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Artigos Sexta-feira, 31 de Agosto de 2018, 08:56 - A | A

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Sexta-feira, 31 de Agosto de 2018, 08h:56 - A | A

O Cuiabanês na politica

Somente os velhos cuiabanos irão relembrar de termos empregados durante as grande campanhas

WILSON CARLOS FUÁH

Arquivo pessoal

Wilson carlos fuáh

 

Com objetivo de resgatar o linguajar cuiabano que, com o passar do tempo foi desaparecendo do nosso dia-a-dia, procuramos relembrar alguns verbetes, apenas para matar saudade dos anos 60, onde as ações dos agentes políticos, tinham raízes sentimentais, e as vezes até chegando as raias do fanatismo: quem era PSD, jamais trocaria de partido, nem no fim da vida trocaria pela UDN. 

 

Era como time de futebol: quem é Vasco, jamais um dia vai virar Flamengo. Mas, hoje troca-se de partido como se trocam de camisa, e os interesses estão acima das convicções ideológicas. 

 

Hoje, a política virou negócio, e em negócio não tem sentimento, o que importa são os lucros e mais lucros. A política mudou em muitos aspectos, mas vamos relembrar aqueles velhos tempos, da nossa querida Cuiabá, que ficaram em nossas lembranças e que não voltam mais. Os políticos daquela época eram qualificados de acordo com as suas características e o seu modo de ser:

               

Político molóide (fraco); político meia tigela (mediano); político metido à sebo (agindo como grande); político mequetrefe (péssima qualidade); político nhapador (corrupto); político piqui roído (não vale nada); político levado aos córnios (complicado); político cara de tacho (sem vergonha); político tocêra (metido) e político digoreste ( sabido e esperto); político cheio de bereré ( com dinheiro) e político com biricera (com pouco dinheiro); político metido a bestão ( ignorante) e político bom de bicaria ( poder de convencimento) e político bobó cheira-cheira (débil mental) político brocoió (sem graça) político casca de ferida ( malvado e ruim) político casca búia (imagem desgastada).

               

Debates e Horário Eleitoral:

Traduzindo para o linguajar cuiabano, que era usual em décadas passadas, que somente os velhos cuiabanos irão relembrar de termos empregados durante as grande campanhas e comícios que eram o carro feche para se vencer uma eleição: sempre aparecia os candidatos que se destacavam com propostas que deixavam o povo cuiabano por cima da “carne seca”. 

           

Era um pizêro e tinha muitos trupicar nos faltórios, com propostas aúfa que trazia todo tipo bobageiras de mudanças, tinha até candidato falando nas grimpas, querendo comprovar que tudo que ele falava era verdade, dizendo assim: por essa “luz que me lomea”.

           

Agora, vamos traduzir para hoje com os verbetes antigos, a situação da política atual: haverá proposta de desenvolvimento em todas as áreas de ação do estado, vai parece até que as coisas ficarão “bom pra catiça”. Os adversários ficarão com a língua coçano pra poder rufar o sarrafo na cacunda do candidato “salta veaco”. O eleitor tem que ficar de orelha em pé porque depois que enfiar o voto no copinho de couro, não adianta reclamar das mordeções e das nhapações.

         

Quanto as nomeações, estas serão executadas no sistema de “parigato”, serão nomeados apenas: os aduladores, os bagres ensaboados e os que não come amanhecido. E, ai não adianta bancar o baguá e não adianta ficar de olho comprido, você vai levar uma pernada e ai eu vou dizer: bonito prá tchá cara, depois que deu voto é pá chambaú, não adianta botar catinga, já é tarde demais: você foi pro buque.

           

Na Segurança Pública:

Durante o debate aparecerá candidato afiado, e que nunca abanou a mão para o povo, mas apresentará como proposta nº 01: a implantação do Regime de Sotovia, ou seja, não haverá pereréco de bandidos que dia e noite na  amolação o povo (à partir das 22:00 hs sem documento, estará preso).

 

Proposta nº 02: os agentes policiais agirão no estilo Marcidão: casca de ferida e malvado, os bandidos vão dizer assim, apanhei disparate e fiquei descadeirado. Proposta nº 03: todos os moradores do estado terão um Bate-Pau (segurança) fazendo ronda no quarteirão.

                 

Saúde Pública:

Não haverá mais uso de garrafadas, será implantado o atendimento igual do Sandú, ou seja, você será atendido por “taxada” de médicos, não terá enfermeiro “pau de traque”. Se você chegar com “carne no vivo”, constipação, defluxo, nó na tripa, arca caída e urrando de dor, tenha certeza que seu atendimento será “de carreira”, não haverá necessidade de madrugar na fila, pois será examinado por “empetecados” equipamentos bem-bom e não precisará sair com a receita e pois será fornecido remédios “prá besteira”, e na maioria das vezes já sairá completamente “sarado”.

           

Propostas para os Deputados e Senadores para o Fim da Corrupção - O Corrupto passivo e ativo vão apodrecer na cela (sem progressão de pena e sem regime porta escancarada).

               

Naquele tempo, e até hoje ainda se espera por um político, que apresente na campanha política deste ano, um candidato “levado a breca”, e desenvolvera um projeto de lei, que extingam todas as vantagem e as mamatas dos políticos, conforme passaremos a relacionar em seguida,  no mais puro cuiabanês, mas  como se fosse hoje:

             

Os salários dos políticos serão iguais a todos os demais Barnabés do estado, sendo assim o político terá que “corcoveá”, pois com as novas leis serão “pá chambaú” e povo vai dizer para os políticos, “arrodeia aqui três vezes”, pois será o fim do “pé de piqui” para os eleitos:

 

1 - Fim das famosas Verbas de Representações (os políticos vão ficar “estucado”, e não vão mais encher o bolso);

2 - Fim das Verbas Indenizatórias ( canhaim, to co sodade de mamãe, será só mixaria e minguado cobre, não vai interar salário );

3 - Fim das emendas parlamentares ( com o fim das merendas e mamatas, todos políticos vão ficar esticados do que “curimbatã seco do porto”) ,

4 - Fim da aposentadoria através do FAP (os políticos vão ter que dar “duro pra cachorro”  e trabalhar durante 35 anos e até comer “gambá errado” e ficar na “draga” pra se aposentar com salário “minguado”);

5 - Fim dos recessos (fim da “esticação” de férias, os políticos vão trabalhar o ano inteiro,  vão até  ficar “jururu”);

6 - fim das reeleições ( fim do repique da mamata, com “mordeção” e com  a “nhapação”),

7 - fim da Renúncia de Mandato ( tirrim facheou balaio, quem renunciar vai levar cobrinha na anca, pois lugar de gente feio é da onde veio, não poderá candidatar na próxima eleição, até entender que tamanho de “boi não sebo” não terão fórum privilegiado);

8 - Fim dos vices e suplentes, ( antigos compradores de favo e nadandores de braçada, vai ganhar apenas casa de marimbondos );

9 - Fim das Coligações ( fim do “ajojamento” e acabou venda de partidos nanicos, para depois ficar só “pão quero”);

10 - Fim das ações para a Governabilidades ( fim das nomeações dos ajojados e quem bejo, bejo, mas quem não bejo, não beja mais, vai ter digramado liso e sem cobre);

11 - Para terminar, serão proibidas propagandas das ações do governo ( lufadas de recursos públicos para engrandecer políticos “pançudos” e “tocêra”).

             

Para finalizar e agora falando sério, será que vai aparecer pelo menos um político para assumir esse projeto de lei para concretizar essas mudanças. É um sonho que trará uma enorme economia para o estado e para o país. 

             

Esta crônica é uma homenagem a todos aqueles políticos da velha guarda e para todos cuiabanos que viveram as décadas de ouro da política de Cuiabá, como era emocionante: havia sentimento e honestidade.

             

O político deve ter consciência e entender que ao receber um voto, ele está recebendo a maior honraria que um ser humano possa receber de um eleitor. 

                 

Deve entender acima de tudo que esse eleitor, está depositando toda a confiança nele, passou uma procuração a partir do seu voto, dando toda a garantia para o candidato tomar todas as ações e decisões de direcionamento político, financeiro, social, legal e principalmente o gerenciamento global, que ira conservar ou mudar as ações de governo por quatro anos, interferindo diretamente na sua vida.

               

O voto é tudo na vida de um cidadão, pois é através dele que mantemos a democracia, que é o melhor regime político que já inventaram ( a vontade da maioria vence), pois é errando que se apreende votar, e a cada eleição é que aperfeiçoamos a própria democracia.

 

*WILSON CARLOS FUÁ é economista, especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais Políticas.

            

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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