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Sábado, 26 de Agosto de 2017, 09h:37

Fábio Garcia e Valtenir também teriam sido beneficiados em esquemas de Silval

PABLO RODRIGO

Os deputados federais e correligionários, Fábio Garcia e Valtenir Pereira, também fazem parte dos políticos citados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em sua delação premiada "monstruosa". 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

fabio garcia

 

No documento, Silval revela que, em 2012 foi assinado um convênio com a Petrobrás de arrendamento da termoelétrica Pantanal Energia. A referida empresa fez uma doação de óleo diesel para o Governo do Estado, qual teria sido simulada pelo atual deputado federal Fabio Garcia, que na época, era o diretor da termoelétrica. 

 

“Essa doação simulada para o Estado foi feita para dar baixa do óleo diesel, pois a empresa iria voltar a funcionar a gás, mas sabe que Pedro Nadaf e Fabio Garcia venderam o óleo diesel, sendo que com o valor da venda dividiram em 03 partes”, disse Silval em sua delação.

 

Segundo ele, a operação fraudulenta rendeu um total de R$ 2,7 milhões. Na prática, foi firmado o convênio de doação, mas o diesel não foi entregue. Silval garante que todo o esquema foi arquitetado pelo deputado federal. 

 

Já em relação ao deputado Valtenir, o ex-governador afirma que ele recebeu propina oriunda da integração de recursos liberados do Governo Federal através de alguns ministérios. 

 

O peemedebista relata que, no começo do ano de 2011, em razão das chuvas, foi decretada situação de emergência no município de Colniza, já que as pontes tinham sido arrastadas e a cidade estava ilhada. 

 

Diante da situação, o Ministro da Integração veio até a Capital e prometeu recurso para o Estado para reconstruir as pontes da região. “Os recursos foram liberados via Ministério da Integração e contaram com a ajuda do deputado federal Valtenir Pereira para o recurso ser liberado em Brasília, sendo liberado cerca de R$ 30 milhões de reais”, relata Silval. 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

valtenir perreira

 

De acordo com o ex-governador, após a liberação dos recursos, o deputado o procurou pedindo de 10% a 20% do valor liberado pelo Ministério, alegando que tinha trabalhado nesse processo. 

 

Na ocasião, Silval afirma que disse a ele que não tinha como atender o pedido e o orientou a procurar a empresa responsável pela execução da obra. Ele, entretanto, não sabe que fim deu as negociações.

 

Os deputados federais Carlos Bezerra (PMDB) e Ezequiel Fonseca (PP) também estão na delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que foi homologada no último dia 9 de agosto pelo ministro do STF,Luiz Fux.

 

Silval Barbosa está em prisão domiciliar desde o dia 13 de junho, após ter ficado 21 meses preso no Centro de Custódia da Capital (CCC).