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Cidades Sábado, 18 de Agosto de 2018, 14:00 - A | A

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Sábado, 18 de Agosto de 2018, 14h:00 - A | A

DEPRESSÃO PÓS PARTO

Psicóloga esclarece doença e afirma que mulheres ainda são muito julgadas

JULIANA ALVES - ESPECIAL PARA O HIPERNOTÍCIAS

"As mulheres são muito pré julgadas. E os estudos apontam que o maior número de casos de depressão ou estado depressivo encontra-se com as mulheres. Nós somos mais propensas a isso", diz a psicóloga Maria de Lourdes. A profissional explicou ao HiperNotícias sobre a depressão pós-parto, como acontece e os motivos, já que existem casos extremos em que as mães matam os filhos.

 

A psicóloga relata que mulheres que já tiveram depressão em algum momento da vida podem desenvolver essa rejeição ao filho. Mas também acontece com mulheres que já foram abusadas, violentadas de alguma forma ou são dependentes químicas. 

Alan Cosme/HiperNoticias

psicologa maria de lurdes

Psicóloga explica como a doença afeta as mulheres e os cuidados para a recuperação 

 

Mas o que é a depressão pós-parto? Como o nome diz, essa doença vem logo após o nascimento da criança. Maria de Lourdes explica que, muitas vezes, a gravidez foi perfeita, planejada e aguardada com muita alegria, mas quando a criança sai do útero existe uma quebra nesse vínculo entre a mãe e o bebê, que, dependendo de cada caso, pode ocorrer a rejeição, esse afastamento por parte da mulher. 

 

"Quando a criança está no ventre, apenas a mulher sabe como é e percebe essa criança. A mãe tem alterações hormonais, sofre modificações no corpo. Quando nasce, o que acontece? Às vezes a mãe não dá conta de saber o que é aquela criança. Tem a separação da mãe e do filho que estava no útero. Não é saudável quando essa mãe não tem interesse por esse filho", explica.

 

A psicóloga relata que a mulher que não fica com a criança, não é porque não quer, mas ela não tem recursos emocionais para ficar ao lado do próprio filho e cuidar dele. Por isso é importante o pai da criança se posicionar, o marido entender e fazer esse papel. Quando a mulher é mãe solteira e não tem contato com o pai, é importante que a avó do bebê seja essa segurança e apoio à mulher e ao pequeno.

 

Maria de Lourdes reforça que a depressão ocorre logo após o parto e não meses depois. "É naquele período que o bebê nasceu e ela vai ficando nessas condições. Não pode emitir nenhum julgamento, é uma doença. A mãe está doente! Não pode ficar sozinha, precisa ser assistida, ter uma companhia constante junto dela, que está com a criança. Ela pode ter oscilações ora mais intenso ou não".

 

A profissional aponta que uma mulher que tem ajuda médica, psicológica e apoio da família, se medicada ao tratamento pode melhorar em até três meses. Mas, enquanto isso não acontece, a criança também sofre e é afetada por essa rejeição. "A criança se constitui psiquicamente pelo toque, pelo carinho... Por isso é importante o pai, se a mãe está adoecida, ele pode exercer o papel. Ele alimenta, dá carinho, troca fralda, nina... Ele vai substituindo enquanto essa mãe não consegue se curar, sair desse estado depressivo", declara.

 

O quadro é uma situação extremamente delicada e requer cuidados importantíssimos. "A mãe realmente quer o distanciamento do filho e as consequências podem ser trágicas".

 

Ela relata um estudo de caso em que a mãe tem todo um histórico de acompanhamento da gravidez, mas depois que teve o filho chegou um dia em que ele não parava de chorar e quando ela se deu conta, o sufocava com um travesseiro. A criança foi salva, mas existem casos em que as mães realmente estão em um estado tão profundo da doença, que acabam matando seus bebês.

 

"A mulher pode levar uma vida normal até que isso se estabilize. Uma mãe que chega a esse extremo não foi cuidada".

 

A psicóloga diz que qualquer mulher está sujeita à depressão pós-parto, mas não existem dados informando mais sobre a situação. E não precisa ser necessariamente na primeira gravidez, às vezes a mulher está no terceiro filho e nunca teve a doença, mas após o nascimento dessa criança ela pode rejeitá-lo.

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Alan Cosme/HiperNoticias

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