A estagnação econômica em 2017 continuou afetando o consumo por lácteos em Mato Grosso, e o aumento na captação favoreceu o incremento na produção destes, bem como na queda de boa parte das cotações da cesta láctea. De acordo com o boletim mensal do Instituto Mato-grossense de Economia (IMEA) sobre a produção do leite pode-se dizer que foi um ano de desafios para a indústria laticinista em Mato Grosso.
Os produtos de menor valor agregado foram os que sofreram as maiores perdas em seus preços, com o destaque para a muçarela e o leite UHT, que recuaram 12,6% e 7,5%, respectivamente, na média entre janeiro e novembro de 2017 sobre igual intervalo de 2016.
Em contraste, apesar do cenário econômico adverso, os produtos lácteos com maior valor agregado, como a manteiga, o iogurte e o requeijão, subiram 15,5%, 14,3% e 14,2%, nesta ordem, no comparativo anual. Deste modo, os laticínios que obtêm um portfólio de produção diversificado puderam mitigar as dificuldades da cadeia, aproveitando as oportunidades de mercado em dado momento e, até mesmo, repassar melhores preços para o produtor.
“A produção de Mato Grosso é baseada em queijos e leite UHT, mas houve queda no consumo desses produtos e preço, principalmente. Em contrapartida aumentou de outros derivados só que desses outros derivados, Mato Grosso não produz tanto. Então aí mostra um alerta de que precisamos diversificar nossa produção, ao invés de ficar produzindo apenas grandes partes de dois produtos, claro com qualidade. Foi um alerta para mostrar esse ponto”, avaliou o gestor técnico do Imea, Ângelo Ozelame.
Em novembro de 2017, a balança comercial láctea brasileira registrou mais um déficit de US$ 18,12 milhões. Apesar do resultado negativo, é o menor déficit do ano de 2017.
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