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Cidades Quarta-feira, 22 de Novembro de 2017, 08:20 - A | A

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Quarta-feira, 22 de Novembro de 2017, 08h:20 - A | A

III FÓRUM DE DIREITOS HUMANOS

Colégio Fato promove debate sobre bullying e alunos relatam melhora no convívio

CAMILLA ZENI

No Hotel Fazenda Mato Grosso, cerca de 500 estudantes lotaram as cadeiras do auditório. Por lá, o Colégio Fato promoveu seu III Fórum de Direitos Humanos, a fim de debater a valorização do próximo por meio de um assunto polêmico e que, a cada dia, fomenta novas discussões entre educadores e psicólogos: bullying no ambiente escolar.

  

Camilla/HiperNotícias

COLEGIO FATO

 Colégio Fato promoveu debate sobre bullying com alunos

Um dado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2015, divulgado pelo Ministério da Educação, mostrou que um em cada dez estudante no Brasil é, foi ou será vítima de bullying. A situação causa preocupações na comunidade acadêmica porque, muitas vezes, por medo de represálias, as vítimas não denunciam à direção escolar sobre os abusos que sofrem.

 

Segundo o diretor do colégio, Frankes Siqueira, é para fomentar esse debate que a instituição promove palestras e workshops. Ele destacou que a preocupação com a interação social faz parte da administração da escola desde sua fundação. No entanto, foi a partir de 2016 que a direção passou a sistematizá-la com ciclos de palestras e atividades voltadas à comunidade escolar.

 

“Esse é um ganho que temos tido, pois muitos daqueles alunos que eram tido como alunos problemas, com esse trabalho, tem sido fácil o acesso deles com os colegas e com as escolas. Aqueles que eram fechados, que não tinham interação social, hoje já têm. Inclusive, alunos que eram tido como os ‘cabeças dos problemas’ já são facilitadores da interação na escola”, comentou.

 

De acordo com o diretor da unidade do Centro, Genesis Barbará, os eventos promovidos têm como objetivo fomentar a discussão entre os estudantes acerca dos temas apresentados. O primeiro Fórum realizado, por exemplo, discutiu o respeito às diferenças culturais, enquanto o segundo focou nos idosos, seus direitos e a relação com os jovens. Já o terceiro Fórum, realizado na manhã de sexta-feira (17) no Hotel Fazenda Mato Grosso, tratou sobre bullying, com o objetivo de conceituá-lo, debatê-lo e preveni-lo.  

 

Por aproximar os alunos às situações do dia a dia, os estudantes se identificam com o tema e participam das discussões. As alunas do 9º ano, Iohanna Monteiro e Maria Eduarda Gonçalves, destacaram a importância das palestras e observaram que já perceberam mudança no comportamento dos colegas.

 

“Eu já fui vítima de bullying, porque eu era muito magra, depois ganhei peso e as piadas eram porque ganhei peso. Aqui a gente ouviu coisas que, com certeza, quem me atacava, se tivesse ouvido, repensaria. Então, eu acho que é uma iniciativa muito boa para quem mais ninguém sofra com isso”, comentou Iohanna. “É mesmo uma iniciativa importante, porque a gente vê que todo mundo pode ser diferente um do outro e não ter aquela história de exclusão social. É bom para prevenir que isso possa acontecer com outras pessoas”, complementou Maria Eduarda.

 

Genesis destacou que, após a popularização da palavra, o bullying foi banalizado e atribuído a todas as ações na qual uma das partes não se sentia confortável. “Tem gente que pensa que, muitas vezes, numa briga que você tem na escola, ou dentro de casa, uma ofensa que é dita é o bullying, e não é”.

 

Camilla/HiperNotícias

COLEGIO FATO

Psicóloga comportamental palestra sobre importância da atenção aos alunos

A psicóloga comportamental Danielly Rodrigues explicou: “O bullying causa danos no psiquismo da vítima. A característica principal dele é que são agressões repetitivas e a longo prazo. Além disso, para ele ocorrer, precisa ter plateia. O agressor não vai agir com o bullying se não tiver plateia, que é quem reforça e estimula o agressor. E é a questão da humilhação e intimidação”.

 

Segundo a profissional, é importante ficar atento ao comportamento dos alunos que também praticam o bullying. “Quem pratica também pode estar sofrendo algum tipo de repressão. Então, todo caso tem que ser investigado”, disse. Além disso, aqueles que sofrem com a agressão também demonstram sinais. “Geralmente são pessoas mais reclusas, passivas e afastadas. Deve-se observar o comportamento. Diferente dos que praticam, que gostam de estar em evidência e costuma ter histórico na escola”.

 

“Estamos trazendo problemas sociais para a escola para tentar minimizá-los”, destacou Frankes. “É claro que a escola não é a solução de todos os problemas, mas é um dos caminhos para a resolução desses problemas sociais. Bullying, a falta de respeito um com o outro, são alguns dos problemas graves da sociedade contemporânea, e nós estamos trabalhando a muito tempo com a acessibilidade para todos e promoção de convívio social entre todos os alunos e a comunidade escolar”, finalizou.

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