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Cidades Sábado, 26 de Maio de 2018, 16:10 - A | A

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Sábado, 26 de Maio de 2018, 16h:10 - A | A

LITERATURA

Escritor de Mato Grosso lança livros em Portugal

JULIANA ALVES - ESPECIAL PARA O HIPERNOTÍCIAS

O escritor Eduardo Mahon lançou nesta quinta-feira (24) suas duas últimas obras, o livro O homem binário e outras memórias da senhora Bertha Kowalski e o livro Alegria. A apresentação das obras aconteceu no Congresso Internacional de Literatura em Portugal. 

 

Arquivo Pessoal

Eduardo Mahon

 

Mahon conta que foi convidado esse ano para participar, depois de ter conhecido em 2017 os organizadores do Congresso, quando também lançou o seu livro “Os contos estranhos”, obra que será traduzida e lançada em 2019 na Bélgica e na Holanda. 

 

“Isso já me deu uma alegria enorme, eu fiquei feliz da vida. Então eu conheci o pessoal da organização e esse ano está ocorrendo um congresso de lusofonia, que é o estudo da língua portuguesa nos diversos países onde ela é praticada. Ai eu recebi o convite e vim para lançar o Homem Binário e Alegria”.

 

“É bacana porque é um público absolutamente qualificado, porque é formado por críticos dos países onde se fala o português e mesmo onde não se fala o português, como a Áustria, Suíça, Dinamarca e Alemanha. Eles mandam representantes de várias universidades que estudam a lusofonia. E isso é interessante, porque é o público que todo escritor sonha em ter, são especialistas na literatura”. 

 

Incentivo à leitura 

 

Eduardo Mahon disse que todos os anos diretores e professores de escolas públicas o convidam para promover ações que ajudam a incentivar o interesse pela leitura nas crianças. Ele aponta que de 10 brasileiros, apenas três costumam ler, mas geralmente não consomem de fato a literatura. 

 

Arquivo Pessoal

Eduardo Mahon

 

Conta que um grupo de amigos escritores, essencialmente mato-grossenses, se juntam para promover a doação de livros e palestras para essas crianças da rede pública. Este ano, isso irá ocorrer na Escola Estadual Alcebiades Calhao, no bairro Duque de Caxias II. “Já mobilizamos editoras, vários autores, o projeto do Clóvis Matos, uniformes, fomos dar palestras, entre outras coisa. Enfim, a gente tenta dar um gás na moçada, é isso que é importante”.

 

“Faço questão de perguntar para os professores ‘está dando certo?’. Com unanimidade os professores respondem ‘transformou a vida dessas crianças. Elas eram indisciplinadas, passaram a ser um pouco mais disciplinadas. Elas não liam absolutamente nada, passaram a ler. Tinham um péssimo aproveitamento na escola, em termos de média e aumentaram essa média e estão prestando mais atenção e valorizam mais o estudo”, conta Eduardo Mahon.

 

Ele diz também que existem mais possibilidades da criança se tornar leitora, se ela observar os pais lendo. “A probabilidade é muito maior quando você olha os seus pais passando horas dentro de um livro. A criança se pergunta ‘bom, tem alguma coisa que há de ser boa nisso, vou tentar pelo menos uma vez’. Nessa uma ou duas vezes que a criança tenta, se ela conseguir pegar o livro adequado ela se encanta. A disposição da criança provavelmente vem do exemplo”.

 

“Ser escritor em Mato Grosso é muito difícil”, constata.

 

Eduardo Moreira Leite Mahon nasceu no Rio de Janeiro e é graduado em direito pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). É advogado, professor, escritor e faz parte da Academia Mato-Grossense de Letras. 

 

Ele conta que em Mato Grosso é muito difícil ser escritor. “Embora tenhamos excelentes editoras, ocorre que nós temos um problema crônico de distribuição, não basta editar o livro, ele precisa chegar ao público leitor.  Como nós não temos livraria em Mato Grosso e nenhuma política pública de distribuição de livros, o livro fica absolutamente enclausurado entre a editora e o autor. Ou o autor sai para rodar com o livro, ou ele não vai fazer nada com as caixas de livro, ele vai sentar em cima. O livro vai ser absolutamente improdutivo”.

 

Ele conta que apesar do brasileiro não ter o hábito de ler, a literatura no Brasil e regionalmente tem uma altíssima qualidade. “Nós temos um problema de distribuição no Brasil, o que é muito compreensível porque o Brasil é enorme. Nós vivemos em um estado do tamanho de três Portugais e não temos o sistema de distribuição e nenhuma política pública de distribuição”.

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