Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,25
euro R$ 5,59
libra R$ 5,59

00:00:00

image
ae7b65557f584ffa666eb2a35ce5142f.png
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,25
euro R$ 5,59
libra R$ 5,59

Artigos Terça-feira, 23 de Maio de 2017, 15:01 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Terça-feira, 23 de Maio de 2017, 15h:01 - A | A

Eleições indiretas já!

Não precisamos de uma solução instantânea, de um herói imediato, um salvador da Pátria

HUGO FERNANDES

Divulgação

HUGO FERNANDEZ

 

Vejo pessoas pedindo eleições diretas. A Constituição é clara quando diz que as eleições, depois da segunda metade do mandato, serão indiretas. Falar sobre isso seria como pedir para mudar as regras do jogo no meio da partida. Não me parece uma boa solução, apesar da conveniência. Já temos a regra. Temos que aplicá-la. Ou teríamos de instituir de vez a baderna como código de conduta.

 

Até porque uma eleição direta, uma decisão no afogadilho, só nos levará a perpetuar os erros do passado. Lula adoraria voltar ao Poder agora. Poderíamos ver um Bolsonaro ascender. Tudo isso seria trágico. Aliás, um erro que teria cinco anos de mandato, já que não seria capaz de resolver em pouco mais de um.

 

Não precisamos de uma solução instantânea, de um herói imediato, um salvador da Pátria. Essa figura está, na verdade, dentro da capacidade de reflexão de cada cidadão, está no pensar no renascimento da nação, está dentro de nós. Eu e você temos de decidir qual o futuro queremos. E para isso não devemos ter pressa.

 

O convido a suportar o tempo de gestação e as dores do parto. Ir às ruas. Dizer o que queremos, muito mais do que quem queremos. A polarização política e partidarização do debate só trará mais cegueira. A razão deve vir do centro, do equilíbrio entre razão e emoção. 

 

Dentro desta perspetiva, a melhor solução, por mais incrível que pareça, está no Congresso Nacional, que tem o dever de eleger um nome de consenso. Devemos cobrar nossos parlamentares, para colocarem por terra o antagonismo e agirem, pelo menos desta vez, de maneira republicana, indicando uma pessoa de reputação ilibada e com capacidade de tocar a agenda positiva, que o Governo atual não tem mais condições de fazê-lo. 

 

As reformas são necessárias para colocar a economia de volta nos trilhos. Não estou dizendo que ela deve ser feita do jeito que está. Nem acredito que do jeito que será feita, será tudo perfeito. Haverá erros, sem dúvidas. Mas a coragem de fazê-la é acertada. E se elas forem feitas ainda neste ano, as chances de retomarmos o crescimento dentro de um ou dois anos são grandes. Caso contrário, só na próxima década. 

 

*HUGO FERNANDES é jornalista e pós-graduando em ciências políticas

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros