Quem pensa que ir para a faculdade significa apenas estudar ciência, fazer pesquisa, discutir a política do país ou até mesmo dar aquela fugidinha da sala de aula para ir com os amigos nos barzinhos das redondezas, é porque não conhece outras realidades que o espaço oferece para os estudantes que estão em busca de outras experiências para a vida, mais espirituais.
Alan Cosme/HiperNoticias
É nesse contexto que surge o grupo de oração “Universidades Renovadas”, que se reúne para dar atenção especial para calouros e veteranos. Principalmente porque a grande maioria dos acadêmicos é do interior, ou de outro estado, e muitos moram sozinhos na Capital com o objetivo de ter uma profissão.
A maioria dos estudantes passa a não ter uma família na qual se apoiar e ficam vulneráveis às opções que, muitas vezes, os fazem perder o foco dos estudos, como o uso de drogas.
Por isso, o grupo ‘Acadêmicos de Cristo’ distribui panfletos no início de cada semestre com intenção de chamar participantes para o grupo de orações.
“Eles chegam abertos e a gente costuma dizer que eles são parecidos com uma esponja porque absorvem tudo. Se um grupo do mundo, que é da farra e da bebida, os acolher melhor eles vão. Justamente porque estão sozinhos e estão procurando amizades. Mas, se a gente fizer nosso papel eles se achegam a nós, porque os integrantes do grupo são uma família. Passamos os finais de semana juntos. Vamos para missas, dormimos nas casas uns dos outros e assistimos a um bom filme nos cinemas da cidade. Assim como uma família”, disse a doutoranda em ciências da saúde, Helen Aguiar.
Atualmente, Helen foi escolhida como serva e busca desenvolver atividades missionárias nas reuniões que são realizadas nas terças-feiras, às 12h, no bloco de Engenharia Elétrica, as quartas-feiras, às 12h no auditório de Engenharia Florestal ou na Praça do Restaurante Universitário (RU) e nas quintas-feiras, às 12h15, no auditório de Engenharia Florestal. Essas reuniões missionárias são realizadas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Helen começou no grupo quando cursava o segundo ano da faculdade de Biologia. Tudo começou através de um amigo que também fazia o mesmo curso.
Ao HiperNóticias a doutoranda contou que antes mesmo de entrar para as ‘Universidades Renovadas’ ela era da Renovação Carismática da Igreja Católica. No entanto, mesmo sabendo da existência das orações nunca foi procurar o encontro.
“Certo dia decidi ir a um encontro nacional dos universitários do Brasil, que acontece a cada dois anos e depois fui convidada a me tonar serva. Desde então passei a ministrar. Na verdade tudo o que faço vejo como dom de Deus. Com os dias, peço sempre que ele me conceda graça porque faço por gostar. Mas, sabemos que se depender da força humana a gente desisti, visto que somos limitados e fracos”, afirmou.
Alan Cosme/HiperNoticias
LOUVORES
Para a reunião ficar animada e com coros entoados, todos os servos fazem uma reunião na instituição para discutir a estrutura do ciclo carismático. Mas, caso aconteça algum fato inovador ou especial, os integrantes conversam e podem mudar a rotina.
No entanto, no dia a dia quem percorre pelo bloco de Engenharia Florestal, Engenharia Elétrica e na Praça do RU, pode ver a animação de longe com canto, dança, clamor do Espírito Santo, oração e pregação da palavra de Deus.
Principalmente porque quando muitos alunos passam o grupo forma um coro e grita “Vem, Vem”, como uma forma de atrair outros participantes.
Alunos de qualquer curso podem participar das atividades missionárias. No primeiro Grupo de Oração Universitário (GOU) deste semestre, quando a equipe do HiperNotícias foi participar, havia pelo menos 50 estudantes das mais variadas áreas. Entre elas se destacavam: Zootecnia, Física, Veterinária, Biologia e Ecologia.
MINISTÉRIO
O ministério na faculdade começou há 22 anos, quando um acadêmico de Viçosa (MG) lançou a ideia em uma faculdade. Os estudantes de Cuiabá viram a ideia e começaram com o projeto na UFMT.
Alan Cosme/HiperNoticias
Em Cuiabá, três faculdades adotaram ao grupo de orações. Em Várzea Grande também tem um grupo na Univag.
“Nunca temos a quantidade certa de participante, porque a realidade é relativa de acordo com o semestre. Mas, sempre temos também aquelas pessoas que além dos servos, participam com frequência”, disse um dos servos, Israel Ivo.
Elexandra Martins, que se formou há três em Pedagogia na UFMT, ainda continua com as atividades missionárias, nas quartas e quintas-feiras.
“Comecei em 2013, depois que recebi um folhetinho. Fui a uma reunião e depois nunca mais parei. Hoje já sou serva e posso dizer que a base de tudo é a oração. Tivemos alguns problemas com grupos de usuários de drogas. Porém, conseguimos passar por cima das dificuldades. Estamos de pé e sempre permaneceremos”, finaliza.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
