O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, confirmou que a sigla está negociando a filiação de três secretários da gestão do governador Pedro Taques (PSDB), em Mato Grosso. O grupo deve também assumir o comando da sigla no Estado, em um processo de reestruturação da agremiação, para superar a cláusula de barreira, aprovada em 2017 com validade para esta eleição de 2018.
“Nós precisamos aumentar [a representatividade], porque estamos enfrentando a cláusula de barreira, o fim da coligação e o partido precisa ter em Mato Grosso também representação política”, afirmou o deputado federal ao HiperNotícias. “Nós estamos vendo que em Mato Grosso está havendo uma movimentação muito importante para o PPS”, complementou Roberto Freire.
Dentre os secretários que podem se filiar estão o secretário de Educação, Marco Marrafon, da Agricultura Familiar, Suelme Evangelista e o secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte.
“Existe a articulação e está sendo discutido com o secretariado da sigla. Já houve a decisão da Nacional de que o PPS deve trabalhar para que os membros do Movimento Agora possam se integrar ao partido”, cravou Freire.
Questionado sobre quem deveria assumir o comando da agremiação no Estado, no lugar do ex-prefeito de Rondonópolis Percival Muniz, Freire afirmou que o assunto será discutido pelos secretários do partido. Entretanto, o nome de Marco Marrafon é o mais cotado por ser membro do Movimento Agora (movimento de ação política a partir da sociedade, independente e sem vinculação partidária).
Nos bastidores, há conversas sobre o descontentamento do atual presidente do PPS, Percival Muniz, de que não aceitaria a imposição para abrir mão da presidência da sigla. “Acho que não tem muito sentido uma reação dessa. É um processo de crescimento e quem é do partido, evidentemente, não pode ficar contra o crescimento da agremiação”, disse o presidente Roberto Freire.
Ao HiperNoticias, Percival disse que quando deu a declaração de descontentamento estava "chateado" por não ter participado, até aquele momento, das discussões. "Eu conversei com o Roberto. Nós estamos conversando, eu autorizei o professor Antonio Máximo, que é o secretário geral, a sentar com o Marrafon e tentar compor uma executiva em consenso. Tem o meu apoio", garantiu Percival Muniz.
Cláusula de barreira
A cláusula de barreira, aprovada pelo Senado Federal no começo de outubro do ano passado, juntamente com o fim das coligações partidárias, foi o primeiro movimento em direção a reforma política. Na prática, ela pode colocar fim aos partidos “nanicos”, pois determina que a sigla alcance nesta eleição, no mínimo, 1,5% do eleitorado em todo o País na eleição para a Câmara Federal, em pelo menos nove estados da federação.
Caso não alcance, o partido ficará impossibilitado de ter direito ao tempo de propaganda em emissoras de rádio e televisão, além de ficar sem os recursos do Fundo Partidário. As exigências da lei são gradativas até 2030. Em 2030, os partidos precisam alcançar 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da federação, com 2% dos votos válidos em cada uma delas.
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