Presos em Brasília, o empresário Valdir Piran e o ex-secretário de Estado de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza Neto, que deveriam desembarcar às 16h, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, deverão pousar às 21h. O motivo do atraso seria uma falha no procedimento de embarque, envolvedo documentos em Brasília. A assessoria da Polícia Judiciária Civil informou que os presos estão sendo escoltados pelo delegado Anderson Veiga e dois policiais da Delegacia Fazendária.
Valdir e Arnaldo estão no Aeroporto Juscilino Kubtischek, em Brasília, desde às 14h.
Após a confirmação do novo horário, os dois serão encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML). Eles passarão por exames de corpo delito e em seguida seguem para o Centro de Custódia de Cuiabá.
Os dois aguardarão o processo em regime fechado, conforme decisão da magistrada Selma Rosane de Arruda.
OPERAÇÃO SODOMA
Valdir e Arnaldo foram presos na segunda-feira (26) e são acusados de participação em um esquema que desviou R$ 15,8 milhões em uma desapropriação de um terreno no Jardim Liberdade, próximo ao bairro Osmar Cabral, em Cuiabá.
Por enquanto, segundo informações da assessoria da Polícia Civil, apenas Piran e Arnaldo serão trazidos para Cuiabá. O procurador aposentado do Estado, Chico Lima, continua no Rio de Janeiro e, provavelmente, na sexta-feira chegará a Cuiabá.
Os três presos fora de Mato Grosso se juntam a Silval Barbosa e Marcel de Cursi, que já estão presos desde setembro do ano passado devido a Operação Sodoma, que investiga crimes de lavagem de dinheiro e cobrança de propina contra empresas que prestavam serviço ao Estado durante a gestão Silval Barbosa, entre 2011 e 2014.
FASE QUATRO
As investigações da Delegacia Fazendária apontam que o pagamento dessa desapropriação no valor total de R$ 31.715 milhões a uma imobiliária teria acontecido pelo simples fato do grupo, liderado por Silval Barbosa, desviar dinheiro público.
Desses mais de R$ 31 milhões para essa imobiliária, 50%, ou seja, R$ 15.857 milhões, teria retornado para o bolso dos envolvidos, através de uma empresa de fachada, que foi criada para fazer assessoria e organização de eventos.
Ainda segundo os documentos da Defaz, R$ 10 milhões desse dinheiro seria para o líder do bando, o ex-governador que usou para pagar uma dívida de campanha que tinha com o empresário Valdir Piran, dono de factoring.
O restante do valor teria sido dividido entre os demais participantes, no caso, os ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel De Cursi, Arnaldo Alves de Souza Neto, o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto, e o procurador aposentado Francisco Lima.
A descoberta ocorreu após delações premiadas feitas ao Ministério Público e confissão do ex-secretário Pedro Nadaf, que está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
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Cuiabano 28/09/2016
MT precisa ao menos 1/2 de magistrados com o quilate da Dra Selma.
abelardo 28/09/2016
- Os dois presos não tem curso superior, logo, devem ir para a Penitenciária Central ou CRC e não para o CCC, que é prisão especial.
2 comentários