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Terça-feira, 15 de Maio de 2018, 11h:45

Fabris diz que Savi não vai fugir e deputados estão “pré-dispostos” a soltar parlamentar

FELIPE LEONEL

O deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa, afirmou que os demais parlamentares estão “pré-dispostos” a votar pela liberdade do deputado estadual Mauro Savi (DEM), preso pelo Gaeco na Operação Bônus, na quarta-feira (9). A operação apura pagamento de propina através de empresas no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

 

Alan Cosme/hiperNoticias

gilmar fabris

 

A Procuradoria-Geral da Assembleia Legislativa emitiu parecer favorável pela atribuição da AL realizar a votação. Uma eventual sessão para votar a prisão de Savi seria conduzida pelo deputado Gilmar Fabris.  O presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho (DEM), se declarou “impedido” por ser investigado na mesma operação.

 

“Todo mundo gosta dele [Savi] no Parlamento. Ele terá não só o meu voto, como de todos os deputados presentes. Eu já estive conversando e eles estão pré-dispostos, até porque o Mauro não vai fugir, ele está aí, o povo precisa dele no Parlamento Estadual e não na cadeia”, afirmou o vice-presidente em entrevista à Rádio Capital FM, nesta terça-feira (15).

 

Na manhã desta terça, o desembargador José Zuquim Nogueira afirmou que a Assembleia Legislativa é “soberana” para apreciar o assunto.

 

Também de acordo com Fabris, a Procuradoria da Casa recomendou evitar confrontos com o Poder Judiciário. Antes de votar a necessidade da prisão, o deputado quer conversar com o desembargador José Zuquim para avaliar o que pode ou não ser feito pelo Legislatico Estadual.

 

“Nós temos acesso fácil ao desembargador, precisamos ouvir para tomarmos as providências do que devemos ou não fazer. Mas não tenho porquê ficar me declarando impedido. Nem eu, nem o deputado Max Russi”, afirmou o deputado. Fabris também foi solto por resolução da Assembleia Legislativa quando foi preso por obstrução à Justiça, na Operação Malebolge.

 

O deputado Mauro Savi é acusado pelo Ministério Público Estadual de ser um dos líderes da organização criminosa instalada no Detran. Ele teria recebido propina da empresa EIG Mercados para trabalhar pela perpetuação do esquema de pagamento de propina na autarquia.