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Artigos Domingo, 24 de Janeiro de 2016, 08:39 - A | A

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Domingo, 24 de Janeiro de 2016, 08h:39 - A | A

O Brasil e a quarta revolução industrial

O mundo caminha para uma mudança drástica e rápida dos paradigmas econômicos, sociais e de governança, onde a era digital e a robotização irão produzir impactos profundos nos diversos países

JUACY DA SILVA

 

 

Hugo Dias/HiperNotícias

Juacy da Silva

 

Teve início no ultimo dia 20 e vai até dia 23; a reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça,  que deverá contar com a presença de vários chefes  de Estado, Ministros de Finanças, representantes  de organismos internacionais, dirigentes de grandes empresas mundiais e diversos pesquisadores,  totalizando mais de 2.500  pessoas.

 

 

O tema central  deste ano  é “A quarta revolução industrial “ e os impactos que a mesma deverá  produzir  na economia e na sociedade nos diversos países pelas próximas décadas.

 

 

Este  tema central  está desdobrado em oito temas mais específicos como: a) Robotização; b) Terrorismo e a crise das imigrações internacionais; c) Instabilidade dos mercados e as crises econômicas e financeiras; d) mudanças climáticas; e) Crise e a recuperação da Europa; f) Desigualdades mundiais; g) Desafios da medicina, avanço das doenças não comunicáveis ; h) crimes cibernéticos  e  as liberdades civis.

 

 

Segundo diversas  organizações e estudiosos, o mundo caminha para uma mudança drástica e rápida dos paradigmas econômicos, sociais e de governança, onde a  era digital e a robotização  irão  produzir  impactos profundos nos diversos países, afetando de maneira positiva ou negativa, dependendo do estágio de desenvolvimento e de visão de futuro que cada um possa ter, incluindo a definição de uma estratégia de longo prazo que tenha em seu núcleo central  investimentos prioritários em educação e no desenvolvimento da ciência e tecnologia. Quem assim não fizer estará fadado a ficar para trás.

 

 

Neste particular o próprio Fórum Econômico Mundial apresenta todos os anos um relatório em que avalia  o grau de competitividade de 140 países, estabelecendo um  “ranking” dos mesmos, tendo com referência alguns parâmetros que indicam a posição desses países em relação a nível de sofisticação institucional e os marcos macro econômicos e tecnológicos.

 

 

É importante também ter em mente que  este relatório do Fórum Econômico Mundial tem uma  correlação muito grande com um outro   trabalho que vem sendo realizado  com relatórios anuais pelo Banco Mundial intitulado “Realizando negócios”,   analisando dados de mais de 170 países.

 

 

No ranking da competitividade de  2015 e 2016,  do Fórum Econômico Mundial, publicado no final do ano passado, o Brasil caiu 18 posições em relação ao relatório anterior  referente ao ano 2014 e 2015,  saindo da 57a. posição para a 75a posição. Ficou atrás  de 7 países da América Latina como o Chile que ocupa a 35a. posição; Panamá 50a; Costa Rica 52a; México 57a; Colômbia 61a; Peru 69a e Uruguai 73a.

 

 

Ficou também abaixo de todos os demais países do BRICs, como China 28a; Rússia 45a; África do Sul 49a e Índia 65a.; bem como de todos os países do G7 e do G20,  e de diversos outros países que competem com o Brasil em termos de espaço no comércio internacional e na dimensão geopolítica como Austrália, Turquia, Irã, Coréia do Sul, Indonésia e outros  com menor peso  econômico mas com grande projeção científica e tecnológica.

 

 

Quando o ranking da competividade é desdobrado em seus vários componentes a posição do Brasil é um vexame,  uma vergonha, quando comparado ao peso da economia brasileira que é atualmente a oitava economia do mundo a caminho da nona posição, depois de anos de fracasso econômico sob o Governo Dilma em 2014; 2015  e as projeções para 2016 e 2017.

 

 

No ranking da competitividade, entre  140 países, nos chamados requisitos básicos o Brasil ocupa a 103a posição; no quesito eficiência e funcionamento das instituições 121a; na infraestrutura 74a; no ambiente macroeconômico 117a; na  saúde e ensino fundamental 103a; na  educação superior e qualificação professional 93a; na  eficiência do Mercado 128a; na eficiência do fator trabalho 122a; desenvolvimento do Sistema financeiro 58a e tamanha  do Mercado 7a. posição; excluindo este ultimo requisito o Brasil passaria a ocupar a 97a posição no ranking.

 

 

O UBS, um dos maiores bancos da Suíça e do Mundo, em  relatório a ser apresentado em Davos neste semana, resume a posição do Brasil em seis  requisitos básicos para situar-se no contexto da quarta revolução industrial e tecnológica e os resultados não são nada animadores.  Estrutura e flexibilidade do Mercado de trabalho 122a posição; nas habilidades e preparo da mão-de-obra  93a; na educação e inovação 84a; na infra estrutura  e sustentabilidade 78a; no sistema legal e proteção 126a; nos impactos gerais provocados pela quarta revolução tecnológica 95a; na média geral nosso país estaria ocupando a 100a posição neste ranking.

 

 

Diante desses resultados o Brasil passa a ser classificado em um degrau abaixo dos demais países emergentes, no nível chamado fronteira, entre emergentes e demais países bem atrasados. Temos um grande desafio pela frente antes que os impactos da quarta revolução tecnológica nos coloquem a ver navios.

 

 

*JUACY DA SILVA é professor universitário, fundador, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia. Email [email protected] Blog www.professorjuacy.blogspot.com Twitter@profjuacy

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 24/01/2016

A chamada 4ª revolução industrial arquitetada pelos país mais ricos, deve dar um medo danado nos países emergentes, como o Brasil. POR QUE? Bem, a tal era digital, robotização, etc. DESEMPREGA PRÁ BURRO. As máquinas roubam o emprego de milhões de pessoas. A tal modernidade tem também as suas desvantagens, que são muitas. É o caso, por exemplo, do VLT. Hoje funcionam os ônibus e micro-ônibus, que dão empregos para dezenas de motoristas, pessoal de apoio administrativo, etc. Com o VLT, aonde ele passará, não passará mais ônibus nem micro-ônibus. PRÁ QUE? Se as composições transportarão até 400 pessoas. Então os ônibus virão dos incontáveis bairros e despejarão os passageiros nas Estações do VLT. Haverá uma integração ônibus-VLT, aonde o preço da passagem, hoje de R$ 3,10, seria rateado entre eles, provavelmente o VLT, vai ficar com a maior parte. Já a estrutura operacional do VLT é menor...alguns condutores transportarão os passageiros, ganhando um salário bem maior do que um motorista de ônibus, que sua a camisa o dinheiro inteiro, enfrenta um trânsito pesado, fica estressado, etc. Quantas pessoas que hoje trabalham nos ônibus e micro-ônibus ficarão desempregadas: 500, 1.000, ou mais, que trabalham no negócio direta ou indiretamente. Mas...as modernidades também tem seu calcanhar de Aquiles, ponto fraco: e se tiver um problema com a energia elétrica, faltar energia, o VLT PARA; pois é movido à energia. Como fica? A cidade PARA até a luz voltar? Sei lá se pode cair uma torre de transmissão em algum lugar e a cidade ficar sem luz. Tudo é possível. Ou se um motorista bêbado, ou dependente químico, com um carrão choque com o VLT em algum ponto da cidade, causando um acidente grave...para também. Já os ônibus e micro-ônibus, se a pista está interrompida aqui, ele passa por ali. Não me sai da cabeça, a estória de que contaram para o um senhor humilde sobre o VLT; e depois de matutar com a sua sabedoria popular, arrematou: NÃO VAI FUNCONAR, É MUITO COMPLICADO? Será que esse senhor humilde vai ser o BIDU da estória; não é Doutor, não tem estudo nem diploma, mas enxerga longe. No final, quando for reajustar o preço dos ônibus, micro-ônibus, VLT, integrados, vai ser uma briga de foice, porque não vai cobrir os custos de nenhum deles...e o governo vai tirar o corpo fora, porque não vai querer dar subsídio nenhum para baratear o preço; e vai jogar a conta para o povo pagar.

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