O Superior Tribunal de Justiça (STJ) solicitou ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quinta-feira (11) o compartilhamento da delação do ex-governador Silval Barbosa e também das provas do inquérito que investiga os deputados estaduais acusados na delação.
Foto da Internet
Ministro Luiz Fux
Os ofícios com os requerimentos ainda não foram analisado pelo ministro do STF. Devido ao recesso forense, os andamentos quanto às investigações estavam suspensos.
A delação
Considerada monstruosa pelo ministro Fux, a delação do ex-governador foi divulgada em 25 de agosto de 2017. Dois meses após sair do Centro de Custódia da Capital (CCC) onde ficou preso por 21 meses acusado de liderar uma quadrilha que promovia desvios do erário. Denúncia que foi confirmada pelo réu.
No acordo firmado junto ao Ministério Público Federal (MPF), Silval relatara os crimes de que tinha conhecimento e participava no Estado citando vários políticos e empresários que fazem parte do esquema.
A delação resultou na Operação Malebolge que teve como alvos o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o afastamento dos conselheiros e a Assembleia Legislativa que gerou também investigação contra parlamentares citados por Silval.
Os citados foram: Adalto de Freitas (SD), Baiano Filho (PSDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM), Eduardo Botelho (PSB), Gilmar Fabris (PSD), Guilherme Maluf (PSDB), José Domingos Fraga (PSD), Mauro Savi (PSB), Ondanir Bortolini (PSD), Oscar Bezerra (PSB), Pedro Satélite (PSD), Romoaldo Junior (PMDB), Sebastião Rezende (PSC), Silvano Amaral (PMDB) e Wagner Ramos (PSD).
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