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Artigos Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2017, 11:12 - A | A

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Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2017, 11h:12 - A | A

Violência e medo

A crise política vivida neste momento é um grande empecilho para conter a violência contra a pessoa física

JOÃO EDISOM

 

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João Edisom

 

Como disse o filósofo, escritor e crítico francês Jean Paul Sartre, conhecido como representante do existencialismo, “a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. Assim, diante dos acontecimentos de violência e barbárie, podemos dizer que o Brasil já é um país derrotado.

 

A mais eficiente fórmula de domínio que existe é através da propagação da violência e da publicidade do medo. É assim que procede todo poder ou pessoa quando não consegue fazer pela própria competência. Se faz pelas ameaças e projeções de barbáries.

 

Os últimos acontecimentos de barbárie nos presídios brasileiros, somados a circulação de vídeos mostrando desde enforcamentos até decapitação de presos, nada mais é que a publicitação do terror com finalidades bem claras de gerar o marketing do medo e através deste preparar o terreno para novas ações que desestabiliza a sociedade e descredencia o Estado.

 

A violência por si só já é terrível, mesmo que a causa seja justa, em casos de “legítima defesa’, de uma pessoa ou um Estado. Imagina quando “parece” ser gratuita. Isso coloca os expectadores desejosos de mais violência. É o que chamamos de guerra anunciada.

 

A crise política vivida neste momento é um grande empecilho para conter a violência contra a pessoa física, até porque tem uma parte significativa do país que esta imbuída no quanto pior melhor. Qualquer medida, ou qualquer posição tomada neste momento, gera polêmica, uma vez que o país dividido “torce” imediatamente a favor e contra. Não porque querem os problemas resolvidos, mas sim porque estão se alimentando do conflito.

 

O Estado brasileiro (União, estados e municípios) já são reféns de grupos econômicos/criminosos há muito tempo. Seja das empreiteiras, seja do crime organizado. Acontece que tudo que cresce muito se divide e um dia vai rivalizar porque o dinheiro é o mesmo e as pessoas que os produzem também são as mesmas. Para roubar este dinheiro as “quadrilhas” terão que se enfrentar entre si, já esta ocorrendo isso.

 

O número de pessoas que morrem por ano no Brasil de hoje vítimas de violência é muito superior a média de qualquer guerra em andamento no mundo. Mas como ela está distribuída em todo território, só nos indignamos quando o sangue escorre no coletivo, porque o sangue individual já se incorporou ao cotidiano das pessoas e é só mais um caso. Isso quer dizer que há mais terror quando o noticiário projeta números concentrados.

 

Mas a publicidade e o conformismo de que o Brasil é um pais maravilhoso por não estar envolvido em guerras, não ter terroristas, terremoto, ciclone, furacão e etc. nos cega diante do perigo que estamos vivendo. Futuro? Que futuro? Nada vale o esforço se a vida vai terminar nas mãos de um anônimo que deseja apenas ter para ele o que você comprou com seu suor.

 

Educação, saúde, saneamento básico, pontes, asfaltos? Nada disso adianta se o que está matando são as balas, as facas e os xuxos. Precisamos urgentemente ter uma cruzada contra todo, eu disse todo tipo de violência, caso contrário ela destruirá o resto que existe deste país. Alguns serão vítimas da violência em si e os demais do medo dela.

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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