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Cidades Domingo, 29 de Maio de 2016, 08:00 - A | A

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Domingo, 29 de Maio de 2016, 08h:00 - A | A

PARALISAÇÃO DA POLÍCIA

"Se houver greve e os crimes aumentarem, o responsável é o senhor Pedro Taques", diz analista

MAX AGUIAR

Com a possibilidade de 'greve branca' da polícia e dos bombeiros militares e a paralisação geral dos investigadores, escrivães e delegados da Polícia Civil, Mato Grosso está prestes a entregar seus quatro cantos à bandidagem. O motivo de tudo isso é a decisão do Governo do Estado de não pagar a Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos, alegando problemas de caixa.

 

Daniel Morita / Revista Fapemat Ciência

naldson - nucleo de pesquisa violencia

Especialista em Segurança Pública, professor Naldson Ramos acredita que crimes deverão aumentar durante a greve geral em Mato Grosso

Desde a semana passada os investigadores e escrivães da Polícia Civil decidiram que apenas boletins de ocorrências de flagrantes seriam confeccionados. Já a Polícia Militar está fazendo a 'operação padrão', que funciona da seguinte maneira: os militares não saem em rondas com coletes balísticos vencidos, armas sem condições de uso e viaturas quebradas. E quando saírem, só andarão em velocidade média de 60km/h e não farão blitze nem abordagens.

 

Por conta disso, o medo da sociedade é que os crimes contra pessoas e patrimônio aumentem. O HiperNotícias ouviu o professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Naldson Ramos, especialista em Segurança Pública, que afirmou que o aumento da criminalidade é quase uma certeza, principalmente porque os bandidos copiam o que acontecem em outros estados.

 

“É lamentável que chegue a uma situação dessas e que os trabalhadores da área militar, assim como outros trabalhadores, tenham que paralisar porque o governador não pagou o RGA. Mas apoio a decisão deles, porém a sociedade fica desguarnecida. A greve é um direito constitucional e inquestionável e se houver uma alta descontrolada dos crimes, o grande responsável é o senhor Pedro Taques, que prometeu e não cumpriu o que disse em época de campanha”, comentou o professor.

  

Alan Cosme/HiperNoticias

policia militar

Policiais e bombeiros militares também devem se unir à paralisação geral caso o governo não apresente uma proposta para o pagamento da RGA

Naldson lembra que a violência cresceu em outros Estados que passaram pelo mesmo problema e o governo teve problemas em voltar à ordem normal. Em Mato Grosso pode não ser diferente.

 

Em outros anos, quando a Polícia Militar resolveu fazer a greve branca, Recife, Maranhã, Salvador e Ceará viveram um verdadeiro caos. Um jogo de futebol pelo Campeonato Brasileiro da Série B chegou a ser cancelado por conta da alta violência. Naquela oportunidade, o motivo da paralisação também era a não recomposição salarial.

 

“O crime se copia. Os bandidos assistem jornal e sabem o que está acontecendo. O bandido sabe que a polícia não está nas ruas e pode começar a colocar fogo em ônibus, invadir residências, cometer assassinatos por conta de assaltos e, principalmente, invadir lojas e comércios da cidade. Mas se isso vier a acontecer fora do normal, o culpado é o senhor governador. A população tem que fazer uma prensa em cima dele, pois o crime que acontece aqui é assimilado com o que acontece em outros estados”, frisou.

 

FORÇA NACIONAL  

Questionado sobre a proposta do deputado Emanuel Pinheiro (PMDB), que insiste em pedir que a Força Nacional de Segurança venha controlar a violência de Cuiabá e Várzea Grande, Naldson é contra.

 

“A situação aqui é ordeira. Existe muito crime, existe todos os tipos de crime, mas não é a hora. Até mesmo porque existe um regimento e norma no Governo Federal para que o Estado possa contar com a Força Nacional. Sugiro que o deputado e toda Assembleia façam uma comissão para cobrar do governador uma posição sobre suas promessas. Ele disse que ia diminuir roubo e homicídio. Nada aconteceu. A Assembleia e a população têm que cobrar o senhor Pedro Taques. Chacinas ocorrem quase que todo mês, assaltos a ônibus, estupros, cárcere privado, furtos em prédios. Tudo isso tem aqui. Não é hora de Força Nacional ainda, mas é hora de cobrar mais efetividade com os policiais que estão aqui”, disse Naldson.

 

O pesquisador conclui dizendo que quando o Estado não cumpre com o dever de segurança, quem sofre é a sociedade, que enriquece cada vez mais a indústria de segurança privada.

 

“Hoje o povo tem que comprar cerca elétrica, câmeras, contratar segurança armada, escolta, tudo porque o Estado não cumpre. Quem enriquece é a indústria da segurança privada. E isso só acontece quando o governador falha. Isso mostra incompetência e falta de pulso firme do senhor Pedro Taques”.

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Carlos Nunes 29/05/2016

Depende? De que? Tem ou não tem o dinheiro para pagar o RGA? Fere ou não fere a LRF? Ninguém, nem governador, nem servidor, está acima da lei, ou está? Se tem dinheiro e não fere a LRF? Paga logo, e deixa de enrolação. Esses mais de 600 Milhões vão ser ótimos para a Economia Regional, vai circular por aqui mesmo. Na verdade, o servidor recebe o dinheiro com uma mão e paga com a outra, e nesse fluxo quase tudo volta para o caixa do governo, que aumenta a arrecadação. Geralmente os governos ficam chorando a toa. Caberia ao governador abrir o caixa do governo é para a Imprensa toda, e mostrar...tem ou não tem dinheiro suficiente?

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