dados da Abin e outras investigações sobre o crime organizado, a Polícia Federal, os Ministérios Público Federal (MPF) e Estadual (MPE) desencadearam em dezembro de 2002 a Operação Arca de Noé, contra o jogo do bicho.

Devido à influência, como poder paralelo junto ao governo de Mato Grosso, à Assembleia Legislativa e o Poder Judiciário de Mato Grosso, mesmo com cuidados de autoridades da Justiça Federal e da segurança, a operação vazou e Arcanjo fugiu.

Ele foi preso em abril de 2003, no bairro de Carrasco, em Montividéu. Em 2006, foi extraditado para o Brasil e cumpriu pena no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). Antes e após o julgamento, ele foi para penitenciária de segurança máxima de Rondônia.


(Atualizada às 19h57))

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Marcos Lopes/HiperNotícias

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