De acordo com informações da Polícia Civil, a autoria e a motivação ainda estão sendo investigadas, e os laudos periciais da Polícia Técnica irão ajudar na apuração do caso.
Em nota, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) afirma que houve uma invasão do Território Indígena Comexatibá por grupo de pistoleiros, todos munidos com armas calibre 12, 32, fuzil ponto 40 e bomba de gás lacrimogêneo. Eles teriam chegado ao local em um carro modelo Fiat Uno, efetuando os disparos contra os índios.
A entidade afirma que o clima na região é tenso e de muita tristeza. "Esse ataque não é isolado, faz parte de uma série de atentados que tem se intensificado na região". A Apib afirma que a falta de demarcação no território tradicional Pataxó tem sido decisiva para o agravamento do quadro.
Secretário de Assuntos Indígenas do Prado, Xawâ Pataxó afirmou na tarde desta segunda-feira, após o sepultamento do jovem, que a situação de tensão na área já dura dois meses, e que os índios estão vivendo em meio a total insegurança.
Ele disse também que os autores dos ataques permanecem na região, ameaçando lideranças indígenas, o que motivou o fechamento, promovido pelos indígenas, dos acessos às terras ocupadas. "Precisamos que a Polícia Federal se encaminhe para o local visando a garantir a segurança do nosso povo", disse ele.
À tarde, reunidos em Prado, caciques Pataxó divulgaram uma nota oficial em que pedem que sejam identificados e criminalizados "os assassinos de nosso(s) parente(s), os agentes locais que operam na propagação de mentiras e fakenews para dar suporte e justificar a violência".
O grupo, que reivindica a demarcação das terras Barra Velha e Comexatiba, pede ainda que a Polícia Federal assuma o comando "para desintrusão e retirada das milícias e pistoleiros contratados para espalhar a morte e o terror no nosso território, ao longo das estradas de servidão e acessos vicinais".
(Com Agência Estado)
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