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Cidades Quinta-feira, 25 de Maio de 2017, 14:21 - A | A

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Quinta-feira, 25 de Maio de 2017, 14h:21 - A | A

CASO RODRIGO CLARO

Tenente acusada de tortura tem nome incluído em lista de promoção e pode se tornar capitã

CAMILLA ZENI

A tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur, acusada de tortura na morte do aluno soldado Rodrigo Patrício Lima Claro, 21 anos, formando do CBM, poderá ser promovida a capitã pela instituição. O nome da oficial foi relacionado na ata da Comissão de Promoção de Oficiais (CPO) da instituição, que faz o levantamento de todos os militares com o tempo de serviço necessário para a elevação de nível.

 

Reprodução

Ledur rodrigo Claro

Tenente Ledur poderá ser promovida a capitã do Corpo de Bombeiros

De acordo com o tenente-coronel Arboes Jacob, a lista ainda é primária. O oficial explicou que, na relação, foram colocados todos os membros da corporação que atendiam unicamente o requisito de tempo de serviço e que outros critérios ainda deverão ser levados em consideração.

 

“Ela está numa lista de concorrência, que são as pessoas que têm tempo de serviço, o que no caso dela não afeta em nada. No entanto, não há garantias de que essas pessoas sejam promovidas de fato”, explicou.

 

Os militares listados, além de passar pelo crivo da CPO,  devem concorrer entre si pelas vagas, que ainda serão disponibilizadas pela Comissão. Caso a tenente passe pelos critérios da seletiva e conste na relação final de membros para promoção, seu destino ficará a cargo do governador do Estado, Pedro Taques, que é responsável pela escolha dos oficiais que terão o nível elevado. Ela, então, poderá se tornar capitã pela instituição.

 

A tenente Ledur foi comandante e instrutora do treinamento de salvamento aquático realizado no curso de formação para soldados do Corpo de Bombeiros, que resultou na morte de Rodrigo Claro. Durante uma atividade na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, o aluno soldado tinha 21 anos, passou mal e precisou ir às pressas para uma unidade médica. Ele chegou a ficar cinco dias internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas faleceu devido uma aneurisma. O caso aconteceu em 15 de novembro de 2016.

 

Arquivo Pessoal

aluno rodrigo claro

Rodrigo Claro morreu com 21 anos após treinamento de salvamento aquático

A oficial chegou a ser responsabilizada em um Inquérito Policial Militar (IPM), realizado pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros, pelo crime de maus tratos, em razão de ter exposto a vida ou saúde de outro em situação de risco. O documento, contendo 11 páginas, foi finalizado no dia 2 de fevereiro. No entanto, IPM ainda é inconclusivo.

 

A mãe de Rodrigo Claro, Jane Patrícia Claro, recebeu a informação sobre a possibilidade de promoção da tenente no final da tarde desta terça-feira (23), por meio de um amigo. “Eu recebi uma lista com trechos de nomes, e dentre eles estava o dela”, nos informou. “Em se tratando da instituição Corpo de Bombeiros, eu não duvido mais nada”, disse.

 

Em razão da não conclusão do IPM, a tenente ainda não foi sentenciada. A família de Rodrigo Claro reclama da falta de urgência na apuração do caso. Segundo ela, o Corpo de Bombeiros fornece apenas informações desencontradas e não dá respostas precisas às perguntas que pairam sobre o acontecido. “A vida deles segue igual. Mas a minha família ficou destruída”, observou Jane.

 

Para ser finalizado, o caso aguarda decreto do governador Pedro Taques sobre o parecer elaborado pelo Conselho de Justificação do Corpo de Bombeiros, que é responsável por julgar a incapacidade de um oficial militar permanecer na ativa, por meio de um processo especial. O órgão dá mecanismos para que o acusado justifique sua acusação.

 

O Conselho, que é nomeado pelo governador do Estado e integrado por três oficiais da corporação, já foi instalado e realizou suas ações. “O que cabia ao Corpo de Bombeiros, a parte administrativa, foi feito. Agora depende do governador e da Justiça. A gente não tem controle desse processo mais”, destacou o tenente-coronel.

 

Caso o parecer do Conselho não tenha o encaminhamento necessário a tempo, a tenente Ledur poderá ser promovida a capitã, se for eleita na seletiva.

 

Segundo o oficial, o documento emitido pelo Conselho já se encontra junto a Casa Militar e aguarda encaminhamento do governador Pedro Taques, que deverá decidir pelo arquivamento dos autos ou prosseguimento do processo junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso. 

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