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Artigos Terça-feira, 17 de Maio de 2016, 08:27 - A | A

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Terça-feira, 17 de Maio de 2016, 08h:27 - A | A

A crise politizou a sociedade brasileira

A esquerda antes composta apenas por elementos de barba “por fazer” ficou superada e ofuscada

WILSON FUÁH

 

Divulgação

wilson fuá

 

O país passa em sua história por momentos de crise moral, ética e econômico-financeira, sem precedentes, provocando um rico quadro de reações e inúmeras conseqüências em nosso meio social.

 

A crise em si, deixará um  legado positivo a nossa população, desenvolvendo  um processo  de   “politização ” espontânea do povo esperançoso  por uma nação democrática e organizada para promover  descarte de tudo aquilo que no momento nos oprime.

 

Percebemos que gradativamente, frente ao tumulto político instalado, e independente da classe social, as pessoas passaram a buscar maiores conhecimentos sobre o  contexto político-social e econômico  em que vivem, bem como,  instruindo sobre a forma sistemática do funcionamento das nossas instituições públicas, tais como: poderes constituídos ( Câmara Federal e Senado) poder judiciário, poder executivo e a partir daí, se posicionaram como cidadãs e cidadãos brasileiros conscientes e  conhecedores dos seus direitos e deveres.      

 

A esquerda antes composta apenas por elementos de barba “por fazer” e que estavam sempre dispostos a lutar pelas suas ideologias, promovendo manifestações pelas  ruas com bandeiras, carros de som, faixas dentre outros instrumentais, ficou superada e ofuscada perdendo a cadeira cativa  e transferindo o brilho de grupo atuante, e diante da crise, novos grupos e novas camadas da sociedade brasileira, que de forma criativa e independente de filiação partidária, saíram às ruas e deram um show de exercício da democracia.

 

Vários foram os fatores que ativaram esse estado de insatisfação: recessão, PIB em queda, corrupção em alta em todos os níveis nos poderes constituídos, taxa de desemprego aumentando, inflação crescente, aumento da pobreza, desvalorização da nossa moeda, baixo desempenho econômico, aumento da violência e da insegurança urbana e rural, dentre outros sinais de alerta. Essas sincronias de fatores constituíram a gota d'agua, que de forma ao avesso, foi capaz de impulsionar para as ruas, segmentos da nossa sociedade que jamais se posicionaram politicamente, e que desta vez clamaram determinadamente por mudanças, demonstrando que atingiram um limite de tolerância e maturidade capaz de dar um basta a tudo que estava posto e deteriorado num sistema adoecido, apodrecido e em ruínas que transformou em nosso Brasil.      

 

Foi emocionante ver o povo na rua, numa demonstração  de aprendizagem crescente  e uma maneira inusitada  de lidar com as questões  que afetam  o coletivo, possibilitando desta forma, o renascimento de um país  cheio de esperanças, novo em sonhos e com o desejo de dias   melhores  para todos.  

 

O cenário do mundo político, sujo e desonesto, constituído por personagens que optaram pelo “vale-tudo”, e que sempre antes de concluir um mandato, já estavam se articulando e se estruturando, pensando em novas disputas e que  para não correr o risco de ficarem longe do poder  e  perder do  “fórum privilegiado” que  poderia acarretar o surgimento  de situações adversas e indesejáveis na caminhada na contra mão do poder.

 

A participação e o engajamento na militância política mais que um princípio de união, é a capacidade de administrar os opostos muitas vezes com um  alto preço a pagar. Em inúmeras  situações a exclusão de correligionários se torna o caminho mais comum por não fazer o jogo dos supostos donos do poder, ou por constituir em elemento desagregador ou inconveniente ao sistema político vigente, onde  a regra que prevalece é a supremacia da individualidade, frente às causas coletivas deixando claro a lei da vaidade exacerbada :  “cada um por si, e Deus por todos”.

 

Usando da filosofia, "cada um por si", com certeza o caos refletirá para todos. Pois os aventureiros da política de plantão se instalarão nos postos de decisões e promoverão dentro de um contexto medíocre e estreito o controle social, prejudicando sobremaneira a nossa sociedade.

 

Na política devemos ter o cuidado e a capacidade de discernir o que é certo do que é errado, com a clareza de que nenhuma verdade é absoluta e, portanto, inquestionável. O limiar entre o que é ético e antiético, fica condicionado aos valores edificados na base familiar de cada um, e  em nosso linguajar, alguns até dá o tom em caracterizar e identificar o povo menos consciente, classificando-os  com o  sinônimo de "bobó cheira-cheira", ou " otários ",  mas quem viver, por certo verá o desaparecimento desses personagens e enfrentarão uma nova onda de protesto da população, posicionando e manifestando por justiça social e ética na política, tenha certeza que país está sendo politizado por força da crise: “só aprendemos a nadar, quando a água bate no traseiro”.

 

* WILSON CARLOS FUÁH é economista, especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: [email protected]

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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