No coração da América do Sul, há mais de 100 anos, se eleva ao céu o marco do Centro Geodésico localizado na Avenida Barão de Melgaço. Situado na Praça Pascoal Moreira Cabral, o monumento construído por Marechal Cândido Rondon sinaliza o exato centro do continente americano situado no hemisfério sul da terra.
Dada sua importância, o ponto turístico será um dos comtemplados por reforma para os 300 anos de Cuiabá. Ele ganhará um novo projeto de revitalização, assim como a praça que o abriga, onde também está localizada a Câmara Municipal de Vereadores.
Segundo a prefeitura da Capital, o Centro Geodésico da América do Sul receberá melhorias através de obras que serão realizadas pelo Ministério do Turismo. O local fará parte de uma das rotas do “Bus Tour”, que circulará pela Capital, contemplando importantes pontos da cidade, que contam a história de sua fundação e desenvolvimento.
Apesar de sua notoriedade, o monumento está esquecido pelos próprios cuiabanos e turistas que visitam a Capital. As luzes que traziam brilho ao local estão queimadas a parte elétrica danificada. A placa de inauguração do monumento também está apagada e posicionada em uma área que dificulta a visualização pelo visitante.
Além dos problemas no marco em si, há também sujeira e falta de manutenção nos casarões antigos que o circundam. O cenário torna o local pouco convidativo para os visitantes, que apenas passam por lá sem parar para contemplar o ponto central da América.
Os restaurantes e lanchonetes que existiam ao redor há muitos anos fecharam as portas. As paredes descascadas e as fachadas desbotadas denunciam que há muito tempo os prédios estão esquecidos.
No meio da América do Sul
Os cálculos que chegaram a conclusão de que o local era o marco central da América do Sul foram realizados pelo oficial do Exército Brasileiro, Cândido Mariano Rondon, o marechal Rondon. Os números apontaram a medida geográfica com a localização do Campo D’Ourique. A medição de Rondon foi reconhecida pelo Exército Brasileiro, em 1975.
A fim de sinalizar o ponto, o artesão cuiabano Júlio Caetano construiu uma pequena peça de alvenaria onde está sinalizada a coordenada 15º35’56” que indica o local. Anos depois foi levantado um monumento de cerca de 20 metros, revestido por mármore branco que aponta o local nos dias de hoje. Abaixo do obelisco permanece o marco original construído em 1909.
Conforme a história, o Campo D’Ourique era o local onde os escravos eram castigados antigamente e depois foi local de touradas em Cuiabá.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.