Esta é a quarta prisão preventiva decretada pela Justiça paulista contra o empresário. Ele foi acusado pela estudante de tê-la dopado e estuprado em um hotel de São Paulo, em outubro de 2021. Ela também sofreu humilhações e ameaças. Por meio de uma rede social, encorajou outras mulheres a não se calarem. "Hoje saiu mais uma prisão preventiva de um dos maiores monstros que esse país já viu. Jamais serei como antes. Nada mudará isso. Mas o certo eu fiz", escreveu.
Ao Estadão, Stefanie lamentou que Brennand continue fora do país. "É a quarta prisão decretada de um fugitivo que se recusa a voltar para seu país e cumprir o que deve ser cumprido. O que espero hoje, principalmente no dia das mulheres, é a justiça realmente sendo feita. Que ele volte para o Brasil e cumpra todas as prisões que foram decretadas para ele. Como ele diz ser tão homem, que ele venha a pagar pela justiça dos homens. Como mulher, espero que todas as vítimas de Thiago Brennand possam ter justiça. Que todas tenham a oportunidade de denunciá-lo e tenham a paz de saber que fizeram a coisa certa."
Thiago Brennand teve o primeiro mandado de prisão expedido após se tornar réu pela agressão à modelo Helena Gomes, em uma academia de São Paulo. No mesmo processo, ele foi acusado de corrupção de menores por ter estimulado o filho a agredir verbalmente a modelo. O empresário teve novos mandados de prisão expedidos após sequestrar, manter em cárcere privado e tatuar uma mulher em Porto Feliz, no interior paulista, bem como pelo estupro de outra mulher. Ele é réu em outros processos por agressões e injúrias contra homens.
O empresário não retorna ao Brasil desde setembro de 2022, quando viajou às vésperas de ter a primeira prisão decretada. Localizado e preso em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, ele pagou fiança e aguarda em liberdade a tramitação do processo de extradição. O pedido de extradição foi formalizado às autoridades dos Emirados Árabes há quatro meses e desde então tramita na justiça daquele país.
A defesa de Brennand já pediu à Justiça brasileira, através de habeas corpus, a revogação dos decretos de prisão preventiva e o trancamento de processos a que ele responde por agressões físicas, psicológicas e sexuais contra mulheres. Por unanimidade, os pedidos foram negados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A reportagem procurou a defesa de Brennand para se manifestar sobre o novo mandado de prisão preventiva e ainda aguarda retorno.
(Com Agência Estado)
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