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Artigos Domingo, 30 de Outubro de 2016, 16:54 - A | A

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Domingo, 30 de Outubro de 2016, 16h:54 - A | A

Linha internacional

A grande vocação natural de Cuiabá com sua posição central no continente é ser um grande encontro intermodal de caminhos

JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

Mayke Toscano/Hipernoticias

José Antonio Lemos

 

O que tem a ver aeroporto internacional, gasoduto, Manso, ferrovia, Porto Seco, Arena Pantanal e até o nosso queridíssimo Sol com eleições municipais, vereadores e prefeitos, conforme venho tratando nos últimos artigos? De fato, alguns questionam, parece claro que não se trata de assuntos da alçada municipal. A estes argumento que o prefeito é a maior autoridade pública municipal estando na Lei Orgânica entre suas atribuições “fiscalizar e defender os interesses do Município”. Aos vereadores cabe entre outras coisas cobrar e fiscalizar em nome do povo o cumprimento da lei. Inclusive o exercício dessa atribuição. Óbvio que existem competências administrativas e legislativas que não podem extrapolar os limites do município, mas essa história de cada um no seu quadrado só vale na música popular atual. Até ao cidadão cabe cuidar de sua cidade e lutar por ela. O que seriam “interesses do Município” citados na Lei Orgânica?

 

 

Valendo para quaisquer dos assuntos citados no início do artigo cito por exemplo a inauguração da linha aérea entre o Aeroporto Marechal Rondon em Várzea Grande e Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, prevista para o próximo de 5 de dezembro, a partir de articulações do governador Pedro Taques. É claro que não se trata de assunto da competência administrativa nem legislativa do governo do estado, mas como é um assunto do maior interesse para um estado centro continental, em especial para Cuiabá e Várzea Grande, o governador, com apoio de diversos segmentos da sociedade, correu atrás dos setores competentes em todas as esferas públicas e privadas, e chegou à definição da linha. Não se trata portanto apenas de mais uma linha aérea para o 14º aeroporto mais movimentado do país, mas sua primeira linha internacional com fortes possibilidades de consolidação ligando direto o centro da América do Sul a um outro país, concretizando a internacionalização do Marechal Rondon, podendo puxar outras linhas internacionais e ajudando a alavancar novas perspectivas para a economia de Mato Grosso, turismo, comércio, lazer, cultura, etc.

 

 

A grande vocação natural de Cuiabá com sua posição central no continente é ser um grande encontro intermodal de caminhos. Basta reparar que do jogo de xadrez ao futebol, o meio do campo tem papel fundamental e é o espaço de maior movimentação. Na logística a tendência é acontecer o mesmo. Aproveitar essa potencialidade natural foi a motivação do então prefeito Dante de Oliveira, e depois como governador, buscar a internacionalização do Marechal Rondon. Como Taques, também estava fora de seu quadrado administrativo, mas no mais absoluto sentido de responsabilidade política para com os interesses do estado. Agora falta 1 mês para a inauguração prevista e tudo ficou quieto. Não se fala mais no assunto. O que estaria acontecendo?

 

Certamente que a ligação internacional de Cuiabá não é um tema inócuo, mas envolve interesses de outras cidades que também pleiteiam tal privilégio. Pauzinhos podem estar sendo mexidos contra o projeto de Mato Grosso. Já tivemos por duas vezes uma linha internacional que foram interrompidas por questões absolutamente fáceis de superar quando existe determinação política em todos os níveis para superá-las. Não seria importante neste momento a intervenção dos prefeitos da Região Metropolitana ou, ao menos dos de Cuiabá e Várzea Grande, das Câmaras Municipais, das lideranças empresariais, em especial do trade turístico? Ou vamos deixar que a oportunidade passe novamente até que um dia a vantagem comparativa natural da posição central seja usurpada e inviabilizada definitivamente por outras localidades com mais disposição de lutar pelos próprios interesses municipais e regionais?

 

 

*JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS é arquiteto e urbanista, é conselheiro do CAU-MT e professor universitário. [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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