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Cidades Domingo, 18 de Março de 2018, 09:50 - A | A

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Domingo, 18 de Março de 2018, 09h:50 - A | A

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Fora de MT, vítima de agressão ainda relata medo

MAX AGUIAR

Monikue Santin, 25 anos, que foi destaque nas manchetes dos jornais em Cuiabá no ano de 2016 por ser vítima de violência doméstica por dois anos nas mãos de seu ex-esposo, o empresário Hélio Pereira Cardoso Neto, 37, filho de um dos sócios do Shopping Três Américas, em Cuiabá, atualmente vive fora de Mato Grosso, mas segue com a pressão de não conseguir se relacionar com ninguém por não perder o medo do mundo. "A minha vida Zé contada em dois rumos. Antes e depois dos espancamentos. Hoje, eu vivo com medo, mas tento sorrir para disfarçar a dor", disse a contadora. 

 

24horasnews

helio pereira

Hélio agrediu Monikue por dois anos e atualmente vive de tornozeleira 

Segundo o processo que Santin move contra Hélio, ele a manteve em cárcere privado por dois anos, não chegou de ser preso, mas atualmente usa tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com a mulher.

 

O caso ganhou força após a jovem relatar que era espancada diariamente pelo empresário. Ela escreveu uma carta para sua mãe e contou uma série de agressões, incluindo violência psicológica, sofrida ao longo do relacionamento conturbado com Hélio. Segundo os relatos, Monikue (que disse estar tranquila sobre a divulgação de seu nome), disse que estava sendo oprimida, pois era obrigada a obedecer a todas as ordens do esposo sem questioná-lo. Ainda, conforme o relato dela, era obrigada a andar de cabeça baixa em qualquer situação em que outras pessoas estivessem na presença do casal. 

 

Segundo os relatos da época do fato, após a mãe denunciar o caso à Polícia, a vítima finalmente foi libertada. Na delegacia, ela prestou depoimento e denunciou como aconteciam as agressões físicas contra ela. Conforme o depoimento, para não deixar hematomas pelo corpo da mulher, o acusado a agredia na região da cabeça. Contudo, em umas das ocasiões narradas por ela, o marido não se importou e acabou agredindo-a com muita força ao ponto de deixá-la com marcas nos braços, ombros e cabeça também.

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

violência doméstica/agressão/maria da penha

Monikue relatou que apesar do tempo, ela ainda sente medo

Nesta semana, após dois anos de separação de Hélio, a vítima da agressão teve que ficar novamente frente a frente com o ex-esposo. Ela reclamou que antes da audiência teve que dividir o mesmo espaço com o agressor, o que lhe deixou muito constrangida. Porém, na sala da juíza Ana Cristina Silva Mendes, ele não ficou lhe olhando e evitou conversar diretamente com ela. 

 

Ao HiperNotícias, Monikue relatou que, por medo, vive em outro estado e sempre que sai de seu trabalho ela está munida do botão do pânico, que é acionado se o agressor desobedecer a distância que ele precisa manter dela. 

 

Com o semblante melhor que quando teve o caso divulgado, a contadora disse que atualmente trabalha em uma empresa da família, mas ainda vive com medo. "Apesar de estar longe de Cuiabá, eu ainda tenho muito medo. A opressão que eu passei me faz desconfiar de tudo. Eu não ando sozinha e não fico sozinha nem em casa. Nem me relacionar com outra pessoa eu consigo. O que foi me feito me deixou assim. Já melhorei muito, mas a desconfiança ainda existe", disse. 

 

Ao lembrar das agressões sofridas, ela também recorda que quando conheceu Hélio ele era um homem diferente, mas bastou casar para que tudo mudasse. "Ele era querido pela minha família. Todos gostavam dele. Mas quando passamos a morar juntos, ele se transformou. Eu não saía de casa, não podia ter celular e nem amigos. Quando  saía, tinha que ficar de cabeça baixa. Às vezes ele acordava a noite e me chamava, falando que não tinha gostado de alguma atitude minha durante o dia e já me agredia", lembrou. 

 

Porém, apesar de ter relatado tudo e contado para a mãe que era vítima de agressão, Monikue disse que esse não foi o pior baque. "Quando eu sai da casa dele (Hélio), eu voltei a morar com meus pais, 15 dias depois meu irmão morreu. Então, nada que passei foi pior que aquilo, porque eu também lembrava que o Hélio dizia que queria ver toda minha família no caixão, que minha família era só ele e que os outros poderiam morrer". 

 

A jovem ainda relatou que Hélio é 14 anos mais velho que ela e que desde os 12, quando ela estudava no Colégio Master, ele a cortejava. Mandava flores e cartas. Mas nunca teve nenhum tipo de relação. Porém, depois de casada, ela lembrou que houve um caso que lhe chamou atenção. "Um dia, uma criança estava em minha casa e disse que o celular do Hélio estava lhe filmando tomar banho. Essa menina tem 12 anos. Eu tinha essa idade quando ele começou a me cortejar com flores, quando ainda estava na escola. Nós namoramos por quatro anos, ficamos casados por dois e ele sempre foi um monstro, mas só percebi depois que casei".

 

Por último, Monikue ressalta o quanto é importante as mulheres procurarem seus direitos e denunciarem os agressões. "Eu fui oprimida, espancada e menosprezada por muito tempo. Mas quero servir de exemplo e alertar muitas mulheres que podem estar passando por algo parecido. O relato parece coisa de novela, mas é a realidade e aconteceu comigo. Por isso que volto a dizer. Não deixem de denunciar", finaliza. 

 

Atualmente, Hélio é monitorado por tornozeleira eletrônica. Monikue conta que desconfia que ele já a perseguiu, mas nunca mais lhe causou nenhum tipo de transtorno. A última audiência com a Justiça, nesta semana, foi para tratar de pagamento de pensão à jovem e também da retirada da tornozeleira. 

 

A reportagem entrou em contato com a defesa de Hélio e o advogado Henrique Figueiredo informou que cliente e a ex-companheira participaram de audiência, na semana passada, para tratar da pensão cobrada por Monikue. Ela pede R$ 6 mil mensais e Hélio paga R$ 1,5 mil desde o ano passado. O defensor também explicou que a torzeleira foi um pedido do rapaz para provar que não tem se aproximado da ex mulher. É uma prevenção visto que ela o tem acusado de ameaça.

 

O caso segue tramitando na 1º Vara de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá. 

 

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maria 17/04/2018

historia complicada, visto que a mesma aceitava todas "agressões" para ter uma vida boa com todo luxo e viajem. agora ela vem pedir pensão ? do suposto monstro que a agrediu ? me explica Brasil kkkkkkk

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1 comentários

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