O advogado Leonardo Bassil, que faz a defesa do ex-secretário chefe do Gabinete Silvio César Correa, solicitou à juíza Selma Arruda a realização de uma perícia média e exame de sanidade mental no ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf.
Para a defesa, Nadaf pode ter tido um possível transtorno durante sua colaboração à Justiça. Segundo o advogado, Pedro fazia uso de medicamentos que podem ter o levado a esquecimento, além de outros tratamentos a que era submetido contra a depressão. "Por isso, o depoimento está sob suspeita. Ele estava tomando remédios que faziam efeito de esquecimento", alega a defesa do Silvio.
Reprodução
Silvio era considerado o braço direito do ex-governador Silval
Em depoimento ao juízo da Sétima Vara, Pedro Nafaf, que é acusado de integrar uma quadrilha composta por secretários de Estado e liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), confessou sua participação nos atos ilícitos investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE) na Operação Sodoma.
Além de assumir sua culpa, Nadaf detalhou o papel de cada membro da organização durante os quatros anos de governo Silval.
O réu disse que Silval era o líder e que seu chefe de gabinete, Silvio Correa, era os “olhos do governador” nas ações que eram de seu interesse. Os demais secretários se reportavam a Silvio sobre os planos do grupo e os valores recebidos. Silvio, por sua vez, repassava os valores para o ex-governador.
Nadaf também revelou que Silvio era o braço direito do ex-governador Silval Barbosa. "Ele tinha autorização para assinar licitações e era dele a responsabilidade de cuidar das finanças do governador. Trabalhava como os olhos de Silval, direcionava pagamentos e retia pagamentos. Todos os secretários-adjuntos o obedeciam fielmente a Silvio", revelou.
O acusado Silvio, por sua vez, negou qualquer envolvimento com organização criminosa que agia na administração estadual. Foi o depoimento de Nadaf que motivou o reinterrgatório de Silvio.
OPERAÇÃO SODOMA
Na operação Sodoma são apurados crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o MPE a organização agia cobrando propina de empresas para que estas conseguissem incentivos fiscais e vencessem licitações. O valor arrecadado de forma indevida era utilizado para pagar dívidas de campanha e o restante era dividido entre os membros da quadrilha. Cada um recebia de acordo com sua participação em cada uma das transações irregulares.
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Hans Mayer 21/10/2016
Acho que Nadaf nunca esteve tão lúcido. Deu detalhes da safadeza e agora querem desqualificar o depoimento. Quem tem ....., tem medo.
Carlos Nunes 21/10/2016
Puxa vida! Desse jeito quando o Eduardo Cunha fizer a Delação Premiada, e contar TUDO, vão dizer que ele é lelé da cuca. Alguns sites já ventilaram que, se ele contar tudo que sabe, um bando de lobos em pele do cordeiro vai parar na cadeia; inclusive vai mandar dois ex-presidentes da república. Quem serão eles? Não sei não, quando o cara mente pra burro, é um ator que deveria trabalhar na Globo; quando fala a verdade, é louco varrido. Assim dizia o Raul Seixas: um maluco beleza. O bom dessa estória toda é que, aquela frase realista do Ulisses Guimarães, que dizia: cadeia no Brasil é só para pobre, p... e p...; está mudando, agora também é para os poderosos, inclusive ex-presidente da república, se for culpado. E viva o Brasil!
2 comentários