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Artigos Domingo, 29 de Maio de 2016, 19:28 - A | A

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Domingo, 29 de Maio de 2016, 19h:28 - A | A

O Voto para Vereador

O eleitor deve saber em quem e para que está votando. E não apenas votar como uma forma de se livrar das sanções penais futuras

GABRIEL GUILHERME

 

Arquivo pessoal

Gabriel Guilherme

 

Nos últimos tempos, o exercício do direito ao voto não tem sido uma tarefa fácil para o eleitor.

 

Os desvios bilionários, a corrupção instalada e assolada nas mais diversas esferas da federação, impedem os brasileiros de cumprir com tranquilidade o seu direito de cidadania.

 

Dados concretos nos evidenciam essa realidade.

 

Nas últimas eleições, de 2014, o número de brasileiros que deixaram de votar superou a marca dos 19%, ou seja, mais de 27 milhões de eleitores, de um total de 142 milhões não compareceram às urnas em 2014.

 

Os reflexos da política suja praticada no país, também acometem uma grande parcela da nossa juventude.

 

A conquista do direito ao voto aos 16 anos e a sua incorporação no texto da Constituição Federal de 1988, aos poucos vêm sendo esquecido.

 

Ainda, em 2014, o número de jovens que fizeram a emissão do título de eleitor aos 16 anos, reduziu em mais de 30%, quando comparado aos pleitos eleitorais anteriores.

 

À bem da verdade, aquilo que por um momento simbolizava um dos maiores anseios de toda uma geração, atualmente exemplifica o mais puro afastamento da juventude do processo eleitoral democrático.

 

Não obstante a isso, em uma democracia, como no Brasil, as eleições e o voto popular são de suma importância, uma vez que sintetizam um dos mais importantes atos de plena cidadania, sendo este inerente à pessoa humana.  

 

É muita coisa em jogo. E os poucos segundos perante a urna eletrônica podem nos trazer diversas consequências devastadoras, e algumas, irreversíveis.

Assim, também, é o voto para vereador!

 

Em primeiro lugar, o Vereador, possui a função de nos representar e fiscalizar perante o legislativo municipal.

 

É ele o representante mais próximo da comunidade, e o principal encarregado para desenvolver as ações de proposição de leis de interesse público do munícipio e, principalmente, a fiscalização dos passos do Executivo Municipal.

 

À bem da verdade, o Vereador é, ou ao menos deveria ser como um “fiscal do povo”, responsável por vigiar e apresentar para a população o quanto e como cada governante gasta o dinheiro da população.

 

No entanto, a frágil cultura política da nossa população a faz se ausentar do conhecimento das principais competências e responsabilidades de um Vereador, e também do direito de acompanhar e até mesmo fiscalizar as ações do legislador que ajudou a eleger.

 

Um grande equívoco, posto que um vereador custa caro para os cofres públicos. E diga-se, muito caro!

 

Em Cuiabá, por exemplo, os 25 vereadores, juntos, custam, anualmente, mais de 20 milhões  aos cofres públicos, evidenciando a mais pura e triste desigualdade ainda existente entre o povo e seus líderes.

 

Na maioria dos casos, ainda, o voto para Vereador é quase sempre esquecido. Somente a escolha do prefeito é exercida, ferindo a nossa democracia.

 

Isto porque, poucos sabem que o trabalho de ambos possui mão dupla, ou seja, um depende do outro.

 

É ele, o Vereador, o maior e o principal responsável pela fiscalização das ações do prefeito.

 

Sendo assim, se omitir do direito ao voto para vereador, ou confiar nosso voto naqueles, cuja honestidade e caráter sejam duvidosos, é o mesmo que deixar nossas casas, nossas crianças, nossos idosos e nossas famílias nas mãos de ladrões e malfeitores.

 

Para ser bem fiel à verdade dos fatos, a consciência política é que deve sempre falar mais alto.

 

O eleitor deve saber em quem e para que está votando. E não apenas votar como uma forma de se livrar das sanções penais futuras.

 

Ao exercer sua cidadania em troca de esmolas, dinheiro, ou até mesmo favores, o cidadão faz da política um verdadeiro negócio, vendendo o seu direito de ser representado coerentemente pelos próximos 4 anos.

 

Em síntese, ao vender o seu voto, o cidadão assegura um cheque em branco ilimitado, para que malfeitores saquem da nossa conta o dinheiro que deveria, ou ao menos poderia sustentar os pilares básicos constitucionais da Educação, da Saúde, do transporte  e também da necessária Segurança pública.

 

*GABRIEL GUILHERME é militante jovem político e Estudante de Direito da Universidade de Cuiabá.  Email: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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