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Economia Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015, 11:00 - A | A

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Sexta-feira, 27 de Novembro de 2015, 11h:00 - A | A

COP-21

Pedro Taques vai liderar missão técnica em Paris e deve cobrar saldo de créditos de carbono

RODIVALDO RIBEIRO

 

O governador Pedro Taques (PSDB) vai ser o líder de uma missão técnica de Mato Grosso no encontro para debate e propostas de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, diminuição do aquecimento global e do impacto da produção industrial nos sistemas de vida natural, entre vários outros temas relacionados ao meio ambiente e agregados sob a sigla COP-21 (Conferência das Partes, mais as 21 metas acordadas entre os líderes dos principais países emissores do planeta, na tentativa de preservá-lo em encontros realizados desde a primeira conferência, a Rio-92), marcado para ser realizado entre 30 de novembro e 11 de dezembro (os recentes ataques terroristas e a ameaça de realização de novos atentados podem obrigar a ainda mais mudanças tanto no cronograma quanto no calendário do encontro), em Paris .

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Pedro Taques/reunião/Caminhoneiros

Pedro Taques irá defender na missão que Mato Grosso tem condições de produzir muito mais alimentos sem prejudicar o meio ambiente

 

Lá, o atual comandante do estado vai encontrar líderes de pelo menos 200 países e tentar vender a eles a ideia de que o Brasil tem como produzir alimentos com muito menos impacto ao meio ambiente, além de cobrar os créditos de compensação a que Mato Grosso teria direito pela redução da emissão de gases de efeito estufa, cujo elemento principal é o carbono, os chamados créditos de carbono.  

 

“Estamos concluindo estudos, mas queremos ser ressarcidos diante da realidade mundial de que, além de Mato Grosso ser um dos maiores produtores de alimentos do planeta, também é responsável pela alta produção de crédito de carbono que combate as alterações climáticas, tão prejudiciais para todos”, disse Taques ao jornalista Marcos Lemos, do jornal Diário de Cuiabá.

 

O governador espera convencer instituições financeiras e países a aplicar dinheiro no Estado para alavancar ainda mais a produção de alimentos na mesma proporção em que mantém intactos mais de 64% de seu território, composto pelos três ecossistemas, amazônico, pantanal e o cerrado.

 

O governador deve tentar, ainda segundo a matéria, a retomada de um empréstimo, o BID-Pantanal, da ordem de U$S 300 milhões deixado pelo ex-governador Dante de Oliveira (PSDB),  que não teve tempo de retirá-lo do papel. “Oscilação do dólar e dificuldades impediram a contratação do referido empréstimo, que poderá se tornar realidade agora e consolidar políticas importantes como a questão do saneamento básico nos municípios que estão ao longo das bacias de diversos rios e lagoas no entorno do Pantanal Mato-grossense”, continuou Lemos.

 

Outras ideias a serem defendidas pelo governador seriam a ampliação da prática do “poluidor pagador”, uma maneira de compensação pelas altas emissões, à maneira do REED+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação). Essa ideia também já é defendida pela Coalizão Brasil Clima Floresta e Agricultura (CEBDS) –– uma associação civil sem fins lucrativos que lidera os esforços do setor empresarial (maios de 70 empresas e 40% do PIB brasileiro) para redução das emissões e o próprio governo brasileiro.

 

Todos defendem a criação de um plano global de compra, venda e compensação dos créditos de carbono, pois o relógio corre contra a humanidade, e até 2100, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) o mundo deve zerar as emissões, sob pena de, a manter-se o nível atual de emissões, a vida na Terra tornar-se inviável para 70% da população já em 2050. O Brasil propõe um iNDC (Contribuições Intencionais Nacionalmente Determinadas, na sigla em inglês) com redução bruta adicional de 19% até 2025 e de 43% na comparação com a fixação da segunda meta, em 2005 (a primeira foi fixada no Japão, com a assinatura do Protocolo de Kyoto, em 1997).

 

A proposta conjunta do Brasil, da CEBDS e de muitos dos países (Estados Unidos e China têm reservas quanto ao alcance desses créditos) é manter um mercado de carbono, no qual um país que polui além dos acordos globais pode comprar as quedas de emissão de outro até que alcance suas próprias metas de redução. É um modo de compensar financeiramente quem mais se esforçar na luta por alcançar a meta.

 

A pretensão do Brasil é liderar esses índices de produção com emissão mínima de carbono já em 2020, assim como aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para aproximadamente 18% até 2030. Nosso calcanhar de Aquiles reside, ainda, na diminuição do desmatamento. E apesar de ser apresentado como meta adicional, os representantes do governo brasileiro, como o Ministério do Meio Ambiente, a secretária executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, Andrea Santos, e da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Aloisio Melo, disseram ao Hipernotícias em Brasília, durante o Seminário de preparação de jornalistas para o COP-21, em setembro, que o Brasil quer chegar ao desmatamento ilegal zero até 2030 na Amazônia brasileira e chegar à compensação das emissões provenientes da supressão legal da vegetação até o ano de 2030, além de restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até o mesmo ano, para múltiplos usos.

 

Taques considera que o Brasil tem as melhores condições de preservar o meio ambiente mesmo mantendo uma alta produção de alimentos, com Mato Grosso incluso entre os líderes, claro. “Para isto precisamos investir em infraestrutura e em regras mais claras para atender a demanda existente”, disse o governador.

 

Potenciais compradores dos créditos de carbono, evidentemente, são os dois países mais industrializados do planeta, notadamente a  China e os Estados Unidos. Os asiáticos se tornam, assim, potencial mercado para a venda da produção sustentável, de baixa emissão ou emissão zero, por aqui, pois eles já avisaram que, além de não diminuir suas emissões nos níveis acordados desde o Protocolo de Kyoto, ainda vai aumentar suas emissões até 2030, ano em que se propõem a diminuição de até 65% de suas emissões na comparação com os níveis apresentados em 2005.

 

 

Os Estados Unidos se comprometem a seguir gradualmente o acordado no Protocolo de Kyoto (que eles não assinaram) a partir de 2025. Eles propõem outras metas de redução e a adoção de outras medidas de mitigação dos efeitos da produção humana no aquecimento global. 

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