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Domingo, 14 de Janeiro de 2018, 08h:47

Banco Mundial admite manipulação de ranking

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O Banco Mundial manipulou durante anos a metodologia de um de seus principais relatórios para influenciar o resultado do estudo, disse o economista-chefe da entidade, Paul Romer, ao jornal Wall Street Journal. Segundo ele, as modificações nos critérios parecem ter sido feitas por razões políticas.

Imagem da Internet

BANCO MUNDIAL

 

As alterações atingiram o "Doing Business", que compara a competitividade dos países, e prejudicaram o desempenho do Chile, segundo o executivo. Romer disse que o Banco Mundial irá recalcular os rankings dos últimos quatro anos. A revisão pode modificar também a posição de outros países.

Diretor responsável pela produção do estudo durante o período em questão, Augusto Lopez-Claros está de licença do Banco Mundial. Ele é ex-professor da Universidade do Chile e atualmente é pesquisador na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.

Segundo Romer, uma análise preliminar indicou que, nos últimos anos, a posição do Chile flutuou não pela piora nas condições do país, mas pela inclusão de novos indicadores para compor a metodologia do estudo.

A posição do Chile flutuou do 25° lugar ao 57º lugar desde 2006. Durante a presidência da socialista Michelle Bachelet (2006 a 2010 e 2014 a 2017), a classificação do país caiu. Já nos anos em que o conservador Sebastián Piñera comandou o país (2010 a 2014), o desempenho melhorou - Piñera assumirá a presidência de novo este ano.

O Brasil costuma ficar mal posicionado no ranking. Em 2017, ficou em 125°. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Agência Estado)