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Artigos Terça-feira, 25 de Outubro de 2016, 10:45 - A | A

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Terça-feira, 25 de Outubro de 2016, 10h:45 - A | A

Algoritmos e o estímulo a desinformação digital

Consumir mais informação, hoje em dia, não é sinônimo de progresso.

MARIA AUGUSTA RIBEIRO

 

Divulgação

MARIA AUGUSTA RIBEIRO

 

A maioria de nós tem a tendência a compartilhar informação que seja compatível com as nossas crenças, mas, quando o assunto são as últimas notícias, o desejo que ela seja imparcial e segura nos coloca numa sinuca de bico. Será que tudo o que recebemos são resultados confiáveis ou apenas resultados dos algoritmos?

 

Este conjunto de regras lógicas, definido por um programador, que permite solucionar problemas matemáticos, coloca em debate se a mídia que você consome é relevante ou apenas algoritmos que decidem o que vamos ler?

 

Um estudo recente da Proceedings para a Academia Nacional de Ciência dos U.S.A. revelou que a propagação de conteúdo nas redes sociais, por exemplo, ocorre dentro da chamada câmara de eco.

 

Isso significa que as notícias compatíveis com suas ideias e opiniões são publicadas na sua timeline, ou seja, se você consome conteúdo culinário, a chance de aparecer noticias relacionadas a isso é maior do que para mim, que não frito nem um ovo.

 

Quando curtimos ou compartilhamos conteúdos que acreditamos ser relevantes nas redes sociais, viramos apenas repetidores de informações semelhantes. Desse jeito diminui a capacidade de aprendermos sobre assuntos novos, a diversidade digital não acontece, e ainda recebemos alguma informação que não procede, como a morte de um artista que esta super vivo.

 

O fenômeno da desinformação digital é tão nocivo na Internet, que o Fórum Econômico Mundial classificou o conteúdo “viral” como uma das maiores ameaças à sociedade moderna. Ainda que não acredite que seja tão prejudicial assim, imagine se recebesse um artigo, com riqueza de detalhes, dizendo que o Estado Islâmico bombardeou o Brasil e isso viralizasse; acredite, os efeitos disso poderiam ser devastadores.

 

Consumir mais informação, hoje em dia, não é sinônimo de progresso. Caso contrário, com toda a informação rolando na Internet sobre os malefícios da batata frita e da Coca-Cola, teríamos mais saudáveis, o que não acontece.

 

E como sair da câmara de eco? Consumir conteúdo de várias fontes, fazer perguntas fora das redes sociais e questionar se aquela informação que recebeu procede. Sites como o boatos.org, outras redes sociais e site como o médium podem ajudar a estar informado de maneira consciente.

 

A Internet é um universo destinado ao pluralismo, mas repleto de algoritmos que podem estimular desinformação, filtrando demais seu conteúdo e colocando em xeque o que realmente é relevante ou não na Internet. Pense Nisso!

 

*MARIA AUGUSTA RIBEIRO é profissional da informação, especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br e é Coordenadora de Comunicação da BPW Brasil.

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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