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Cidades Domingo, 20 de Maio de 2018, 10:35 - A | A

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Domingo, 20 de Maio de 2018, 10h:35 - A | A

DO OIAPOQUE A CHUÍ

Aos 56 anos homem realiza sonho e conhece litoral de bike

JESSICA BACHEGA

O contabilista Gabriel Camargo Neto, de 56 anos, sempre teve o sonho de conhecer o litoral brasileiro. Apaixonado pelo mar e pela natureza, planejava realizar o percurso entre o Oiapoque e Chui de moto, porém depois de muito pensar decidiu intensificar o grau de emoção e adrenalina à empreitada e encarar a bicicleta para a rota de mais de 4 mil quilômetros.

 

Arquivo

gabriel contabilista

 Gabriel está pedalando há um mês

Apesar de sempre sonhar com as praias, foi após a morte do pai que o ciclista definiu o plano de ação para tornar a meta realidade e cair na estrada. No dia 12 de abril, Gabriel saiu de casa, em Dourados (MS), montado na bicicleta e seguiu rumo ao Sul do País, cumprir a primeira etapa dessa aventura.

 

Como conta o ciclista, a experiência de pedalar longos percursos já tinha sido experimentada em 2016, quando tentou ser voluntário nas Olimpíadas realizadas no Rio de Janeiro. “Eu viajei 24 dias do Mato Grosso do Sul até o Rio de Janeiro, mas não consegui ser voluntário. Porém a pedalada me incentivou a fazer esse percurso de bike também”, conta. 

 

Após a tentativa frustrada de voluntariado, o contabilista economizou dinheiro e traçou o projeto para sair do local de origem em novembro. Porém, com a doença do pai e o falecimento, o plano foi adiado.

 

Preparada a bicicleta com mantimentos, roupas, barraca e todos os apetrechos necessários, Gabriel pegou a estrada rumo a Chuí, onde chegou essa semana. “Meu plano é seguir até o Oiapoque e depois descer por dentro do País, pela BR-116. Passando por Cuiabá até Dourados. Mas vai depender do tempo e do recurso”, explica.

 

Arquivo

gabriel ciclista

 O ciclista em uma das praias visitadas

Com o dinheiro que economizou exercendo o trabalho de contabilidade, Gabriel paga a alimentação no trajeto e eventuais consertos no veículo. Ele carrega consigo uma barraca e acampa em postos da polícia, postos de combustíveis e nas sedes da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), nas cidades que a tem.

 

Em média, o contabilista pedala 100 km por dia. Porém há dias em que a pedalada chega a 140 quilômetros, se não houver imprevisto, como furar um pneu.

 

O plano de Gabriel era ficar dois dias em cada cidade, porém o tempo foi reduzido nas praias do sul do Brasil, devido ao frio. “Hoje está nublado e deve chover. Tive que diminuir o tempo e subir para outras cidades para sair daqui logo”, conta enquanto passa as últimas horas em Chuí.

 

Iniciada a jornada, Gabriel, no alto dos seus 56 anos, conta que a superação e as descobertas são presentes de valor inestimável que só são obtido quando você desafia a si mesmo. 

 

“A emoção é muito grande. Quando cheguei em Chuí foi incrível. Você se dá conta de que pode realizar tudo o que se propõe. A gente acha que não vai conseguir, mas ai você se dispõe a fazer e vê que é sim possível realizar todos os sonhos”, ressalta.

 

Para ele, a emoção e a satisfação de estar na estrada são indescritíveis. Os lugares que visita são incríveis e as pessoas têm sido muito receptivas. Os catarinenses são mais calorosos e os gaúchos mais reservados, na percepção do aventureiro. “Meu objetivo é ver como o Brasil é”, frisa o ciclista que já conheceu inúmeras pessoas no decorrer do caminho, que está só começando. “Daqui eu vou para Porto Alegre, depois Florianópolis. Já conheci um rapaz na praia que já me deu o whats e falou para eu visita-lo quando estiver em Curitiba. Queria interagir mais com as pessoas, mas eu não posso demorar muito no mesmo lugar”, conta.

 

A empreitada de Gabriel causa admiração até mesmo em quem é acostumado com o pedal. “Eles não acreditam que estou fazendo isso. Porque é muito difícil. Ainda mais com a minha bagagem e com a minha bicicleta que é bem comum”, pontua.

 

A jornada de Gabriel é compartilhada em grupos de ciclistas e da família para quem sempre manda fotos e informações de sua localização. De dia ele pedala e, ao cair da noite, já procura um local para dormir, carregar a bateria do celular e usar a internet dos locais onde estaciona para falar com a família. A esposa e o filho do ciclista ficaram em Mato Grosso do Sul e, de lá, mandou boas energias e incentivo para que conclua o trajeto que é seu sonho. A expectativa é que o percurso seja concluído em cinco ou seis meses.

 

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