A chacina em Colniza ocorreu em uma área privada, o que reforça atese de que briga por terras pode ter sido o estopim que cuminou na tragédia que matou nove trabalhadores rurais, na última quarta-feira (19), na Gleba Taquaruçu, distante 250km de Colniza (distante 1.065 km da capital, Cuiabá).
Alan Cosme/HiperNoticias
Secretário Suelme esteve em Colniza com a cúpula do Estado para saber da atual situação da área rural
Desde a notícia do crime os olhos do alto escalão da Segurança Pública estão voltados para o local da barbárie e para um tema delicado que pode ter levado à tragédia: a disputa de terras entre os grandes fazendeiros e os trabalhadores, conforme ressaltou o Secretaria de Agricultura Familiar e Regulação Fundiária do Estado de Mato Grosso, Suelme Fernandes.
De acordo com uma publicação no Facebook, o secretário contou que esteve na gleba acompanhado pelo deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), o secretário adjunto da Casa Civil Evandro Lesco, o secretário de Assistência Social Max Russi, o secretário de Segurança Pública Rogers Jarbas e autoridades da Polícia Militar e Civil para conversar com a comunidade, vereadores, membros do Ministério Público Estadual (MPE) local e buscar alternativas para sanar os problemas na gleba
“O objetivo da viagem foi solidarizar com as famílias e definir um plano de ação para resolver os problemas da Gleba Taquaruçu do Norte”, ressalta o secretário.
Conforme o Instituto Mato-grossense de Terras (Intermat) a princípio o conflito de seu em área particular invadida pelos trabalhadores. “Certamente o estopim da barbarie seria as disputas por ocupação de terras entre fazendeiros e trabalhadores rurais da região para extração de madeira e ouro”, salienta Suelme Fernandes.
O secretário explica ainda que o local é delicado e frequentemente é palco de conflitos pela disputa de terras. Uma vez que compreende áreas de assentamentos oficiais, propriedades privadas regulares e irregulares, unidades de Conservação, áreas indígenas e todos os tipos de conflitos rurais que envolvem responsabilidades de todas as esferas de poder.
divulgação
Chacina aconteceu na semana passada e por enquanto não existe nenhum suspeito identificado
“Colniza é uma frente de ocupação fundiária desordenada na Amazônia que envolve madeireiros, garimpeiros, grileiros de todos as classes sociais e especulação imobiliária”, relata.
Ao fim da reunião o secretário afirmou que será levada ao Governador as demandas da localidade e principalmente investimentos na segurança, estradas e comunicação. Fatores que dificultaram muito o acesso ao local e o resgate das vítimas que só tiveram os corpos recolhidos e identificados na tarde de sábado (22). Três dias após a barbárie.
“Este episódio trágico dará um pontapé histórico na mudança desta realidade neste importante município de Mato Grosso”, frisa.
Ainda em sua publicação secretário reforça que “O Governo de Mato Grosso manifesta indignação e repúdio a barbárie ocorrida e reforçamos nosso compromisso em ajudar a desenvolver a agricultura familiar na região bem como da regularização fundiária trazendo a paz social a estes pequenos produtores que são vítimas de violência de um jogo de interesses econômicos desumano e cruel”.
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