Sexta-feira, 26 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,12
euro R$ 5,50
libra R$ 5,50

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,12
euro R$ 5,50
libra R$ 5,50

Coluna Endireitando Segunda-feira, 22 de Maio de 2017, 11:36 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 22 de Maio de 2017, 11h:36 - A | A

Futuro – será com ou sem crise?

Mais uma vez enfrentaremos as torrenciais tempestades da inconsistência política

LUCIANO PINTO

 

Marcos Lopes

Luciano Pinto

 

Parece que chegamos em outro momento difícil da política nacional. As notícias veiculando a confusão entre público e privado faz da classe política, novamente, o algoz do aparente início de uma recuperação econômica e social do país.

 

Uma certeza temos. Mais uma vez enfrentaremos as torrenciais tempestades da inconsistência política. Já se acumulam inúmeros pedidos de impeachment do presidente Michel Temer aguardando a análise do Presidente da Câmara dos Deputados, o aliado governista Deputado Rodrigo Maia. O mais recente e notável pedido partirá da Ordem dos Advogados do Brasil, que em Sessão Extraordinária do Conselho Federal, acatou por sua imensa maioria o relatório elaborado por Comissão, cuja conclusão foi pelo reconhecimento da existência de Crimes de Responsabilidade do Presidente da República.

 

Embora uma lástima, é imprescindível que isso seja enfrentado. O exercício da democracia representativa não aceita mais a política do interesse próprio em detrimento dos representados. Essa situação esgota qualquer pingo de razoabilidade, ou mesmo paciência, e exige apuração e punição para que, superada, vivamos melhores dias.

 

Simultaneamente, temos um país que pulsa e continua sua labuta diária, com objetivos previamente traçados, e que dependem de uma mínima estabilidade para alcançá-los. É uma população inteira – a quinta do mundo – dependendo de inúmeros fatores, que, se não favoráveis, ao menos não atrapalhem.

 

Por isso, embora seja muito difícil, precisamos engendrar esforços para que a discussão acerca do destino político do país passe despercebida pelos governados. Pelo menos, que atinjam as pessoas da maneira mais branda possível. Ninguém pode negar que, devido aos conflitos políticos ocorridos a partir de 2014, período marcado por uma guerra de poder, sofremos uma recessão que assolou milhões de pessoas. O nível do desemprego é a maior testemunha desse sofrimento.

 

Um político, em exercício, que até agora tem meu respeito é o Senador Cristovam Buarque. E assim acredito não pelo partido do qual foi ou atualmente é. Assim acredito muito mais pela ponderação e clareza com que forma e expõe suas ideias. As últimas manifestações do Senador foram na mesma linha com aquilo que aqui defendo. Segundo o parlamentar a política precisa sim virar essa página, mas isso precisa ocorrer sem atingir o mais necessitado, aquele que precisa de um mínimo de estabilidade para continuar pelejando seu sustento e de sua família. Percebo, claramente, que o povo está humilhado com tantas fanfarrices politiqueiras. Está economicamente falido, desmotivado, desmoralizado, e não consegue enxergar um mínimo de luz no fim do túnel pra iluminar seu caminho.

 

Hora ou outra me pergunto, confesso, não seria a hora de uma mobilização popular ainda maior do que aquelas de 2014? Não seria o momento do povo mostrar que realmente perdeu a paciência com toda essa patifaria política e baderna da administração pública? Não seria o momento de uma ruptura popular com a bandeira dos bons costumes? E a maior das perguntas: qual é o gatilho para o povo ir pras ruas e jogar pra fora toda a insatisfação demonstrada nas redes sociais?

 

Aliás, as redes sociais é um caso à parte, digna de muitas discussões, e contribuindo deixo uma reflexão. Notáveis pela eficiência na transmissão da informação (boa ou ruim), ou pela democrática forma de manifestação para os “normais”, não seria ela exatamente o bicho papão dos movimentos populares? Explico: Será que, ao vomitarem seus xingamentos nas redes sociais, embaixo do cobertor ou no ar-condicionado, os “normais” já pensam que cumpriram seu papel na causa, deixando de fomentar os movimentos populares de massa? Fica a pergunta.

 

Vamos acompanhar!

 

*LUCIANO PINTO é advogado do escritório LP Advocacia.  Email: [email protected]

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros