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Artigos Sábado, 11 de Agosto de 2018, 08:00 - A | A

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Sábado, 11 de Agosto de 2018, 08h:00 - A | A

Um convite à paternidade consciente

É a forma de o homem, na sua polaridade masculina de expansão, ensinar a criança a desbravar a vida!

DULCE FIGUEIREDO

Assessoria

Dulce Figueiredo

 

Paternidade consciente, o que é? Um convite para que o pai participe ativamente do desenvolvimento da criança, ocupando o lugar referente a ele, e que é diferente do papel da mãe. Envolvida com a maternidade desde a gestação, normalmente a mãe impede ou limita a participação do pai na construção de um relacionamento com a criança.

 

Tudo isso acontece porque a mulher normalmente fantasia que o homem precisa fazer do jeito dela, o que é totalmente inadequado, pois o pai tem uma função diferenciada no desenvolvimento da personalidade do filho. Cabe a ele principalmente quebrar o vínculo simbiótico entre mãe e filho, apresentando a criança ao mundo.

 

Observe que o pai tem uma forma diferente de ajudar e que muitas das vezes é confundida com desleixe ou despreocupação, mas que em nada tem a ver com isso. Eles têm brincadeiras mais ativas, com mais adrenalina, porque essa é função deles: fazer as crianças viverem emoções intensas, sair do movimento de medo para o movimento de segurança.

 

Quando o pai joga o filho para cima, rodopia, lança na piscina, faz subir em uma árvore ou brinquedo, está ali incentivando, dizendo que a criança consegue, que ela vai e que se machucar, tudo bem, faz parte do processo. Essa maneira ‘menos cuidadosa’ – que a da mãe - é a forma de o homem, na sua polaridade masculina de expansão, ensinar a criança a desbravar a vida! A confiar em si mesma!

 

Como expõe a criança a seus medos, frustrações e à inibição do prazer, já que na interação com as outras pessoas nem todas as suas vontades serão saciadas ou pelo menos não prontamente, cabe ao pai colocar limites. Ele oferece ainda o exemplo, ou seja, um modelo social e relacional de como agir na sociedade. Porque o impulso da mãe é manter o filho a vida toda em uma redoma.

 

Quando o pai não é convidado para participar, precisa ‘cavar espaço’ na relação com o bebê. No primeiro momento é mais difícil porque a principal conexão é com mãe. Mas isso não é impedimento para que o pai crie também uma conexão e descubra junto com o filho o que é bom para os dois.

 

Tudo é uma grande descoberta: a melhor posição no colo, o tom de voz, o contato físico, o jeito de se comunicar. Normalmente o pai fala e o bebê observa e reage, gerando um canal muito pessoal e individual de comunicação. Esse é um momento muito íntimo e não cabe a mãe determinar ou decidir como deve ser.

 

Aliás, nós mães temos que permitir esse movimento silencioso, cuidadoso, apreensivo e inseguro dos homens, que vai se fortalecendo à medida que a gente incentiva e apoia. A construção desse espaço de convivência é vital e se perpetuará para o resto da vida. Então, precisamos nos afastar e deixar o pai tomar frente dos cuidados, dos passeios e das brincadeiras.

 

Se a gente observar como se comporta uma família quando vai para um parque ou para a praia, veremos que, enquanto a mãe fica atenta aos mínimos detalhes, o pai deixa os filhos mais livres para explorar aquele ambiente. Claro que isso não é uma regra absoluta, há casais em que esse comportamento é diferente, invertido, e não tem nada de errado com isso.

 

O importante é que ambas as posturas se completam, cada um na sua forma, levando a criança a provar o mundo sendo amparada (papel da mãe) e também por sua própria conta (papel do pai), o que é fundamental na construção de valores e de autoconfiança.

 

A paternidade consciente é um tema importante para as famílias conversarem e um mundo a ser descoberto pelos homens. Posso assegurar que o caminho das pedras para essa grande aventura haverá muitos bons momentos, porque independente de classe social, grau de escolaridade ou mesmo nacionalidade, as crianças reagem positivamente sempre a qualquer investida desse homem tão especial: o pai.

 

*DULCE FIGUEIREDO é psicóloga com 24 anos de experiência pela Universidade Santa Úrsula (RJ) e pedagoga pela UFRJ, especialização em terapia de família sistêmica, psicopedagogia e neuropsicologia, MBA Gestão de Recursos Humanos pela UFGV.

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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