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Terça-feira, 17 de Outubro de 2017, 10h:21

Executando a missão

Qual seria o propósito de ter deixado o plano astral para novamente viver aqui na Terra?

PETU ALBUQUERQUE

 

Michely_Figueiredo

 

De uns tempos para cá, sempre me perguntei qual era a razão de estar por aqui. Para que missão reencarnei? Qual seria o propósito de ter deixado o plano astral para novamente viver aqui na Terra? Esse questionamento passou a martelar cada vez mais forte em meus pensamentos, causando um desconforto tal que não havia mais como correr da busca desta resposta. Sem meios de fugir, comecei então a trilhar o caminho, perseguindo formas de desvendar esse enigma.

 

Busquei explicação na igreja católica, religião na qual nasci, fui batizada, fiz primeira comunhão, crismei. Participava das missas de cura e libertação, das celebrações de domingo. Sentia certo alívio, como que uma “limpeza” da alma, que em diversas vezes veio por meio do choro incontido. Mesmo assim aquele “buraco” ainda residia em meu peito. A falta de um propósito nos deixa como “baratas tontas”.

 

Decidi então buscar um outro caminho. A convite de uma amiga do coração, fui participar de uma vigília na Igreja Batista. A experiência foi enriquecedora, mas ainda não havia encontrado a resposta que procurava, embora certa paz momentânea tivesse invadido o peito.

 

Decidi tomar outra rota, dessa vez conhecendo um centro espírita. Participei das palestras, dos estudos, recebi passes energéticos, contudo nada de encontrar o que procurava. Mas afinal, qual era a forma para que chegasse onde tanto esperava?

 

Ainda com aquela inquietação que não me deixava desistir, fui convidada para participar de uma sessão de trabalhos com a Ayahuasca. Mesmo com medo do desconhecido, topei. A necessidade de saber porque estava aqui era maior que qualquer receio. Cheguei ao local numa cerimônia que celebrou São Miguel Arcanjo. Coincidência ou não, ele me recebeu ali, logo eu que sou devota dele desde os meus 17 anos. O primeiro contato foi impactante. Pude fazer um balanço dos erros cometidos até então. De posse do conhecimento, tive a oportunidade de corrigir a minha rota.

 

Embora o chá houvesse me possibilitado uma gama de informações e de certo modo tivesse começado a me dar elementos para a minha descoberta, passados três meses frequentando as sessões com a Ayahuasca, foi-me mostrado que o meu caminho espiritual era outro. Meu compromisso aqui era com a Umbanda Sagrada.

 

De posse dessa informação, parti a procura de um local sério, onde pudesse desenvolver a mediunidade e desta forma trabalhar na seara da caridade. Achei a casa que me acolheu de braços abertos e me permitiu dar os passos necessários. O “buraco” diminuiu de tamanho, parte do propósito havia sido descoberto, mas ainda faltava algo.

 

Foi então que em 2016 ouvi pela primeira vez falar sobre a Psicoterapia Reencarnacionista. Mas o que seria isso? Numa livraria café, em Gramado, tive contato com o livro “A terapia da Reforma Íntima”, de Mauro Kwitko. A expressão Reforma Íntima foi que me fisgou. Afinal, na busca espiritual que estava fazendo, a necessidade de trabalhar isso ficou mais que evidente.

 

Quando estava na metade da leitura do livro, recebo a ligação da minha mãe, dizendo que haveria um curso para formação de psicoterapeutas reencarnacionistas. No período de 12 meses, poderia aprender as técnicas para auxiliar outras pessoas e ao mesmo tempo receber o tratamento.  Quer prova maior de que a espiritualidade se comunica conosco o tempo todo, só precisamos prestar atenção?

 

Foi neste encontro que comecei, aos poucos, a descobrir o que vim fazer aqui. Mas esse é um assunto que quero tratar no nosso próximo encontro...

 

Petu Albuquerque está balzaquiana, psicoterapeuta reencarnacionista, mãe, esposa, tem fé na mudança e acredita que dias melhores estão por vir.