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Cidades Domingo, 16 de Outubro de 2016, 10:54 - A | A

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Domingo, 16 de Outubro de 2016, 10h:54 - A | A

ASSALTO NO SICREDI

Sociólogo aponta despreparo na reação do GOE que matou seis; delegado contesta

MAX AGUIAR

Mayke Toscano/Hipernotícias

ufmt/naldson ramos

Professor Naldson Ramos criticou os excessos cometidos pela polícia

Despreparo. Sedentos para matar. Execução. Força extrema. As palavras são do professor e sociólogo Naldson Ramos, membro do Núcleo de Violência e Cidadania da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), usadas contra a ação da Gerência de Operações Especiais (GOE) que resultou em seis suspeitos do assalto à cooperativa Sicredi mortos em confronto policial.

 

 

Entre os acusados, três têm passagens criminais por roubo à mão armada, tráfico de drogas, receptação, sequestro e cárcere privado. A identificação dos suspeitos foi realizada em conjunto com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

 

 

Os policiais foram de Cuiabá para Rondonópolis (distante 220km de Cuiabá) para ajudar na elucidação do latrocínio (roubo seguido de morte) contra o padre João Paulo Nolli, estrangulado por três menores.

 

 

Porém, na segunda-feira (10) ouve um assalto na agência do Sicredi, na qual sete acusados invadiram o terminal bancário, roubaram a arma do vigilante e o dinheiro do caixa. Os policiais civis que estavam na cidade começaram as buscas pelos suspeitos que foram encontrados em poucas horas.

 

Eles, sendo todos do município de Primavera do Leste (distante 230km de Cuiabá), estavam em uma casa, que foi usada como QG do crime, quando a polícia chegou.

 

Ao fazer o cerco na residência os policiais alegam que foram recebidos à balas, segundo o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Roubos e Furtos do município. Na troca de tiros, os policiais entraram na residência e conseguiram deter três pessoas, entre elas duas mulheres, e seis morreram na troca de tiros. Rapidamente, após os disparos cessarem, os ladrões foram colocados na caminhonete da própria polícia e levados para o hospital. Lá os médicos confirmaram a morte de todos.

 

 

Despreparados

 

Reprodução

bando morto pelo Goe

Ação de revide teve seis mortos, segundo informou a assessoria da Polícia Civil

O professor Naldson comentou que o crime em Rondonópolis sempre existiu, porém a crescente onda dos últimos dias se agravou devido o ato dos policiais que estavam na cidade para desvendar um crime e  “cometeram” mais mortes.

 

 

“Começou com a morte de um padre, uma pessoa reconhecida na cidade, causa comoção na comunidade cristã e acabou refletindo nesses seis mortos. Não tenho dúvida que a morte do padre desencadeou o assassinato dos seis, pois os policiais saíram de Cuiabá para elucidar aquele crime e acabaram matando seis jovens, que naturalmente poderiam ser presos”, disse.

 

 

Após o caso, o Ministério Público Estadual (MPE) requisitou perícias e laudos de necropsia do confronto entre assaltantes e os policiais. O objetivo desse trabalho é comprovar a lisura no caso.

 

 

Para Naldson, o caso precisa ser investigado a fundo, pois tudo não passou de uma ação em que o governador Pedro Taques (PSDB) ordenou fazer. “Naturalmente esses casos precisam de maiores investimentos e investigação, pois os policiais receberam telefonema anônimo indicando onde estavam as pessoas. Poxa, era fácil você render todo mundo. Poderia cercar a casa, como foi feito, e prender todo mundo. Mas não, eles foram sedentos para executar. Com certeza a morte do Padre desencadeou em um telefonema para o governador e o governador mandou ir lá fazer o que ele acha que é bonito: matar as pessoas como uma forma de acabar com o crime”, falou o professor ao HiperNotícias.

 

 

Daniel Morita / Revista Fapemat Ciência

naldson - nucleo de pesquisa violencia

Professor Naldson ainda frisou que todos os tiros foram à queima roupa

O professor ainda contesta a forma da ação empregada na ocorrência e disse que só atira na cabeça com tamanha perícia atiradores de elite. “A forma que os tiros pegaram prova que foi tudo à queima roupa. A polícia quando vai, ela vai preparada de tudo. Com colete, armamento, capacete, arma de grosso calibre e preparada para o confronto. Ela não vai de peito aberto para poder levar tiro, tanto é que ninguém levou tiro. Já eles foram mortos à queima roupa com tiro na cabeça, peito, na boca. Ninguém acerta esse tiro a 30 metros, 20 metros. A não ser que seja atirador de elite. É necessário investigar a forma que o policial vai para agir nesses tipos de caso. Se ele vai para matar ou para prender”, pontuou.

 

 

“Criticar de longe é fácil”

 

A análise do professor da UFMT foi contestada pela gerência GOE, delegado Ramiro Mathias. Ele disse que criticar a polícia dentro de uma sala com ar-condicionado é fácil.

 

"Ele não estava no local e não sabe como estava os policiais naquela na ação. Nem eu, que estava em outra missão. Na minha concepção, meus homens agiram de forma legal. Eles são os mais capacitados do Estado e possuem curso de Operações Especiais. Eles foram recebidos a tiros e a reação de disparo é normal, pois tiveram que atirar para se defender”, frisou o delegado.

 

PJC

Goe

O delegado Ramiro Mathias, gerente do GOE disse que confia em seus policiais e que não houve excesso

Mathias ainda confirma que aguarda as apurações do Ministério Público, mas de imediato rechaça qualquer tipo de fala que contenha as palavras excesso e execução. “Nenhum policial sai de casa para matar, muito menos é formado para isso. Nós revidamos os ataques de fúria dos criminosos. Entramos na casa sob disparos e tivemos que dar a resposta à altura. O excesso não existe quando agimos com profissionalismo. Só tivemos essa alternativa”, pontuou.

 

 

O gerente do GOE ainda reforça que se fosse uma ação de execução não haveriam vivos. “Ficou vivo uma adolescente, uma mulher e um rapaz que ainda está internado. Fomos para prender, mas tivemos que atuar com revide já que eles atiraram. Não fomos sedentos para matar ninguém. O policial num momento desse tem que ter extrema tranquilidade pois ele também têm uma vida a zelar. Eu não acredito em excesso e vamos aguardar todo tipo de investigação desse caso para mostrar a lisura do trabalho policial”, contestou o delegado.

 

Sesp

 

A Secretaria de Segurança Pública também se posicionou sobre o caso.

 

PJC

goe

 

"Os policiais do GOE são treinados para atuar em operações de alto risco, inclusive para identificar e responder de imediato, e com a força que se fizer necessária, a qualquer ameaça à integridade física de seus componentes e à sociedade.

 

"Em relação ao referido episódio, a Sesp não tem motivos para acreditar que a operação transcorreu de maneira diversa do estabelecido, mas aguarda a conclusão do procedimento aberto pela Polícia Judiciária Civil para apurar as circunstâncias da ação policial".

 

"A Secretaria repudia e considera irresponsáveis declarações que busquem relacionar o reforço da ação policial à situação política em Rondonópolis. Tais ilações não têm o menor fundamento, uma vez que ignoram a relevância econômica, demográfica e estratégica do município, que é polo de uma das mais importantes RISPs do Estado".

 

Resultado da ação

 

Foram mortos Douglas da Silva Nunes, 24, Kaique Leandro Oliveira Martins, 18, Thiago Rodrigues Soares, 21, Mateus Jones Back, 31, João Paulo Correa da Silva, 17, e Carlos Henrique Fontaneli Nascimento, 21.

 

O sétimo envolvido, Marcos Antônio Vieira de Oliveira, 20, ficou ferido e encontra-se internado no Hospital Regional de Rondonópolis. Ele segue em observação médica, sob escolta do Sistema Prisional, e vai responder em flagrante pelo homicídio tentado contra os policiais, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, resistência à prisão, corrupção de menor e roubo majorado.

 

Duas mulheres, que estavam na residência, também vão responder por envolvimento na ação criminosa. Eliete Costa Cordeiro, 28, que no momento da ação policial estava de posse de quase R$ 3 mil, foi autuada em coautoria por associação criminosa majorada, corrupção de menores e roubo. Já a menor de idade, namorada de um acusado morto, J.A.C., 16, foi autuada em ato infracional.

 

Durante a ação policial, foram apreendidos duas armas fogo, cinco aparelhos celulares e a quantia de R$ 33.682,00 mil.

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Cuiabano 06/12/2016

Tá com dó, deveria ter levado pra sua casa. Kkkkkkkkk

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Pedro Antonio 20/10/2016

Creio que 90% destes comentaristas são cristãos.Portanto, irmãos cristãos, eu lhes pergunto: O que será que Jesus comentaria no seu lugar? Será que seria expressões de ódios, raivas e xingamentos? Jesus pregou a todos somente 2 mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo? Sera que vcs estão cumprindo o segundo mandamento? É fácil ser cristão dentro da igreja ou centro, ne? Faço aqui um desafio: duvido um pastor, padre ou médium apoiar vocês a matarem a queima roupa os bandidos? Duvido que apareça alguém! Irmãos deixa eles atirarem pedras sozinhos na cruz. Vocês não acreditam na justiça divina? Quando você ofende um irmão ou fica com ódio dele você está jogando pedra na cruz junto com eles. Tá certo que são pedrinhas menores mas mesmo assim você está descumprindo os mandamentos de Jesus. Não quero ofender ninguém, mas é um caso nítido de hipocrisia cristã. Fiquem com Deus e que Deus ponha virtude em vocês.

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Thiago 19/10/2016

Sociólogo... Próxima vez prende e leva pra sua casa .... Ah não esquecendo que e pra fazer tratamento vip viu com direito a todas as regalias possiveis

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Luiz 18/10/2016

Esse psicologo ta com dó de vagabundo. Pega uns pra ele e cria em casa.

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maria clara 18/10/2016

A matéria podia ter outro título: Petista defendendo, mais uma vez, o bandido.

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Fulvio Kalix 18/10/2016

Sociólogos, falando merda desde 1500...

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REGINALDO 17/10/2016

então sociologo adote um bandido desse e de exemplo de sociologia pra mim daí vou ouvir essas sua asneiras

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CIDADÃO INDIGNADO 17/10/2016

Para piorar mais!!!! São esses tipos que praticamente ajudam a aprovar essas leis que só é benéficos para bandidos!!!!

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Luciano 17/10/2016

Gostaria de ler o comentário do ilustríssimo sociólogo sobre o homicídio ocorrido em Rosario no último sábado. Uma senhora de 78 anos levou três tiros no rosto por criminosos que praticavam uma série de roubos naquele município. Senhor Naldson, se for do seu interesse gostaria de saber sua opinião como sociólogo nesse caso.

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everton 16/10/2016

Por causa de figuras como esse sociólogo é que nosso país está do jeito que está. Pessoas como você, Naldson, cheias de teorias utópicas. Você deveria falar apenas sobre assuntos que conhece, tanto na teoria como na prática. Você não sabe o que é uma troca de tiro. A bandidagem já está cheia de direitos nesse lixo de país, ainda encontra pessoas como vossa senhoria!!! Não bastasse a turminha dos Direitos Humanos e alguns da Mídia, agora nós policiais, temos que lidar com críticos como você! Não perca seu tempo criticando a polícia, você só vai alimentar a antipatia na relação entre sociedade e polícia. Não é disso que estamos precisando. Ninguém aparece para ajudar o policial quando ele precisa se defender de uma ação em serviço, ninguém aparece para ajudar o policial quando é ferido em combate. Todos querem criticar a polícia, mas na hora que precisam, sabem ligar 190. Nossa profissão é considerada uma das mais estressantes do mundo. Não venha estressar ainda mais com uma colocação ridícula dessa. Se nosso país fosse sério, se tivesse leis mais duras e pessoas que apoiassem mais a ação policial e não ficasse defendendo marginal, todos viveriam bem melhor.

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15 comentários

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