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Artigos Domingo, 14 de Agosto de 2016, 08:09 - A | A

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Domingo, 14 de Agosto de 2016, 08h:09 - A | A

As eleições em Cuiabá - I

A briga/disputa entre os diversos partidos e seus caciques era quem seria o candidato a vice na chapa de Mauro Mendes

JUACY DA SILVA

 

Hugo Dias/HiperNotícias

Juacy da Silva

 

As eleições em Cuiabá e nos municípios considerados polos regionais em Mato Grosso sempre foram e cada vez continuan sendo mais acirradas pois aí se concentram  uma grande massa de eleitores e definem os rumos das eleições futuras para governador, deputados federais, estaduais e senadores e também para presidente da República.

 

Cuiabá, juntamente com Várzea Grande, representa o maior polo econômico, populacional, de prestação de serviços, principalmente nas áreas  da educação e da saúde e também por ser o núcleo político e administrativo do Estado, onde  estão concentradas as representações do governo  federal e das entidades estaduais representativas  do setor  empresarial e de trabalhadores,  pode ser considerada como “a joia da coroa”.

 

Cuiabá conta com 441.461 eleitores (19,5% do eleitorado do estado que é de 2.169.030 eleitores e Várzea Grande, o segundo colégio eleitoral, com 183.11 (8,1% do total estadual). Assim, o Aglomerado Urbano Cuiabá/Várzea Grande representa 27,6% dos eleitores do Estado, indicando que as eleições nesses dois municípios tem  uma alta representatividade e peso político no cenário estadual, razão pela qual todos os partidos e seus caciques tem  um olhar todo especial para o que pode acontecer em outubro vindouro nessas duas cidades.

 

Há praticamente  um ano, mesmo que o atual prefeito as vezes vinha dizendo que ainda não havia decidido se iria ser ou não candidato, todas as sondagens/pesquisas de opinião pública indicavam um cenário que lhe era totalmente favorável  e que, se fosse candidato seria reeleito e isto poderia acontecer no primeiro turno.

 

A briga/disputa entre os diversos partidos e seus caciques  era quem seria o candidato a vice na chapa de Mauro Mendes, principalmente por que a voz corrente era a de que, se reeleito, o atual  prefeito seria candidato a algum cargo importante, possivelmente a senador, em 2018. Desta forma, o vice , como aconteceu com o Coronel José Meirelles  e com Chico Galindo, herdaria quase três anos de mandato.

 

Tudo ia nesta direção até que no apagar das luzes para a realização das convenções, praticamente com 24 horas do término do prazo para que as convenções partidárias homologassem as candidaturas a prefeito e vereadores, eis que Mauro Mendes anuncia que estava abandonando o barco, não seria mais candidato a prefeito e aí uma verdadeira barafunda se estabeleceu nas hostes dos principais partidos, principalmente do PSB/PSDB/PSD/DEM /PP  e outros mais, inclusive, nos partidos que já haviam escolhidos seus candidatos.

 

Este fato causou uma verdadeira gritaria, um “Deus nos acuda” e, como barata tonta, os caciques partidários ,incluindo ou começando pelo Governador do Estado e as cúpulas do PSDB e do PSB. Alguns com um certo açodamento anunciavam que poderiam ou seriam candidatos em substituição a Mauro Mendes, como foi o caso do Deputado Fábio Garcia, herdeiro político de seu avô, o saudoso Governador Garcia Neto.

 

Mas, como ninguém larga a rapadura de maneira fácil, o que hoje está sendo considerado um novo grupo político liderado pelo Governador Pedro Taques  saiu a campo e demonstrou maestria na arte de articulação e, de forma, inesperada surgiu o nome do ex- prefeito e atual deputado/líder do Governo na Assembleia Wilson Santos como a solução para este imbróglio, causando algumas rusgas principalmente no PSB e em certo sentido em Mauro Mendes, que gostariam de ver alguém deste partido como seu substituto na corrida ao Palácio Alencastro.

 

Mesmo assim  o nome de Wilson Santos foi sacramentado, graças à sua  coragem, experiência política e administrativa e espírito de luta resolveu aceitar este desafio  de enfrentar  uma eleição onde os demais candidatos também  tem boa visibilidade eleitoral, já disputaram e venceram eleições para vereador, deputado estadual, federal e senadora e no caso “galinho”  já tendo sido vitoriosas duas vezes e  exercido o mandato de prefeito.

 

Analisando as eleições em que foi eleito e reeleito, em 2004 e 2008, Wilson Santos tinha contra si ponderosas forças políticas representadas por uma aliança que durante 12 anos exerceu o monopólio do poder no Estado e no país PT/PMDB e outros partidos que sempre estão à sombra do poder e mesmo assim venceu aquelas eleições.

 

Em 2004 o Estado era governado por Blairo Maggi em  aliança  com o PMDB  e o PT, as três maiores forças da política nacional e que eram ostensivamente contrárias ao candidato Wilson Santos, que acabou vencendo o candidato do PT Alexandre César.  Em 2008 Blairo Maggi continuava aliado ao governo Lula, da mesma forma que o PMDB  de Carlos Bezerra e do então vice Governador Silval Barbosa e praticamente a maioria da bancada federal e também o então Presidente da Assembleia José Riva, todos estavam unidos para derrotar Wilson Santos, que acabou vencendo a eleição em segundo turno contra exatamente Mauro Mendes.

 

Com o fracasso deste projeto de poder tanto a nível nacional quanto estadual, nas próximas eleições teremos uma nova correlação de forças. O PT se bandeou para o lado do PDT ,que,juntamente com o PCdoB abraçaram a candidatura do ex-juiz federal Julier Sebastião, um candidato de peso, mas que jamais disputou eleições e nunca exerceu um cargo político no executivo ou legislativo;  o PSOL vai novamente com o Procurador Mauro, já bastante conhecido do eleitorado mas com pouca densidade eleitoral para surpreender; a ex  senadora Serys, que sempre foi bem votada quando ainda estava no PT, mas no PRB poderá ser uma decepção eleitoral e o rede que ensaia  seus primeiros passos eleitoralmente ainda uma incógnita.

 

Diante disso, parece que a dispersão de votos poderá levar  as eleições para um segundo turno, de forma polarizada e deve ocorrer entre Wilson Santos que contará com o apoio ostensivo e decidido do Governador Taques,  do Vice Governador Favaro,do Presidente da Assembleia  Legislativa, Guilherme Maluf, também tucano e um apoio meio murcho do atual prefeito, que não cansa de dizer que “não morre de amores por Wilson Santos” e de outro lado o Deputado Emanuel Pinheiro, agora no PMDB, partido que por cinco anos esteve no poder com o Governador Silval Barbosa,  coadjuvado por outros partidos menores, terá como grande cabo eleitoral o ex-governador e deputado Federal, um grande cacique, Carlos Bezerra, que durante anos esteve abraçado com os Governos Lula/Dilma e acabou na undécima hora passando para a base de Michel Temer, um ex sócio do desastrado Governo Dilma.

 

Parece que pelo andar da carruagem a balança desta corrida, por enquanto, está ligeiramente pendendo para o lado de Wilson Santos, que assim, poderia resgatar  alguns  programas de sua gestão em Cuiabá e dar continuidade a outras ações do atual prefeito, mesclando com novas propostas para preparar Cuiabá que em breve estará comemorando seus 300 anos.

 

Este palpitante assunto continua em futuros artigos.

 

*JUACY DA SILVA é  professor  universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia. Email [email protected] Twitter@profjuacy Blog www.professorjuacy.blogspot.com

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 14/08/2016

Precisaria aparecer em Cuiabá um candidato para a gente cravar o VOTO DE PROTESTO...estou pensando seriamente no Renato Santtana, da Rede. Nunca foi político na vida, nunca foi eleitor pra nada. Teria que fazer algumas perguntas para avalia-lo, tais como: 1) Se eleito prefeito de Cuiabá, o que vai fazer COM POUCO DINHEIRO? 2017 será pior do que 2016, pois o caixa dos governos estão vazios, e o bolso do povo vazio e endividado - NÃO TEM DINHEIRO. Não vale aumentar impostos, taxas, colocar o IPTU lá em cima, ou fazer empréstimos para endividar mais Cuiabá, porque isso qualquer bobo cheira-cheira faz. 2) Como vai resolver o problema da Saúde? Demonstre na prática, sem bla, bla, blá, sem prometer o mundo e o fundo, o que vai fazer desde o primeiro dia do mandato até o último dia. Não tenho candidato ainda...se ele me convencer, posso pensar em votar nele. Não acredito em políticos profissionais...muitos já ocuparam vários mandatos (prefeito, deputado, etc) e fizeram muito pouco, foi só promessa e nada mais; outros estão aliados a partidos que afundaram a Economia Brasileira, causaram o desemprego de Milhões de Trabalhadores; e ainda permitiram a roubalheira desgraçada, debaixo dos seus narizes, não viram nada?

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