Sábado, 18 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,11
euro R$ 5,55
libra R$ 5,55

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,11
euro R$ 5,55
libra R$ 5,55

Artigos Segunda-feira, 15 de Agosto de 2016, 15:59 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 15 de Agosto de 2016, 15h:59 - A | A

Eu também quero ser prefeito

A sorte está lançada e logo deverá começar o grande espetáculo democrático

WILSON CARLOS FUÁH

Divulgação

wilson fuá

 

Numa cidade havia um jovem cidadão, que vivia  cercado por muros altos com enormes jardins, levando uma vida onde tudo era “perfeito” mais de repente passou a desejar fortemente" ser  Prefeito " da sua cidade.

 

Ele não conhecia nada além dos muros, tinha materialmente tudo, mas esse tudo não lhe trazia nenhuma felicidade e paz interior. Afirmava frequentemente que já estava com idade e experiência para dedicar parte da sua vida para lutar pelo bem comum e que gostaria de  deixar sua contribuição em forma de trabalho para a cidade que lhe deu tudo, assim afirmava com convicção  "estar pronto para ser prefeito". 

 

Seguindo as orientações do marqueteiro contratado, resolveu sair pela cidade para ver e sentir como as pessoas viviam no mundo real, além dos limites do seu muro.

 

No seu luxuoso veiculo saiu pelos arredores de sua cidade, percorrendo ruas, bairros avenidas, monumentos históricos ,sentindo um choque de realidade em tudo que via e ali existia .

 

Na avenida central da cidade, percebeu a confusão no trânsito, acidentes com vítima fatal, obras inacabadas, brigas de trânsito e muito estresse nas relações entre os transeuntes. Após atenta observação perguntou ao seu marqueteiro, qual o instrumento eficaz para minimizar essas questões em curto prazo. O marqueteiro, prontamente lhe informou que os recursos para solucionar a questão vinha do povo, repasses estaduais, arrecadação  de radares, lombadas eletrônicas, multa  da ausência dos faróis acesos durante o dia e que a expectativa pela reorganização do trânsito cabia ao setor de engenharia de trânsito municipal que normalmente aparentava estar distante dos acontecimentos do cotidiano da cidade.

 

Nos arredores da área central, papelões e forma de camas, lá está a tribo dos dependentes, nesse momento de reflexão,  faziam o diagnóstico dos personagens do retrato social  de uma geração perdida no sub mundo das drogas, reféns do crack, seguindo numa viagem sem volta. E aí quase num som uníssono ouvimos que a população atribui a responsabilidade dessas questões ao governo ou ao prefeito municipal.  

 

O jovem candidato a Prefeito, visitou ainda o Pronto Socorro municipal, viu outra situação estarrecedora, pois conheceu a verdadeira tristeza das dores do mundo, doentes na fila da morte esperando pela regulação de vagas, que na verdade significa “regulação da morte”, pois muitos ficam a esperar a  morte de outrem, para desfrutar da expectativa de atendimento  e quem sabe de escapar da morte.

 

A esta altura, o candidato já estava extremamente desconfortável com o coração dilacerado, pois percebeu uma enorme quantidade de doentes, suplicando por socorro, deitados ao chão ou sobre macas improvisadas em forma de leitos. Conheceu de perto a realidade de milhares de trabalhadores que desprovidos de convênios com empresas particulares de saúde, sobrevivem sobre desumanos descuidados do SUS.

 

Depois desse “choque de realidade” o Candidato Alienado questionou seu marqueteiro sobre a mágica apresentada nos planos de governo durante as campanhas eleitorais onde se tem solução para tudo, e no falatório dos candidatos tudo parece fácil, legal, célere e onde os problemas tinham soluções num piscar de olhos. Entendeu naquele instante a amplitude do desafio proposto para um curto espaço de tempo de quatro anos.

 

Concluiu assim, que aceitar ser Prefeito, num sistema onde os problemas se avolumam em escala progressiva e onde os municípios ficam reféns de outros entes federados é o mesmo que fechar os olhos ao que está posto e seguir maquiando a estrutura pública, vivendo no mundo do faz de conta.

 

Basta sair das viagens virtuais, e olhar a destruição dos aparelhos sociais e ver o mundo real, onde os pobres e miseráveis não tem voz, nem vez. A fome tem sido maquiada com as bolsas famílias, as doenças e as dores estão à espera pela construção e reformas de UPAs e Pronto Socorros patrocinados pela falta de amor das pessoas que tem o poder de mudar toda essa situação, mas se omitem defendendo interesses privados em detrimento do coletivo.

 

Não precisa ser político ou ter mandato para saber que está cidade precisa ser repensada e assumida, por um Prefeito comprometido com o povo e que conheça os fatos e não venha com programas fictícios, pois a realidade está exposta, em cada esquina, em cada beco ou em cada ruela da nossa cidade.

 

A sorte está lançada e logo deverá começar o grande espetáculo democrático, cabendo a cada um de nós escolher o melhor, ou o menos ruim, pois o povo  não aguenta mais esperar por dias melhores, que nunca vem.  

 

O povo quer muito pouco, somente o necessário: Saúde Pública que não humilhe os trabalhadores que não pode pagar plano de saúde e que todos possam ser atendidos com dignidade; Sistema Educacional e Creches de qualidade e com segurança para os seus filhos; Sistema de Transporte Público com preços das passagens de acordo com o poder aquisitivo do trabalhador; Engenharia de Trânsito coerente com as necessidades de melhor mobilidade urbana e diminuindo o excesso de radares e lombadas; enfim, que o Prefeito saiba usar os recursos públicos sem desperdícios, e só em caso excepcional e com sobra de recursos, talvez pense em construir praças, simples assim. 

 

*WILSON CARLOS FUÁH é economista e especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Carlos Nunes 15/08/2016

Pois é, com uma Economia Brasileira arregaçada, com mais de 12 milhões de trabalhadores desempregados; caixa dos governos (federal, estadual e municipal) vazios; bolso do povo vazio e endividado pra chuchu...só restaria fazer uma pergunta a todos os candidatos a prefeito: Se eleito, o que vai fazer por Cuiabá COM POUCO DINHEIRO? Não vale aumentar impostos, taxas, colocar o IPTU lá em cima, ou fazer empréstimo para endividar ainda mais a cidade. O Mauro Mendes fez uma reunião com seu secretariado (foi noticiado pelos sites), e constatou que em 2016 termina o ano com Déficit nas contas do municípios - SEM DINHEIRO. Então, o candidato a prefeito que, no horário eleitoral, começar a prometer o mundo e o fundo, dizendo que vai fazer isso, e aquilo, e aquilo outro...ou é milagreiro, ou se fosse Pinóquio, em cada promessa, o nariz crescia 1 metro. Teríamos, nós, os eleitores, os donos do Poder, examinar todos os candidatos para verificar: Quem, COM POUCO DINHEIRO, tem boas ideias para fazer desse pouco, MUITO? Isso começa com as alianças políticas do cara - o candidato que tiver aliança política a beça, é péssimo para Cuiabá, pois se ganhar, vai encher a prefeitura de apadrinhados políticos dos partidos. Os partidos só fazem alianças para depois terem vantagens: CARGOS PÚBLICOS, e informações privilegiadas, que ninguém tem, que podem derrubar a concorrência. Vamos acabar sustentando apadrinhados políticos com o nosso dinheiro, que vão lotar as Secretarias da prefeitura. Vão lotear a prefeitura entre os caciques políticos dos partidos, que indicam seus afilhados. Vote! Verificando a lista dos candidatos, constata-se que apenas 3, estão fora disso: a Serys, o procurador Mauro, e o Renato Santtana; são os únicos que não tem uma turma de partidos atrás, e não vão lotear a prefeitura. Vão pular essa parte; mas vão ter que fazer acordos com a Câmara, pois não terão a maioria dos vereadores, talvez nem façam vereadores. Bem, a situação da Câmara é capítulo a parte, cujo enredo vem depois. Aí é só escolher: PRB da Serys, da Igreja Universal; PSOL do procurador Mauro, um partido radical; REDE da Marina Silva, do Renato Santtana. Ou Julier, que fez aliança com o PT; Wilson Santos, já foi prefeito, representa o governo do Estado; Emanuel Pinheiro do PMDB, do Temer. Puxa vida, se a gente tivesse uma bola de cristal para ver o futuro, eu diria qual deles merece o voto, para a gente não arrepender depois...amargamente.

positivo
0
negativo
0

1 comentários

1 de 1

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros