Os alunos de escolas estaduais retornaram às aulas, na manhã desta segunda-feira (8), após enfrentar 67 dias de greve. O volume de dias de paralisação atingiu a greve histórica do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep), realizada em 2013, durante o governo Silval Barbosa, que buscava o atendimento à Lei 510/2013 referente a dobra do poder de compra da classe.
Hugo Dias/HiperNotícias
Os estudantes voltaram, em peso, às escolas a fim de compensar em que permaneceram sem aulas.
Segundo a coordenação da Escola Estadual Presidente Médici, uma das maiores de Cuiabá, houve baixo índice de faltas, neste primeiro dia de aula.
Em outra unidade também tradicional da capital, o Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller”, o cenário é mesmo. Dos cerca de 1500 alunos matriculados, poucos alunos não retornaram às aulas hoje.
“Tínhamos a previsão de voltar às atividades na terça-feira passada, alguns alunos vieram e foram avisados que voltaríamos hoje. Então houve baixo número de faltosos”, informou o coordenador geral da escola, Francisco de Assis Pereira.
De acordo com o coordenador, o calendário de reposição já está sendo discutido e adiantou que na Liceu, haverá aula aos sábados, para conseguir encerrar o não letivo, que compreende 200 dias letivos, até 21 de janeiro de 2017. “Talvez não tenhamos aulas todos os sábados, mas alguns deles serão necessários para que consigamos cumprir o calendário até a data prevista”, declarou.
Segundo o coordenador, projetos e atividades de apoio a alunos que estão desfavorecidos no aprendizado terão atenção nas aulas de reposição.
“A escola tem autonomia para definir como será feita a reposição e estamos trabalhando nisso para que seja feita da melhor forma até o prazo determinado”, disse o coordenador. Após o dia 21 de janeiro, os professores têm duas semanas de férias até que inicie os trabalhos do ano letivo de 2017.
Fim da greve
Os representantes do Sintep definiram pelo fim da greve na tarde de sexta-feira (5) durante assembleia geral da base da categoria que aceitou a proposta apresentada pelo secretário de Educação, Marco Marrafon.
Foram atendidos os seguintes pontos reivindicados pela categoria:
Suspensão das Parcerias Públicas Privadas (PPPs) e convocação das conferências deliberativas;
Realização do concurso público com posse para o início do segundo semestre 2017;
Calendário de reposição salarial para recuperar a polícia da dobra do poder de compras até dezembro de 2017.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Estado de Mato Grosso (Sintep),Henrique Lopes do Nascimento, a unidade e a persistência da categoria foram fundamentais para assegurar estas conquistas.
“O empenho do Ministério público foi fundamental para contribuir com a mediação do impasse e as aulas retornam na segunda-feira. Já o calendário de reposição deve respeitar a autonomia da escola assegurando as 800 horas e os 200 dias letivos mínimos”, diz trecho da nota emitida pelo Sintep.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
