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Cidades Domingo, 18 de Setembro de 2016, 17:28 - A | A

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Domingo, 18 de Setembro de 2016, 17h:28 - A | A

QUATRO ANOS DEPOIS

Mãe de jovem queimada no forno de pizzaria se recusa a enterrar restos mortais da filha

MAX AGUIAR

Dia 3 de fevereiro de 2012. Essa data ficará para sempre na mente de Maria Eunice Pereira dos Santos. Ela é mãe da jovem Katsue Stefani Pereira dos Santos, à época 23 anos, morta a facadas e em seguida teve o corpo carbonizado dentro de um forno de pizza no bairro Parque Barbado, em Cuiabá.

 

 

Reprodução

Maria Eunice

Dona Maria segura alvará de liberação dos restos mortais da filha

Quatro anos depois, Maria Eunice não enterrou os restos mortais da filha. Por enquanto, as cinzas com poucas partes de ossos e crânio da jovem permanecem no instituto de antropologia da Perícia de Identificação Técnica e Oficial (Politec). A mãe não teve coragem de enterrar devido tamanha crueldade que aconteceu com sua filha.

 

De acordo com a assessoria do Instituto Médico Legal (IML), as cinzas de Katsue estão disponíveis para enterro desde o ano de 2014, mas a mãe se negou enterrar. Em depoimento à Primeira Vara Criminal de Cuiabá, ela disse que não tem condições psicológicas de fazer um cortejo fúnebre, muito menos enterrar a filha.

  

“Eu hoje vivo porque Deus não quis me levar. Depois da morte da Katsue, foi só sofrimento pela forma trágica que ocorreu a situação. Por causa disso até hoje eu não pude enterrá-la. Minha vida está destruída, tomo remédios controlados e sempre fico em tratamento com psicólogos. Eu não consigo e não farei isso. Minha vida acabou", lamenta a mãe à época, chorando muito.

 

Segundo informações da Politec, os restos mortais da vítima ficará no instituto de antropologia e servirá para estudos e como amostra para cursos de medicinas. Por enquanto, ele não foi tocado, mas se permanecer até cinco anos sem enterro, a Politec tem direito no DNA e poderá usá-los em trabalhos futuros.

 

Katsue tinha 23 anos, uma filha, e trabalhava como garota de programa. Ela foi morta pelo pizzaiolo, Weber Melquis Venandes de Oliveira, de 26 anos, condenado pelo crime. Ele afirmou em juízo que usou uma faca para matar Katsue e depois a queimou em um forno da pizzaria da família, em 2012, em Cuiabá.

 

O crime

 

Conforme denúncia oferecida pelo Ministério Público, o crime aconteceu no dia 3 fevereiro de 2012, na Pizzaria Fornalha, localizada no bairro Barbado, na Capital. O réu é filho do proprietário do estabelecimento comercial. Conforme a denúncia, Weber matou Katsue por motivo fútil, por meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa, com evidente intenção de matar.

 

Reprodução

Weber Melquis Venande de Oliveira - pizzaria fornalha - Katsue

No dia que foi preso, Weber confessou o crime e disse que se arrependia

Weber após desferir vários golpes contra Katusue, esquartejou e queimou  o corpo dela. Ele dividiu algumas partes para facilitar a entrada do corpo no forno. Na data do crime, o acusado teria fechado a pizzaria e ido a uma boate próximo à rodoviária de Cuiabá, onde se encontrou com Katsue e outras garotas de programa.

 

Os dois consumiram bebida alcoólica e drogas e, por volta de 5h15, Weber atraiu a vítima com o pretexto de comprar mais droga. Weber levou Katsue até a pizzaria e, de forma inesperada, desferiu três golpes de faca na região do pescoço da jovem. Os restos mortais de Katsue foram encontrados pela polícia totalmente carbonizados horas depois do crime.

 

“Enquanto Katsue queimava, num ato de extrema lucidez, o denunciado lavou o estabelecimento, demonstrando a sua intenção de não somente impossibilitar a identificação da vítima, como também de apagar os vestígios do homicídio por ele praticado”, diz trecho da denúncia.

 

Condenação

 

Weber foi preso dois dias depois do crime e ficou em isolamento por quase cinco meses na Penitenciária Central do Estado. Em seu primeiro depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção, ele disse que estaria arrependido do crime e estava sob efeito de drogas quando matou a jovem. Três anos após o crime, em novembro de 2015, Weber sentou no banco dos réus do Fórum de Cuiabá.

 

Otmar Oliveira/A Gazeta

Katsue morta na pizzaria

Corpo de Katsue foi esfaqueado, cortado e queimado por Weber, em forno de pizzaria

Após oito horas de júri, Weber foi condenado a 17 anos em regime fechado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A sentença proferida pelo júri popular comandado pela juíza Monica Catarina Perri.

 

A pena só não foi maior devido a desenvoltura da defesa pelo advogado Paulo Fabriny. Na avaliação do advogado, o caso de Weber não tem mistério, até por que ele já confessou o crime.

 

Atualmente Weber cumpre pena no Centro de Ressocialização de Cuiabá. Ele presta serviços diários na cadeia, que computa a cada três dias de trabalho, reduz um da pena. A reportagem tentou contato com Weber, mas ele preferiu não gravar entrevista. A mãe de Katsue também preferiu não falar sobre o ocorrido. 

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