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Artigos Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2019, 10:52 - A | A

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Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2019, 10h:52 - A | A

O Jornalismo e a Notícia

Qualquer pessoa com um celular na mão gera conteúdo, sem responsabilidade profissional, ética ou moral com a base de formação acadêmica que exige ética através do juramento protocolar

JOÃO EDISOM

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João Edisom

 

O Brasil nesta semana perde um dos maiores ícones do jornalismo, o jornalista Ricardo Boechat, vítima de um acidente aéreo. A sensação é que o campo de trabalho ficou mais pobre. É uma perda considerada por muitas pessoas, inclusive colegas dele de profissão, como irreparável, e justo em um momento tão critico da veiculação da informação.

A evolução humana e os registros da história só foram possíveis graças a informação. Sem ela, jamais os inventos e costumes seriam propagados. E o jornalista é o agente da informação. Mas a profissão de jornalista na última década tem enfrentado um conjunto de obstáculos que precisa ser debatido.

Não tenho capacidade e nem formação suficiente para tecer comentários sobre o exercício da profissão, já que não sou jornalista, mas entendo de ética no aspecto filosófico e de comunicação dentro do contexto da sociologia. Por isso me credencio para fazer a discussão, respeitando os limites da ciência e da vivencia de um jornalista.

Se pegarmos os fatos recentes de ataques aos jornalistas, segundo a Abraji (Associação Brasileira dos Jornalistas investigativos), só no Brasil ocorreram 156 casos dentro do contexto político em 2018.

Podemos lembrar dos casos do Charlie Hebdo em Paris, para ilustrar os casos mais graves, quando a redação inteira se torna vítima. Ou das constantes grosserias e até elogio ao congressista que agrediu um jornalista, feito pelo presidente americano Donald Trump. Ou mesmo aqui, em terras Tupiniquins, onde governantes atacam sem dó estes profissionais. Lembrando que o governo passado, do PT, fez constantes tentativas de criar uma “regulamentação”. E o atual PSL designa ataques diretos aos veículos e profissionais da imprensa.

O outro obstáculo vem das ferramentas digitais, das redes sociais. Qualquer pessoa com um celular na mão gera conteúdo, sem responsabilidade profissional, ética ou moral com a base de formação acadêmica que exige ética através do juramento protocolar.

E o jornalista? Como tem reagido em seu campo de batalha, onde a ferramenta é o texto e a verdade dos fatos? Por estar em vários grupos de Whatsapp em que também estão muitos destes abnegados profissionais, tenho assistido com certa frequência a distribuição de fake news por mera provocação ideológica ou até por entretenimento.  E isso dá razão de sobra para os “trogloditas” tripudiarem.

Sabemos que a informação está para o jornalista assim como estão a farmacologia dos remédios e os exames clínicos para o médico. Como os códigos e as leis estão para os advogados. Poderiam estes profissionais gerarem falsas expectativas com brincadeiras em grupos de Whatsapp, onde tem pessoas com várias formações diferentes?

 

Não tenho respostas para a melhoria, mas acredito que o debate precisa ser feito com urgência. O conceito “jornalismo” está em crise! Os indivíduos “acreditados” já são tão poucos e ainda estão morrendo. Para o bem e para o desenvolvimento da humanidade precisamos salvar o jornalista da  truculência, dos atentados e de sua própria irresponsabilidade só assim salvaremos o jornalismo, porque sem notícia o mundo para, as pessoas desaparecem e o mal prospera.

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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