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Cidades Quarta-feira, 15 de Agosto de 2018, 14:42 - A | A

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Quarta-feira, 15 de Agosto de 2018, 14h:42 - A | A

ACIONAMENTO DAS TERMELÉTRICAS

Sem política pública Mato Grosso e o Brasil têm uma das energias mais caras do mundo

REDAÇÃO

Por enquanto a luz no fim do túnel é a mais cara do mundo, ao menos esta é avaliação do setor energético em Mato Grosso, e o pior, a conta a peso de ouro acelera em cifras astronômicas. O anuncio de aumento é oficial e ganhou até estimativa recente do TCU (Tribunal de Contas da União), o consumidor brasileiro vai amargar com um prejuízo de R$ 23 bilhões em 30 anos.

 

Reprodução

energia

 

O caminho para este blackout financeiro para o consumidor final é o que engloba todos os setores, doméstico e empresarial trilhado por uma imersão equivocada tanto na escolha da matriz energética, bem como o travamento de licenças para as instalações de PCH´S (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e CGH´s (Centrais Geradoras Hidráulicas), das quais são menos onerosas e com baixo impacto ambiental.

 

Neste cenário o brasileiro se torna refém quase todos os anos, com o período de estiagem, que é algo cíclico, os reservatórios das usinas hidrelétricas ficam em baixa, e desta forma o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aciona a operação das mais de 60 usinas termelétricas em todo o país. Para o conselheiro da ABRAPCH (Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas e Centrais Geradoras Hidrelétricas) e diretor do Sindenergia MT, Ralph Rueda, este cenário desastroso para o setor produtivo de todo o país já deveria ser coisa do passado.

 

“Enquanto o governo brasileiro não tratar com seriedade o setor energético vamos padecer com esta política de escuridão, sendo a mais cara do mundo, e ainda, sem a qualidade que o Brasil tem para oferecer, uma energia mais limpa, barata, abundante e ainda, sem grandes impactos ambientais. Não é ilegal o acionamento das termelétricas, mas pode dizer que é imoral, diante do custo mais elevado entre as matrizes energéticas, sendo também a mais nociva ao meio ambiente diante da descarga de gases poluentes”, pontua Rueda.

 

 Ao acionar as usinas termelétricas para gerar eletricidade há o uso de carvão, gás ou óleo combustível, todos componentes onerosos demais, isto sem falar no custo ambiental e a saúde.  O carvão mineral, uma das fontes mais poluidoras de energia vem de outros países. Todas as fontes geradoras de energia neste modelo contribuem para o efeito estufa.

                                                                                                        

Neste contexto a culpa agora recai para a estiagem, porque chove menos e os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios, é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Com isso, os valores médios semanais do custo de operação de todos os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN) passaram de R$ 603,83 megawatts/hora (MWh) para R$ 763,77/MWh.

 

De acordo com a última atualização do ONS, o reservatório da usina de Furnas, o principal do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 27,90% de volume útil. O subsistema, que reúne 19 reservatórios, opera com 34,43% de energia armazenada. Já o Subsistema Sul opera com 49,57%; o Nordeste com 35,07%; e o Norte com 67,25%.

 

Pagando o preço elevado

 

Sem a devida política energética tão necessária para o Brasil, que culmina com o acionamento das termelétricas, o consumidor sente  doer no bolso a conta de energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está em plena manutenção com a bandeira tarifária vermelha, patamar 2, para o mês de agosto. Ela é acionada nos meses em que o valor do Custo Variável Unitário (CVU) da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$ 610/MWh.

 

A bandeira vermelha, patamar 2, define o custo de R$ 5 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais até quatro vezes mais caras do que a de hidrelétricas. “O setor elétrico fica questionando os motivos de não lançar leilões, pois poderia aumentar a compra de forma significativa de energia hídrica, que é a base energética do país, ao invés de lançar mão de mais térmicas de forma emergencial, solar e eólicas”, questiona Rueda.

 

PCH é alternativa sustentável e barata para Mato Grosso        

        

Mato Grosso seria um dos Estados brasileiros com todos os elementos favoráveis para produzir energia limpa, sem impactos ambientais. A salvação da conta e do meio ambiente seria as instalações de PCH`s, tanto em sistemas não consultivos (sem consumo de água), ou com reservatórios. “Temos água neste Estado, os projetos existem, são sérios, de empreendedores que insistem em trazer o desenvolvimento sustentável, porem podem perder uma luta, caso o poder público continue omisso com o setor energético. Estamos implorando a abertura de diálogo com o Governo, Ministério Público e demais órgãos competentes, o setor tem condições de produzir energia limpa, sem degradações, ao ponto de contribuir para que o brasileiro deixe de sofrer perdas financeiras com a conta de energia, é preciso apenas  dar espaço para quem pode empreender”, explica Rueda.

 

Um dos grandes entraves do setor hidro energético em Mato Grosso é a morosidade com a concessão de licenças ambientais. “Vivemos uma política engessada, que precisa ser dissolvida em resolutividade com todos os órgãos competentes, um Estado, um país, um município, por menor que seja não sobrevive e não produz sem energia elétrica. E um país como o nosso, poderia fornecer uma das energias mais baratas do mundo, mas temos a mais cara e agora a mais poluente do planeta com as termelétricas”, finaliza Rueda.

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