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Artigos Sábado, 25 de Junho de 2016, 08:35 - A | A

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Sábado, 25 de Junho de 2016, 08h:35 - A | A

De utopia

Gostei do que ouvi por entender que história se faz com homens públicos com seus acertos e erros

EDUARDO GOMES

 

Dilvugação

Eduardo Gomes

 

Cuiabá teve três momentos marcantes em sua quase tricentenária história que começou em 8 de abril de 1719. Primeiro com o almirante Augusto João Manuel Leverger - o Barão de Melgaço -, depois com Filinto Müller e mais recentemente com Blairo Maggi e Silval Barbosa.

 

Leverger foi um mercenário francês que trocou os sete mares pela nossa capital. Escritor, historiador, geógrafo e político, governou Mato Grosso em algumas ocasiões. Mestre das armas, quando da guerra com o Paraguai (1864/70) desviou o curso do rio Cuiabá em Barão de Melgaço e construiu uma fortificação num elevado para bombardear a armada paraguaia que planejava invadir o solo cuiabano. Solano López desistiu do ataque ao saber que o Lobo do Mar estava entrincheirado.

 

Filinto era uma das vozes ouvidas por Getúlio Vargas e ele soube usá-la muito bem. No final dos anos 1930 iniciou-se um movimento pra transferir a capital de Cuiabá para Campo Grande. O principal argumento era a falta de infraestrutura cuiabana.

 

A maneira de derrubar o movimento e ao mesmo tempo de melhorar a situação urbana era investir em Cuiabá. Em 6 de agosto de 1941 Filinto trouxe Getúlio a Cuiabá, onde o presidente foi recebido por seu irmão e interventor Júlio Müller, para inaugurar importantes obras por ele costuradas. O fantasma da transferência foi exorcizado.

 

O governador Blairo teve a ousadia de convencer Lula a incluir Cuiabá entre as sedes da Copa de 2014. O evento dotaria a cidade de uma arena multiuso e a divulgaria. Mas, iria muito além, na medida em que a capital e Várzea Grande seriam contempladas com o maior pacote de obras urbanas mato-grossenses. Silval Barbosa, sucessor de Blairo, levou adiante um projeto ambicioso, audacioso e revolucionário para construir trincheiras, viadutos, VLT, modernizar o aeroporto e etc.

 

Um milenar provérbio chinês diz que quando o dedo aponta a lua o medíocre olha para a mão. Nem todas as obras da Copa foram concluídas e algumas apresentaram problemas que devem ser sanados pelas construtoras que as executaram; a mediocridade está de olho nelas.

 

Na terça-feira, 21 deste mês conversei com o governador Pedro Taques sobre seu pedido a Temer pra que o BNDES alongue a dívida mato-grossense de R$ 2,8 bilhões investidos nas obras da Copa. Otimista, Taques vê viabilidade em sua proposta e aguarda uma resolução do Conselho Monetário Nacional pra sacramentação de seu chororô.

 

Esse assunto foi minha primeira conversa com o governador. Gostei do que ouvi por entender que história se faz com homens públicos com seus acertos e erros; Taques não está acima da fragilidade humana. Espero que ele consiga o alongamento, que retome as obras e que compreenda que a magnitude do legado da Copa não abre espaço pra caça às bruxas, satanização de uns e endeusamento de outros nesta terra onde perfeição é utopia.

 

*EDUARDO GOMES é jornalista. Email:[email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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DOMINGOS SÁVIO 25/06/2016

O dedo foi apontado para o sol, ainda assim, há quem queira se enganar... e olhar para o dedo do outro...

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Carlos Nunes 25/06/2016

Pois é, o marqueteiro do cara errou duas vezes...em trazer a Copa 2014 e as Olimpíadas pró Brasil. Na Copa da África do Sul, a gente, assistindo uma das últimas entrevistas feitas pela Band com uma vovó sul-africana, fica sabendo por que. Entrevistaram uma senhora pobrezinha em frente ao SoccerCity, um dos maiores estádio de futebol do mundo...e a vovó (que representa sempre os mais humildes, o povão) disse: pois é, fizeram isso aí (e apontou para o estádio), gastaram Bilhões, e entretanto bem ali (e mostrou a região aonde morava) FALTA DE TUDO - e o que se via era uma pobreza danada. Para um mês e meio de Copa 2014, e para 14 dias de Olimpíadas, agora torraram BILHÕES DE REAIS...na verdade a Copa virou prioridade nacional e estadual; e a Olimpíada estadual, enquanto a realidade nua, dura e crua dos fatos QUAL É: o governador Francisco Dornelles declara "estado de calamidade pública", porque o Rio de Janeiro está vivendo uma fase de "pindaíba financeira" - não tem dinheiro prá nada. Agora vem o pior (sim existe o pior do que isso), diversos sites divulgaram recentemente: Abin confirma ameaça do estado islâmico, apareceu no twitter deles a nota - Brasil, vocês serão nosso próximo alvo; dizem que vem nas Olimpíadas pegar o pessoal daqueles países que estão jogando bombas e mais bombas neles. Que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, nos projeta do estado islâmico. Amém. Nessa estória toda...lá na África do Sul era melhor ter pego todo o dinheiro, que torraram na Copa e investido tudo para atender a vovó sul-africana, pois lá deve ter gente morrendo por falta de tudo; e no Brasil, que Copa, que Olimpíada, que nada, deviam investir tudo nas verdadeiras prioridades do povo brasileiro. Participar de Copa, de Olimpíada, pode ser bom...mas CUSTEAR tudo isso é ruim prá burro. Copa, Olimpíada, para os políticos é só marketing político para tapear o povo...é o famoso CIRCO. Até no filme GLADIADOR, mostrou isso - quando o senado comunica ao imperador Cômodus, que na periferia de Roma tem várias doenças, epidemias...aí o imperador institui 120 jogos no Coliseu para desviar a atenção do povo dos problemas...investir a Saúde que é bom, NADA.

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2 comentários

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