"Acho que não devemos abandonar ideia da aliança da União Europeia com o Mercosul. Nosso trabalho há de ser cada vez mais de abertura com o mundo. Fechar esta porta significa impedir o caminho das negociações", disse Temer.
Segundo fontes, Temer decidiu dar ênfase ao assunto porque os europeus interpretaram mal a fala do chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, no domingo, que defendeu uma negociação comercial ampla com a China. Com apoio do chanceler da Argentina, Jorge Faurie, Novoa disse que sente que as negociações com a UE estariam próximas de uma "ruptura".
A reunião do Mercosul, nesta segunda, marca justamente a transferência da presidência pro tempore do Paraguai para o Uruguai. Por isso, de acordo com aliados de Temer, houve receio de que o acordo com a UE pudesse perder intensidade nos próximos meses.
Durante a reunião de cúpula do Mercosul, na manhã desta segunda-feira, o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, reforçou a fala do chanceler e reclamou da demora na finalização das negociações com a UE, que já duram mais de 20 anos.
Em resposta ao presidente do Uruguai, o presidente Temer afirmou que as coisas "não se resolvem de um dia para o outro, nem de um ano para o outro". "Por muito tempo, trabalhamos no acordo com a UE, mas penso que acentuamos nossas negociações apenas nos últimos anos. Não é por acaso que negociações avançaram enormemente nos últimos tempos", continuou.
Temer disse ainda que o Mercosul tem por objetivo "melhorar a abertura no lugar de se fechar em si mesmo".
A vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, seguiu uma linha parecida com a de Temer, defendeu o acordo com a UE e também não mencionou um possível entendimento com a China.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.