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Artigos Quinta-feira, 27 de Outubro de 2016, 07:57 - A | A

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Quinta-feira, 27 de Outubro de 2016, 07h:57 - A | A

O clima de Cuiabá, a cidade que era verde

Vamos começar pelas árvores! Quantas foram arrancadas nas últimas décadas em prol de uma “cidade moderna”?

CAIUBI KUHN

Arquivo pessoal

Caiubi Kuhn

 

Cuiabá já foi conhecida como cidade verde, mas será que ainda pode ser chamada assim? Neste artigo abordarei um pouco sobre a importância das arvores e dos rios para o controle climático local, o chamado microclima. Para que esse tema seja discutido precisamos também conversar um pouco sobre plano diretor, cartas geotécnicas e políticas de uso e ocupação do solo.

 

Pois bem, vamos começar pelas árvores! Quantas foram arrancadas nas últimas décadas em prol de uma “cidade moderna”? Com certeza muitas. O efeito dessa ação irresponsável é a piora da qualidade de vida de toda população, visto que sem as arvores temos uma cidade com um ambiente no mínimo mais quente, além dos prejuízos que ocorrem em relação à qualidade do ar e em relação infiltração de água no solo.

 

A canalização de córregos também possui um efeito muito negativo no controle climático local, visto que a lâmina de água dos rios realiza troca térmica com o ar, e, desta forma, auxilia na redução da temperatura de uma microrregião.

 

Os exemplos de obras que reduziram o número de arvores de nossa cidade ou/e canalizaram córregos são muitos. Será que os gestores públicos não se importam com a nossa qualidade de vida? Será que querem deixar Cuiabá ainda menos verde e mais calorosa? Em época de eleição essa, com certeza, é uma pergunta pertinente.

 

Em minha formação como geólogo, aprendi a importância do planejamento do uso e ocupação do solo, a função de uma carta geotécnica, a importância dos estudos técnicos na definição de obras pública e a elaboração planos diretores. Esses estudos permitem as gestões públicas realizarem obras com qualidade, garantindo um desenvolvimento urbano adequado e melhore a qualidade de vida de nossa população. Se isso não for realizado, conviveremos cada vez mais com obras faraônicas minadas de defeitos e que prejudicam a todos nós. Precisamos de cidades pensadas para as pessoas!         

 

 

*CAIUBI KUHN é Docente do Instituto de Engenharia, Campus de Várzea Grande, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); Conselheiro-Suplente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA); Diretor de Benefícios e Relações Sindicais do Sindicato dos Geólogos do Estado de Mato Grosso (SINGEMAT); Presidente da Associação de Geólogos de Cuiabá (GEOCLUBE);

 

 

 

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