Depois de um início de sessão em alta, o enfraquecimento da divisa dos EUA consolidou-se após a autoridade monetária turca realizar uma reunião extraordinária, na qual elevou a taxa básica de juros do país em três pontos porcentuais, de 13,5% para 16,5% ao ano "Quando veio a decisão de política monetária da Turquia, a reação foi uma maior calma nos mercados", afirmou o sócio e gestor da Absolute Investimentos, Roberto Serra, referindo-se ao real e suas pares (sobretudo lira turca, peso mexicano, rand sul-africano).
A queda do dólar nos últimos dias, entretanto, tem um fator doméstico predominante que é a ação do Banco Central (BC) brasileiro via swap cambial, segundo o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto.
Vale destacar que a mínima intraday do dólar (R$ 3,6181) aconteceu pouco depois de o Federal Reserve (Fed) divulgar a ata da última reunião de política monetária. O teor do documento contribuiu para a depreciação do dólar ante o real "não por ter trazido uma mensagem 'dovish', mas pelo fato de não ter revelado alguma surpresa 'hawkish'", na avaliação de Machado Neto, da H.Commcor. O profissional também entende que o "arrefecimento da cautela com o conflito comercial entre EUA e China" ajudou na desvalorização do dólar ante o real nesta quarta-feira.
Entre os destaques da ata do Fed, está o trecho em que os "policy makers" relatam que os recentes sinais de inflação mais forte podem ser transitórios, causados por preços mais altos de saúde e dos serviços financeiros. Os dirigentes do Federal Reserve também apontaram que as expectativas de inflação de longo prazo foram pouco alteradas, embora alguns banqueiros centrais tenham dito que a inflação pode ultrapassar ligeiramente a meta de 2%.
(Com Agência Estado)
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