Quinta-feira, 18 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,24
euro R$ 5,60
libra R$ 5,60

00:00:00

image
ae7b65557f584ffa666eb2a35ce5142f.png
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,24
euro R$ 5,60
libra R$ 5,60

Cidades Quinta-feira, 04 de Abril de 2019, 12:50 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quinta-feira, 04 de Abril de 2019, 12h:50 - A | A

PROCEDÊNCIA QUESTIONADA

Grupo Celeiro é acusado de vender carne sem certificação como cortes nobres

JESSICA BACHEGA

SELO1_HIPER

Famoso pela venda de carnes nobres na região, o Grupo Celeiro é acusado de comercializar produtos sem certificação e “enganar” o consumidor quanto a origem do alimento. A denúncia foi feita à Vigilância Sanitária e encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE), ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) para investigação.

Divulgação

marco tulio duarte soares acrimat

 Presidente da Acrimar, Marco Túlio, é dono do Grupo Celeiro

A empresa é de propriedade de Marco Túlio Duarte Soares, presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT), que teria patrocinado diversas ações do governo Pedro Taques e do Indea, órgão fiscalizador.

De acordo com o documento, o denunciante não quis se identificar e informou todas as supostas irregularidades encontradas. No relato, conta que a empresa ganhou mercado explorando o nicho das carnes nobres "linhagem europeia" provenientes da raça bovina "angus", com valor de mercado superior as demais. No entanto, o produto não difere das carnes de nelore comumente vendida nos açougues.

O denunciante aponta que o Grupo não tem frigorífico em Rondonópolis para controle de qualidade do produto vendido e certificação do mesmo.

“O que a empresa faz é comprar de produtores rurais da região, muitos sem qualquer tipo de certificação de raça, tratar o corte e embalá-lo com o seu padrão de produção e rotulá-lo como sendo proveniente de raças que na verdade não se sabe a origem”, diz trecho do documento.

A denúncia aponta que a falta de certificação gera enriquecimento ilícito, pois não há garantia de que o produto vendido corresponda ao anunciado. Pois, segundo a representação, a competição é desleal com outra empresas que possuem o certificado.

“A certificação é incompatível com a atividade da empresa porque apenas a indústria frigorífica pode aderir aos protocolos de raça específica, devendo os abates e processamento dos produtos ser acompanhados por veterinários, o que não ocorre no Grupo Celeiro, que sequer tem um frigorífico”, afirma o texto.

No documento, a Vigilância Sanitária pede a retirada das carnes do Grupo Celeiro dos pontos de venda, interdição das unidades em Cuiabá e Rondonópolis e proibição de venda até que haja certificação.

Outro lado

A assessoria da Celeiro informou que ainda não teve acesso a denúncia. Que rechaça acusações infundadas e que nestes 20 anos de mercado sempre primou pela qualidade dos produtos.

Confira nota

A fim de assegurar a transparência e tranquilizar seus clientes, a Celeiro Carnes Especiais, empresa do Grupo Celeiro que atua há mais de 20 anos na pecuária mato-grossense, informa que ainda não teve acesso integral à reclamação anônima feita aos órgãos fiscalizadores. Todavia, assim que o acesso aos autos for permitido, será apresentada a defesa para restabelecimento da verdade.

O Grupo Celeiro tem orgulho de ser mato-grossense e ter conquistado, pela qualidade da carne produzida no Estado, o título de 2ª melhor marca de carne do Brasil, oferecido pela revista Dinheiro Rural, uma das maiores e mais respeitadas publicações especializadas e que possui um rigoroso critério de avaliação feito por especialistas em carnes do país.

Além disso, a empresa sempre teve a preocupação com a procedência do animal, por questões de segurança e manutenção da qualidade, prestando informações permanentemente aos órgãos fiscalizadores estaduais e nacionais, e investido em rastreabilidade para monitorar o animal desde o seu nascimento até a gôndola. Por esta iniciativa, a Celeiro é uma das poucas empresas do país a ter o Selo “Produzindo Certo”, certificado pela Aliança da Terra.

Por fim, a Celeiro rechaça as acusações infundadas e sem fundamentações jurídicas, reafirmando o compromisso com a qualidade de seus produtos que já romperam as fronteiras de Mato Grosso e estão nos melhores e mais exigentes fornecedores do país.

GRUPO CELEIRO

Sobre o assunto, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso emitiu a seguinte nota técnica, que segue abaixo:

NOTA TÉCNICA

Em função das recentes publicações e matérias veiculadas na mídia, acerca de denúncia sobre a empresa Estância Celeiro e sobre a atuação de fiscalização sobre a referida empresa, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso - INDEA/MT, autarquia responsável pela execução do Serviço de Inspeção Sanitária Estadual – SISE sobre produtos de origem animal, vem à público prestar alguns esclarecimentos:

1- A Estância Celeiro está legalmente registrada no SISE sob o nº 091 desde 04 de abril de 2008;

2- O registro da empresa foi feito dentro de todas as normas estabelecidas pela legislação vigente, atendendo todos os requisitos estruturais, sanitários e ambientais;

3- A certificação sanitária do produto é realizada com base em programações de visitas de supervisão pelo Médico Veterinário lotado no Município na qual a mesma está localizada, obedecendo à freqüência estabelecida pelo SISE, e na observância de qualquer irregularidade a mesma é submetida as sanções cabíveis, ações essas equivalentes a todas as indústrias registradas;

4- A certificação é complementada com o ciclo de auditorias realizadas pela Coordenadoria de Inspeção Sanitária de  Produtos de Origem Animal – CISPOA, onde são verificados todos os programas de garantia implementados pela empresa;

5- Os produtos produzidos pela empresa são fiscalizados quanto à documentação sanitária de origem, bem como, são submetidos às análises Microbiológicas e Fisicoquímicas em Laboratório Oficial;

6- Especificamente, como a empresa está registrada na categoria de Entreposto e fábrica de produtos cárneos, a mesma está autorizada a receber os produtos cárneos oriundos de abatedouros-frigoríficos registrados no SISE ou no SIF (Serviço de Inspeção Sanitária Federal), dando garantia que os produtos recebidos foram produzidos dentro das normas sanitárias e estão dentro dos padrões estabelecidos pela legislação sanitária vigente;

7- Todos os produtos produzidos por todas as indústrias registradas no SISE passam pelo crivo da CISPOA, atendendo as legislações específicas, para que o seu processo de rotulagem seja deferido;

Os produtos produzidos pela Estância Celeiro são produzidos dentro das normas sanitárias e de saúde pública não oferecendo risco ao consumidor, sendo a única empresa autorizada no Estado de Mato Grosso a realizar o comércio interestadual, através de processo de reconhecimento de equivalência ao SISBI-POA (Sistema Brasileiro de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal), validado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

A CISPOA, a partir do conhecimento da denúncia, realizou todos os procedimentos de averiguação no estabelecimento, não encontrando irregularidade no local de produção. A denúncia veiculada em mídia digital veio de forma tardia, pois tal matéria já foi alvo de ações fiscais no estabelecimento em 2018, nas quais a empresa denunciada se adequou às exigências legais, não constando mais no processo de rotulagem aprovado a menção de raça bovina específica.

TADEU AURIMAR MOCELIM

PRESIDENTE DO INDEA

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros