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Cidades Quarta-feira, 17 de Abril de 2019, 16:42 - A | A

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Quarta-feira, 17 de Abril de 2019, 16h:42 - A | A

NÚMERO CRESCENTE

Diálogo entre pais e filhos previne ações violentas como as registradas em escolas

JESSICA BACHEGA

No início do mês de março, a atenção de todo o Brasil se voltou para o massacre de Suzano, que resultou na morte de sete pessoas por dois estudantes armados que invadiram uma escola. Na segunda-feira (15), pais se apavoraram com a possibilidade do mesmo episódio se repetir em Cuiabá, quando um dos estudantes teria publicado ameaças nas redes sociais.

Reprodução

carlos augusto psicologo

 Psicólogo Carlos Augusto

O psicólogo Carlos Augusto Lopes dos Santos explica que não há como precisar o motivo que leva jovens a terem a atitude contra colegas, porém a falta de diálogo e omissão dos pais no convívio com os filhos e mesmo a dificuldade dessas pessoas em lidarem com respostas negativas são pontos que contribuem para a violência.

“Isso pode ser uma forma de chamar atenção para algo que está acontecendo com ele ou com alguém próximo. Não sabendo lidar com a situação, essa pessoa reage de forma violenta, por não ser ouvido. Essa conduta é uma forma dele ser escutado”, pondera.

O profissional relata que há uma cultura, no Brasil, de que os adultos não ouvem os mais novos. Essa falta de conversa pode levar a situação como a vivida por A.L.S. protagonista das supostas ameaças.

A explicação do psicólogo abrange pessoas de forma geral, e se aplica no caso do cuiabano, que insistia com os pais para deixar o Colégio Coração de Jesus, onde estudava desde o ano passado.

A falta de adaptação do adolescente na nova escola foi narrado pelo pai, Karlos Andrade, em entrevista ao Hipernotícias.

“Há pais que dão tudo para a criança e quando ela não consegue o que quer, não sabe lidar com o não, com a frustração, e isso pode desencadear uma reação como essa. É uma forma de chamar a atenção para ser ouvido”, declara.

O diálogo e o monitoramento das redes sociais são o caminho para prevenir que situações como a vivida no Colégio Coração de Jesus sejam evitadas. “Esse contato permite que os pais, pelo menos, entendam o que o filho está pensando”, argumenta.

Outro ponto levantado pelo psicólogo é a facilidade de acesso a armas. O pai do menor relatou que a pistola exibida pelo jovem nas imagens é usada na pratica de airsoft e foi comprada por ele. Eles usavam o objeto para “brincar” em casa.

“Em tempos de discussão sobre liberação de armamento é preciso atenção para a facilidade que os jovens têm para acessar armas, os estímulos que têm em casa. Tudo isso tem que ser considerado”, alerta.

 

Número crescente de ataques

 

No próximo dia 20 de abril, o ataque a escola conhecido como Massacre de Columbine completa 20 anos. Naquele dia, os alunos Dylan Klebold e Eric Harris de uma unidade escolar do Colorado (EUA) invadiram o local e atiraram contra todos que encontraram pelo caminho. A ação durou uma hora e terminou com 15 mortos, entre eles os atiradores.

O episódio ganhou repercussão mundial e, desde então, os ataques a escolas se tornaram mais frequentes.

Nos últimos meses foram registrados pelo menos dois atentados similares no Brasil, um em uma igreja de Campinas (SP) que deixou cinco mortos, e o mais recente em Suzano, também no Estado de São Paulo.

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