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Artigos Quarta-feira, 25 de Maio de 2016, 11:12 - A | A

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Quarta-feira, 25 de Maio de 2016, 11h:12 - A | A

Quem e como vai pagar a conta?

O custo Brasil é muito alto e está na hora do agente público (gestor) também dar sua contribuição

JOÃO EDISOM

 

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João Edisom

 

Esta é uma pergunta comum a ser feita quando a festa termina, muitos se divertiram, outros já encheram a barriga, alguns já foram embora e o garçom já jogou a conta sobre a mesa. É este o cenário brasileiro por ora com as olimpíadas pela frente. Funcionalismo público recebendo atrasado, inadimplência na praça, recordes de cheques devolvidos, juros altos e cartão de crédito estourado, paralizações, greves...

 

Nas últimas duas décadas o Brasil viveu épocas de “vacas gordas”, um tropeço aqui e outro ali, mas nada muito grave. Tivemos crises influenciadas pelo mercado externo ou mesmo pelas turbulências da política doméstica. Mas os crescentes e vertiginosos investimentos em obras patrocinados por dinheiro estrangeiro, ou por investimentos públicos através de programas e incentivos ao consumo, fizeram da economia interna um crescente que não pode ser desprezado, mas a conta chegou.

 

Neste período, muita gente ganhou dinheiro e desenvolvimento. Mudou de patamar, seja eles econômico ou social. Alguns de forma muito rápida. Não precisamos tirar o mérito de que trabalharam com afinco para tal, acontece que a economia influenciada pela política nos colocou agora em uma situação de crise profunda e sair dela tem um preço. Nem o almoço e muito menos a janta sairá de graça.

 

Nos setores produtivos a palavra investir tem dado lugar aos planejamentos de contingenciamento de gastos e cortes de pessoal. Isso significa desemprego para muita gente que só sabia o que era trocar de empresa. Hoje significa talvez mudar de atividade para continuar comendo, só que não sabem fazer isso.

 

A educação brasileira no geral não forma empreendedores. O conteúdo escolar básico está voltado para formar concurseiros ou apenas para encontrarem um patrão (Estado ou empresarial) para lhes bancar o sustento em troca de seu trabalho. Possuem dificuldades de se reinventarem.

 

A falta de capacidade empreendedora para se reinventar dentro da lógica do mercado é um problema sério. Sendo assim, ao ser dispensado por um patrão, a pessoa gasta seus dias em busca de outro patrão e não necessariamente de uma outra fonte de renda para substituir ou ampliar seus ganhos.

 

A prova de que temos uma educação desconectada do mercado é que apesar do aumento visível de desempregados ainda temos dificuldades de encontrar profissionais para várias áreas de atuação. Falta emprego e sobra trabalho, tem algo errado. Por essas e por outras que mudar o que ensina e a forma de ensinar é urgente para nós. Ajudaram e ajudam aumentar a despesa, mas não pode ser convocado a ajudar a pagar a conta.

 

Não podemos jogar a conta nas pessoas (individuo) que trocam o suor por salário, ou nas empresas de pequeno e de médio porte, uma vez que é ali que encontramos a maioria dos empregados (não concursados) na agricultura familiar, no feirante, no autônomo ou mesmo naqueles que atuam nas atividades meios.

 

Por outro lado, as grandes empresas, sobremaneira os bancos que bateram recordes atrás de recordes de faturamento, se apoderaram das atividades até então do estado (privatização). As empreiteiras que lucraram com as obras públicas e várias outras, mas, de forma mais direta, as empresas que se abasteceram principalmente do dinheiro do BNDES para fomentar seu crescimento, as grandes fortunas, terão a obrigação de contribuir com um pouco mais de recursos para o país neste momento difícil.

 

A máquina pública deve ser a primeira a agir. Precisamos de reforma urgente e é de lá que deve vir o exemplo. O custo Brasil é muito alto e está na hora do agente público (gestor) também dar sua contribuição. Como afirma Bill Gates, “seus clientes insatisfeitos são sua maior fonte de aprendizado”. Enxugar onde inchou é o primeiro passo, seja público ou privado.

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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