Quinta-feira, 25 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,15
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,15
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

Artigos Terça-feira, 19 de Março de 2019, 08:00 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Terça-feira, 19 de Março de 2019, 08h:00 - A | A

História de Cuiabá

Nos 300 anos da terra que amamos, a homenagem da minha famiíia aos estudantes cuiabanos

EDUARDO POVOAS

Arquivo pessoal

Eduardo Povoas

 

NOS 300 ANOS DA TERRA QUE AMAMOS, A HOMENAGEM DA MINHA FAMILIA AOS  ESTUDANTES CUIABANOS.

Lenine C. Póvoas

(Da Academia Mato-grossense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de MT).

FUNDAÇÃO DA CIDADE – Na primeira metade do século 18 várias “bandeiras” partiram de São Paulo com destino ao interior do país, com o objetivo de prear índios para escravizar.

Uma delas, sob a chefia do sertanista Pascoal Moreira Cabral, saindo de Porto Feliz, navegou pelas águas dos rios Tietê, Paraná, Pardo, Taquari, Paraguai e Cuiabá, até atingir a barra do rio Coxipó. Subindo este, travou combate com os “Coxiponés”, sendo por eles repelida.

Ao retrocederem para o baixo curso do rio encontraram os bandeirantes, pelas barrancas, granetes de ouro. Extasiados ante a quantidade do precioso metal, desinteressaram-se da caça aos selvagens, para se dedicarem à cata do ouro.

Imediatamente despachou o chefe Pascoal Moreira para São Paulo o Capitão Antonio Antunes Maciel, levando amostras do precioso achado, com a finalidade de transmitir a grande notícia ao Capitão General da capitania, - já que Mato Grosso pertencia então à Capitania de São Paulo -, e, em seguida, fundou uma povoação, às margens do rio Coxipó, sob a invocação de Nossa Senhora da Penha de França, a 8 de Abril de 1719.

A notícia da descoberta alvoroçou São Paulo e grandes comitivas se formaram para enfrentar a aventura que era a jornada para o novo Eldorado.

AS LAVRAS DO SUTIL – Três anos depois, outro bandeirante, Miguel Sutil, encontrou ouro em terras situadas mais ao poente, na encosta do Morro da Prainha, nas imediações da atual igreja do Rosário.

Estavam descobertas as “Lavras do Sutil”, a mais extraordinária – mancha aurífera da qual até então se tivera notícia no Brasil.

Logo o “Arraial da Forquilha” existente nas margens do Coxipó se despovoou e toda a população se transferiu para o vale do ribeirão “Prainha”, onde o precioso metal aflorava em quantidade impressionante.

ELEVAÇÃO A VILA – Tão grande foi o afluxo de caravanas de São Paulo para Cuiabá que o próprio Capitão General Rodrigo Cesar de Menezes deslocou-se de sua sede, no planalto de Piratininga, e veio para cá, para ver de perto as famosas minas e para fiscalizar a arrecadação dos impostos devidos à Coroa.

Chegando a 15 de Novembro de 1726, baixou ato, a 1º de janeiro de 1727 elevando a nova povoação à categoria de Vila, com o nome de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.

CRIAÇÃO DA CAPITANIA – A atividade mineira se espraiou para outros pontos dos sertões de Cuiabá, para o norte até Diamantino e para oeste até às extremas da fronteira boliviana.

Tal fato, e a ameaça de um avanço dos espanhóis, que dominavam os altiplanos dos Andes, no sentido inverso, - do poente para o nascente -, determinou que em 1748 o Governo português criasse a capitania de mato Grosso, desligada da de São Paulo.

O primeiro Capitão General, Dom Antonio Rolim de Moura Tavares, recebeu instruções para plantar o Governo em posição estratégica da qual pudesse deter qualquer eventual avanço castelhano e, por isso, fundou Vila Bela da Santíssima Trindade em Março de 1752, às margens do rio Guaporé, erigindo-a em Capital da Capitania.

SOBREVIVÊNCIA DE CUIABÁ – A crônica de todos os garimpos comprova que, terminada a “influência”, pelo esgotamento das minas, as povoações se aniquilam e até mesmo desaparecem. Pode-se dizer que Cuiabá constitui uma das exceções a essa regra.

Entrando em decadência a atividade mineira, pela quase exaustão das minas, Cuiabá só não desapareceu por três motivos: a) porque o ouro nunca se esgotou inteiramente, existindo até hoje; b) porque a fertilidade das terras das margens do rio Cuiabá permitiram uma agricultura de manutenção que somada à abundância do peixe garantiu o fácil sustento da população; c) porque Cuiabá, pela sua posição geográfica, tornou-se ponto obrigatório de passagem para a Capital, que era Vila Bela.

Durante 67 anos Vila Bela foi a Capital da Capitania e da Província. O último Capitão General, Francisco de Paula Magessi Tavares de Carvalho, empossado em 1819, alegando a insalubridade da cidade do Guaporé, onde morreram, de febres, dois Capitães Generais e Vários funcionários do Governo, recusou-se a seguir para lá, governando de Cuiabá, assim transformada numa Capital de fato.

OFICIALIZAÇÃO DE CUIABÁ COMO CAPITAL – Essa situação não mudou com o advento da independência do Brasil, em 1822, e os Presidentes da Província, nos anos do Primeiro Reinado, administraram de Cuiabá, até que em 1835 uma lei sancionada pelo Presidente Antonio Pedro de Alencastro oficializou a cidade como Capital.

A RUSGA – Nesses conturbados anos do Primeiro Reinado um fato da maior importância ocorreu em Cuiabá: a matança de portugueses, durante um motim popular de inspiração nativista, sob o pretexto de que os “reinóis” desejavam a volta do Brasil ao domínio de Portugal.

O terrível evento de 30 de Maio de 1834 passou à História com o nome de “Rusga”.

O PRIMEIRO JORNAL – Em 1839 um acontecimento veio desde logo demonstrar que Cuiabá nascera predestinada a ser um centro de cultura: instalava-se a primeira tipografia de Mato Grosso, que passou a editar o jornal “THEMIS MATOGROSSENSE”. Assim, decorridos apenas 30 anos do aparecimento da imprensa no Brasil, Cuiabá já tinha o seu primeiro periódico.

A GUERRA DA TRIPLICE ALIANÇA – Com a declaração da maioridade de Dom Pedro II, em 1840, tem início o longo período do Segundo Reinado, durante o qual a cidade continuou sua lenta mas constante evolução, cerceada pelas dificuldades de transportes e de comunicações com a Capital do Império.

O fato mais importante do Segundo Reinado, na história de Cuiabá, foi a Guerra da Tríplice Aliança, que o Brasil sustentou contra a república do Paraguai.

Os paraguaios invadiram Mato Grosso com duas poderosas colunas militares, dominando quase todo o sul do antigo Estado e tentando um movimento de pinça que visava atingir Cuiabá. Todavia, a defesa organizada na Capital pelo Governo da Província e pelo Almirante Augusto Leverger – o Barão de Melgaço -, além dos imprevistos da própria guerra, demoveram-nos do seu intento de aqui chegar. Ficaram detidos em Coxim e nos pantanais de Corumbá.

Todavia Cuiabá foi o cérebro do qual emanaram todas as previdências para a resistência. Foi aqui que se organizou a expedição libertadora que sob o comando do marechal Antonio Maria Coelho realizou a façanha heroica da retomada de Corumbá, há dois anos e meio em poder do inimigo, feito exclusivamente civil e cuiabano, porque as forças foram integradas na sua quase totalidade por “voluntários da Pátria” recrutados em Cuiabá e vizinhanças. Do evento participaram duas mulheres cuiabanas, as heroínas D. Francisca de Sampaio Botelho e D. Marian Brasilina da Silva Barreto, que empunhando fuzis e baionetas, avançaram, lado a lado com os homens, contra as trincheiras inimigas.

EPIDEMIA DE VARIOLA – Logo após a retomada de Corumbá, a 13 de Junho de 1867, Cuiabá foi assolada por uma terrível epidemia de varíola, que havia sido introduzida em Corumbá pelos paraguaios e que ceifou grande parte da população da Capital.

ABOLICIONISMO E REPÚBLICA – Todos os movimentos que apaixonaram a alma nacional tiveram a maior repercussão em Cuiabá, a despeito da sua distância dos centros das grandes decisões nacionais. Assim foi com a independência, com o abolicionismo e com a República.

Três sociedades abolicionistas foram fundadas em Cuiabá e ficou célebre o movimento dos advogados que militavam no foro da cidade, que em Abril de 1888 firmaram um pacto de não mais aceitarem o patrocínio de nenhuma causa contra a liberdade de escravos e de aceitarem o patrocínio de nenhuma causa contra a liberdade de escravos e de aceitarem todas contra a escravidão.

Também o movimento republicano encontrou eco na Capital, onde foi lançado, em 1888, um Manifesto para a fundação de um Partido Republicano e onde surgiram dois jornais para a pregação dos novos ideais.

REVOLUÇÕES – A cidade foi palco de diversos movimentos revolucionários ocorridos nos primeiros anos da República, para a sua consolidação. Registramos a de 1892, que depôs o Presidente Manoel José Murtinho, com a consequente contra revolução, chefiada por Generoso Ponce, que devolveu o poder a Murtinho, conhecida como “reposição da legalidade”. As agitações havidas no Governo do Cel. Alves de Barros culminaram na chacina da “Baía do Garcez”, onde foram trucidados 17 personalidades e cidadãos ligados à oposição. Esse agitado período termina com a revolução de 1906, também liderada por Generoso Ponce, com a colaboração de Pedro Celestino, quando se efetivou o cerco da capital pelas forças revolucionárias, encerrando-se o movimento com o assassinato do Presidente Antonio Paes de barros (o Totó Paes), que fugira da cidade.

DESENVOLVIMENTO SOCIAL: Com o termino da Guerra da Tríplice Aliança, contra o Paraguai, foi restabelecida a navegação no rio Paraguai, o que contribuiu para o desenvolvimento do comercio e para a vinda para mato Grosso, pela via fluvial do Prata, de construtores italianos e espanhóis que aqui implantaram um novo estilo arquitetônico, iniciando a transformação do aspecto urbanístico da cidade que até então era o de uma típica vila portuguesa do norte de Portugal, com seus sobrados e casas senhoriais.

A indústria extrativa da borracha, que atingiu o seu auge no país no início do século, também praticada nas matas do norte do Estado, impulsionou o desenvolvimento do comercio local: Cuiabá passou a comerciar diretamente com a Europa, exportando borracha e importando tecidos, utensílios domésticos, artigos manufaturados, vinho e cerveja. Vários bancos franceses, italianos e alemães instalaram representações na capital mato-grossense.

A indústria do açúcar tomou impulso nas margens do rio Cuiabá, onde floresceram nove usinas e muitos engenhos. Itaicí chegou a ser a quarta usina do país em produção.

A agricultura experimentou expressivo desenvolvimento na região da “Serra acima” (Chapada de Guimarães); a criação de gado espalhou-se pelos campos e pantanais próximos; e os garimpos para a exploração de diamantes começaram a surgir em regiões mais afastadas, porém dependentes de Cuiabá. Tudo isso refletiu na Capital, cuja vida social tomou impulso, especialmente no terreno cultural. Continua.....

SEGUNDA PARTE- HISTÓRIA DE CUIABÁ

DESENVOLVIMENTO CULTURAL – Já no século 18 o teatro se havia tornado um poderoso instrumento do desenvolvimento cultural de Cuiabá. Enquanto em todas as demais Capitanias do Brasil, somadas, foram realizadas cerca de 50 apresentações teatrais, em Mato Grosso – que a essa época se limitava a Cuiabá e Vila Bela – foram encenadas 80 peças:

Do termino da Guerra (1870) à revolução de 1930, num período de 60 anos, portanto, surgiram em Cuiabá, circularam, desapareceram muitos e continuaram circulando outros, mais de 100 órgãos de imprensa (relacionados em meu livro “História da Cultura Mato-grossense), fato inédito que bem revela o alto nível cultural da Capital.

Em 1867, em meio as atribulações do sangrento conflito com o Paraguai, fundou-se em Cuiabá uma “Sociedade Teatral” que por muito tempo divertiu a elite local. De então até 1921 mais 15 associações culturais foram fundadas, sendo as duas últimas o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e a Academia Mato-grossense de Letras.

Prestigiosas instituições de ensino, que se tornaram famosas pelos serviços prestados à causa da cultura no Estado e pelos grandes homens – que formaram, floresceram em Cuiabá: antes da Guerra da Tríplice Aliança o Seminário da Conceição; em 1880 o “Liceu Cuiabano”, em 1894 o “Liceu Salesiano São Gonçalo”; em 1910 a “Escola de Aprendizagem Artífices”, hoje “Escola Técnica Federal”; em 1911 a “Escola Normal Pedro Celestino”.

Quando em 1936 o escritor MONTEIRO LOBATO visitou Cuiabá, admirou-se ele do nível cultural da cidade e escreveu: “A elite de Cuiabá é muito fina. Cuida bastante da educação. Abundam homens de linda cultura, até filosófica”.

A 15 de Outubro de 1939 era instalada na Capital a primeira emissora de rádio, a “Rádio A Voz do Oeste”. Hoje a cidade é servida por seis estações de radiodifusão, sendo uma de frequência modulada.

EXPLOSÃO POPULACIONAL – O crescimento da população brasileira, que se acentuou cada vez mais a partir da década de 50, gerando a completa ocupação dos espaços territoriais das regiões sudeste e sul do país, deflagrou o processo do deslocamento da fronteira econômica para Mato Grosso. Cruzando o rio Paraná as migrações se precipitaram sobre o grande Estado do Oeste, começando pelo seu extremo sul e logo atingiram o norte, desbravando lhe as florestas virgens. Cuiabá, que era até então apenas a “boca de sertão” de uma pequena área, circunscrita à bacia do rio que tem o seu norte do Estado, alargando sua esfera de influência até Rondônia, Acre e Amazonas, dos quais se tornou ponto de apoio.

E aí começou o seu explosivo crescimento populacional que atinge agora à marca dos por cento ao ano, absoluto “recorde” nacional.

NOVAS CONQUISTAS CULTURAIS – Novas conquistas se registraram, no campo cultural; em 1969 foi inaugurado o primeiro canal de televisão na Capital, - a TV Centro-América -, que depois recebeu outro: o canal 8, TV Brasil Oeste.

Em 1954 foi instalada a Faculdade de Direito de Mato Grosso, primeira escola de nível superior, e em 1970 a cidade ganhou a sua Universidade Federal criada pela Lei nº 5.647, em cujo campus estudam atualmente 11.000 alunos.

GRANDES HOMENS – Tendo se tornado um centro de cultura, seria natural que Cuiabá desse ao Brasil muitos filhos ilustres, que se projetaram no cenário nacional nos mais diversos campos: Manoel Peixoto Corsino do Amarante, Coronel do Exército, Professor da Escola Militar e preceptor dos filhos de Dom Pedro II; CANDIDO MARIANO DA SILVA RONDON, o Marechal “civilizador dos sertões”, figura de projeção internacional; EURICO GASPAR DUTRA, Ministro e Presidente da República; JOAQUIM MURTINHO, Ministro da Fazenda no Governo Campos Sales, considerado, na Primeira República, como o “salvador das finanças nacionais”; ROBERTO CAMPOS e ANISIO BOTELHO, Ministros da República; DOM FRANCISCO DE AZEREDO, por muitos anos Vice-Presidente e Presidente do Senado Federal; FILINTO MULLER, Presidente do Congresso Nacional; ALYRIO HUGUENEY DE MATTOS, Diretor do Observatório Nacional; CLOVIS CORRÊA DA COSTA, mestre de medicina; JOSÉ VENÂNCIO PEREIRA LEITE, médico, cientista, considerado pelos norte-americanos a maior autoridade latino-americana em fisiologia, e muitos outros.

Na área militar os cuiabanos também brilharam, a começar do Marechal ANTONIO MARIA COELHO, herói da retomada de Corumbá; o General JOÃO TARCISIO BUENO, a figura mais condecorada da II Guerra Mundial, o herói maior de Monte Castelo, única figura estrangeira condecorada com a “Cruz de Lorena” da França; o Cel. IPORAN NUNES DE OLIVEIRA, herói da tomada de Montesí; os Generais VAZ CURVO, PLINIO PITALUGA, GERVASIO PINTO DESCHAMPS, o cel. JOFRE BORGES SALIÉS e muitos outros que participaram da luta na península italiana.

No setor interno ilustres cuiabanos se destacaram nos comando do Exército Nacional, entre eles os Generais DILERMANDO GOMES MONTEIRO, JOAQUIM JUSTINO ALVES BASTOS. FREDERICO AUGUSTO RONDON, ESTEVÃO ALVES CORRÊA FILHO, SAMUEL ALVES CORRÊA, este recentemente Embaixador do Brasil do Iraque.

CONCLUSÃO – Com um aeroporto que é dos mais movimentados do país, onde segundo estatísticas oficiais, de 4 em 4 minutos pousa ou decola uma aeronave (entre grandes e pequenas); com um Terminal Rodoviário que é um dos cartões de visita da cidade, pelo qual transitam diariamente quase 10.000 pessoas; com um estádio que é dos mais elogiados do Brasil pelos “cracks” das grandes equipes do Rio e de São Paulo que nele atuam nos certames nacionais; com suas 56 Agências bancárias (na “Grande Cuiabá”); com seus requintados bairros residenciais de alto gabarito; com seus belos – Clubes sociais, a Capital mato-grossense vai de marcha batida para o seu futuro imprevisível.

Na expectativa de atingir a um milhão de habitantes ainda neste – final de século, e empolgada por uma febre de construções só comparável à das mais progressistas Capitais do país, é a cidade que se dá ao luxo de construir três hotéis cinco estrelas ao mesmo tempo, neste ano da graça de 1986.

É a Cuiabá de hoje!

 

*EDUARDO PÓVOAS é Cuiabano.

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros