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Quarta-feira, 16 de Maio de 2018, 08h:15

Defesa quer reparação por meses de prisão de Cursi

JESSICA BACHEGA

A defesa do ex-secretário Marcel de Cursi, irá requerer indenização pelos meses em que o cliente ficou preso “injustamente” no Centro de Custódia da Capital (CCC). O investigado foi absolvido, na semana passada dos delitos investigados na Operação Sodoma 2, que renderam seis meses de reclusão injusta ao ex-secretário, que sempre negou as acusações.

 

Alan Cosme/HiperNotícias

marcel de cursi

 Ex-secretário Marcel de Cursi

Cursi foi preso pela primeira vez em 15 de setembro de 2015 e permaneceu detido por 22 meses sob acusação de integrar organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (sem partido). Conforme as investigações Cursi seria o “mentor intelectual” da quadrilha, responsável por elaborar contratos e garantir que as transações realizadas pelo grupo tivessem aparente legalidade.

 

De acordo com o juiz Marcos Faleiros, da Sétima Vara Criminal, não houve provas suficientes para incriminar Cursi e, por isso, ele foi absolvido juntamente com o ex-secretário Pedro Nadaf, a ex-secretária Karla Cecília Cintra e o ex-procurador do Estado Francisco de Andrade Lima “Chico Lima”.

 

Questionado sobre a decisão, o advogado de Cursi, Marcos Dantas disse que irá se reunir com o cliente e os demais advogados para definir sobre as providências a serem tomadas. Nova ação por danos morais e pedido de indenização é uma das possibilidades.

 

Cursi já move ação contra os delatores da Sodoma os empresário Filinto Muller, Antonio Rodrigues de Carvalho João Batista Rosa e os ex-secretários Afonso Dalberto, Cesar Zilio e Pedro Elias que o acusaram de participação do esquema criminoso que promovia desvios de recursos do Estado por meio de contratos com empresas que pagavam propina ao grupo.

 

O ex-secretário foi condenado na primeira fase da Operação Sodoma a 12 anos de prisão e perda do cargo público. Ele era efetivo como fiscal de tributos do Estado, desde 1990.

 

Operação Sodoma 2

A fase da Operação investiga o recebimento de propina das empresas Webtech e Consignum para que mantivessem contratos com o governo. Ambas tinham relações com o governo desde gestões anteriores.

 

O dinheiro recebido indevidamente era dividido entre os membros do grupo para sanar despensas pessoais, dívidas de campanha e comprou um terreno de R$ 13 milhões na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. 

 

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